História Tudor: As esposas do rei Henry VIII

Conhecido por ser louco ter se casado seis vezes, decapitado grande parte delas e ter desafiado a igreja católica, o rei Henry VIII da Inglaterra precisou se casar diversas vezes para conseguir seu tão desejado herdeiro.

Para conhecer todas as esposas deste homem, é preciso fazer uma lista. Bem, aqui está. Conheça estas 6 mulheres extraordinárias do século XVI.

Catalina de Aragão

Imagem do Google

Em dezembro de 1485, na Espanha, começava a história de Catherine (ou Catalina), filha de Fernando II de Aragão e Isabella I de Castela.

Já em 1501, ela partira para a Inglaterra em busca de um encontro com seu genro, Henry VII, e seu noivo Arthur Tudor. Em dezembro daquele mesmo ano, os dois estariam casados, mas isso não iria durar muito tempo pois em abril do ano seguinte, Catherine já estava viúva. Sete anos mais tarde, Henry VIII acabara de se tornar rei e agora precisava de uma rainha ao seu lado. Decidiu ficar noivo da esposa de seu irmão. Os dois só conseguiram consumar o casamento após conseguirem uma dispensa papal de Julio II, pois o direito canônico proibia um homem de se casar com a esposa de seu irmão. A dispensa só foi liberada após testemunhas falarem que o primeiro casamento de Catherine nunca havia sido consumado. Esse casamento gerou seis filhos, mas apenas Mary I sobreviveu. Com os anos passando, Henry ficava cada vez mais preocupado com a falta de um herdeiro. Pensando que o problema era sua esposa, decidiu anular seu casamento e procurar uma nova rainha. Grandes brigas ocorreram antes do casamento ser anulado poiso papa Clemente VII se recusou a deixar Henry se casar novamente. A única solução que ele achou para acabar de vez com seus problemas, foi mudar sua religião, e assim o fez. O rei católico virou chefe de sua própria igreja, a Igreja Anglicana. Se recusando a aceitar seu destino, Catherine foi confinada no castelo de Kimbolton e proibida de ver sua filha. Não renunciou o título de rainha consorte até o dia de sua morte, em 1536.

Anne Boleyn

Imagem do Google

Na esperança de ter um herdeiro para seu reino, Henry VIII ouviu boatos sobre Anne, uma mulher que passara grande parte de sua vida na corte francesa de Francis I como dama de companhia da rainha Claude Of Valois e quando voltou para terras inglesas, chamou atenção por sua beleza e ganhou muitos admiradores. Como ainda era casado com Catalina, precisava de uma anulação do papa para poder casar novamente, mas não conseguiu tal anulação. Depois de muito trabalho e dinheiro investido em conseguir convencer o papa, Henry decidiu mudar de religião, que era católica até então, e criar a sua própria igreja, intitulando-a de Igreja Anglicana, podendo se casar com sua pretendia dentro desta nova religião. Em janeiro de 1533, o rei da Inglaterra e Anne se casaram e em junho ocorreu a coroação da nova rainha. Foi apenas em setembro quando nasceu o fruto deste casamento, Elizabeth I. Mas ainda não era o que Henry precisava, então esperou por mais alguns anos por um filho. A rainha decidiu que a primeira primogênita de seu marido não deveria ter o título de princesa e decidiu fazer de Mary I a dama de companhia de sua filha, Elizabeth. Quando em 1536 Anne deu luz à um menino, todos pensaram que o reino estava a salvo, porém poucas horas depois a criança viria a óbito e todos os pesadelos da família Boleyn começaram a se tornar realidade. Nesse mesmo ano começaram boatos que a rainha estava traindo o rei. Anne foi aprisionada na Torre de Londres para ser julgada. Os boatos começaram a ficar cada vez maior, dizendo que além da traição, agora havia adultério e incesto. Mesmo sem provas concretas, ela foi sentenciada por unanimidade à morte

Jane Seymour

Imagem do Google

Nascida em 1508, Jane sabia ler e escrever muito pouco mas era ótima em costura e administração do lar. Ela era a bisneta do rei Edward III, fazendo com que fosse prima em quinto grau de Henry VIII. Em 1532 tornou-se dama de companhia de Catherine De Aragão, e após o divórcio de Catherine com o rei, Jane passou a servir Anne Boleyn. Em 1536, apenas 11 dias após a execução de Anne Boleyn, Jane e Henry VIII estavam se casando no Palácio de Whitehall com muitas celebrações. Logo no início de 1537 Jane já esperava o tão cobiçado herdeiro do rei, e em outubro nascia o terceiro e último filho de Henry VIII. Porém o parto foi extremamente difícil para Seymour, durando três longos dias, e 12 dias após o parto, Jane faleceu. Ela foi a única rainha a receber um verdadeiro funeral.

Anne Of Cleves

Imagem do Google

Filha do líder de um estado germânico pioneiro na implementação do Movimento Protestante, Anne nasceu na Alemanha, em 1515. Sua posição era de grande interesse para o rei da Inglaterra, chefe da Igreja Anglicana. Tendo isso em mente, Thomas Cromwell, chanceler do reino inglês, fez os arranjes para o casório entre os dois. Mas assim que Anne chegou na Inglaterra, o rei ficou horrorizado com a nova noiva pois esta tinha cicatrizes de varíola no rosto inteiro e não era uma mulher de grandes atributos físicos, mas mesmo assim prosseguiram com o casamento, em janeiro de 1540.Uma das damas de companhia da nova rainha era Catherine Howard, com quem o rei teve como amante desde sua chegada ao castelo.

Apenas alguns meses depois, em julho, o casamento foi anulado com a desculpa de não ter sido consumado. Porém o rei foi mais generoso desta vez, pois Anne conseguiu títulos como princesa e irmã do rei, uma pensão e algumas terras para desfrutar.

Catherine Howard

Imagem do Google

Nascida em uma família aristocrática, pouco se sabe sobre sua infância além de sua educação problemática, pais ausentes e vários relacionamentos proibidos. Em 1539 Howard foi convidada para ser dama de companhia de Anne Of Cleves, e foi assim que conheceu e virou amante do rei. Apenas um ano depois, em 1540, Catherine já havia conquistado seu lugar no trono de rainha da Inglaterra. Este foi um casamento com muito alvoroço, começando por ser muitos anos mais nova que sua enteada Mary. A rainha dizia que Mary não a respeitava e acabaram apenas se tolerando alguns anos depois. Tendo-se em vista que a mãe de Elizabeth era prima de Catherine, o relacionamento das duas foi fácil, se tornaram boas amigas. Outro grande problema foi o passado da rainha, pois em 1541 um de seus antigos amantes estava se vangloriando de que havia dormido com ela. Quando esse rumor chegou aos ouvidos de Thomas Cranmer, arcebispo e amigo do rei, houve uma investigação e o casamento foi anulado e Catherine foi acusada de traição e sentenciada à morte

Catherine Parr

Imagem do Google

Nascida em 1512, era filha de Thomas e Lady Parr. Sua mãe era dama de companhia da primeira esposado rei, Catherine de Aragão, e muitos dizem que recebeu esse nome em homenagem à rainha, que também era sua madrinha. Em 1530 estava em seu segundo casamento, mas alguns anos depois seu marido morreu e ela tornou-se uma viúva muito rica, o que atraiu a atenção de Thomas Seymour. Quando os dois estavam prestes a se casar, o rei já se encontrara apaixonado por Parr. Não podendo recusar um pedido de casamento real, Henry e Catherine se casaram em 1543.

O papel de madrasta serviu perfeitamente para a nova rainha, era uma grande amiga para os filhos de Henry e ajudava muito na educação deles. Ela tinha muita influência como rainha, pois foi de grande peso no Terceiro Ato de Sucessão (quando o rei reconheceu Mary e Elizabeth como filhas legítimas) e em 1544,quando Henry estava em campanha militar, Catherine foi nomeada regente e assim permaneceria caso o rei morresse e Edward não tivesse atingido a maioridade. O casamento foi tranquilo, rei e rainha discutiam apenas em assuntos teológicos, porém em 1548 o rei faleceu. Catherine ficou com a guarda de Elizabeth e finalmente casou-se com sua antiga paixão, Thomas Seymour, porém não foi nada daquilo que ela esperava pois Thomas estava interessado apenas em seu dinheiro e agora, em sua afilhada Elizabeth. Mesmo com problemas matrimoniais, Parr ficou grávida mas morreu devido a complicações no parto.

Os últimos animais do mundo

Imagem por Joel Sartore

Muitos animais correm o risco de deixar de existir no nosso planeta, assim como aconteceu com os dinossauros há milhões de anos atrás. A diferença é que ao contrario dos dinossauros que foram extintos naturalmente, a grande diversidade de animais entrando para esta lista atualmente é por causa da interferência humana.

As principais causas destes horríveis acontecimentos são o tráfico de animais, a caça e pesca ilegais e a degradação de seus habitats, seja para expansão agrícola, obras ou queimadas.

Alguns dos animais em extinção no mundo são: pinguim-africano, panda gigante, tigres, iguana da jamaica, lêmures, condor californiano, elefantes, golfinho vaquita, gorila-das-montanhas, leopardo-de-amur, rinocerontes, e muitos outros.

Imagem por Joel Sartore
Imagem por Joel Sartore
Imagem por Joel Sartore

Já no Brasil, contamos com quase 700 espécies de animais em risco, como o macaco prego, lobo guará, pica-pau, ararinha-azul, tartarugas, tatu bola, bugio, baleia azul, jararaca, etc.

Imagem por Joel Sartore
Imagem por Joel Sartore
Imagem por Joel Sartore

Além disso, um dos grandes problemas na sociedade é achar que apenas animais fofos devem ser salvos, fazendo com que campanhas de conservação ignorem outros animais para assim, conseguir o apelo do público.

Em entrevista para a BBC, o cientista chefe da ONG The Nature Conservancy, Hugh Possingham disse “É hora de colocarmos alguma ciência por trás das espécies que usamos para comercializar e arrecadar fundos para conservação — em vez de limitar nossa abordagem em torno do que é popular ou visto como ‘fofo’ pelo público”.

Para entender mais sobre os animais em perigo, podemos encontrar mais informações no Livro Vermelho, uma coleção de livros sobre a temática.

8 curiosidades sobre Cleópatra

Cleópatra VII morreu há mais de 2 mil anos, mas até hoje continua sendo uma das mulheres mais intrigantes da história. Conhecida por sua beleza e seus relacionamentos com Júlio César e Marco Antônio, a rainha egípcia teve uma vida escandalosa e que inspirou muitas obras.

#1 VERSÃO HOLLYWOOD

Todos nós conhecemos Cleópatra como uma mulher deslumbrante pois os filmes hollywoodianos nos fizeram pensar que ela usava isso como uma arma política, mas o que realmente a fez uma mulher poderosa, foi seu intelecto.

A moeda egípcia antiga com o rosto da rainha gravado a mostra com um nariz avantajado e queixo largo. Alguns dizem que isso foi feito para parecer com uma imagem mais masculina. Tudo isso nos mostra como ela foi esperta, pois controlava a maneira como seu povo a enxergava. Ser uma mulher no comando naquela época não era nada fácil.

Imagem do Google

#2 CASOU COM SEUS DOIS IRMÃOS

Para preservar a pureza de sua linhagem, a dinastia ptolomaica costumava realizar casamentos dentro da própria família. Acredita-se que os próprios pais de Cleópatra eram irmãos.

Com este exemplo de sua família, ela casou-se com seus dois irmãos. Em momentos diferentes, é claro.

#3 ENVOLVIMENTO NO ASSASSINATO DOS IRMÃOS

Desde seu primeiro dia no trono, a rainha deixou claro que seu irmão, Ptolomeu XIII, não compartilharia de seu poder. Mas Ptolomeu não deixou isso barato e os dois entraram em uma guerra civil.

Para vencer a guerra, Cleópatra foi atrás da ajuda de Júlio César para unir forças contra o irmão, que morreu afogado no rio Nilo durante uma batalha naval.

Depois de 4 anos de casamento com seu segundo irmão, Ptolomeu XIV, ele se tornou ambicioso e queria poder absoluto. Mais uma vez Julio Cesar chega para o resgate e vence Ptolomeu em uma batalha mortífera.

#4 FILHO COM JÚLIO CÉSAR

Sendo amantes por dois anos, Cleópatra deu à luz seu filho Ptolomeu César. Mas o menino viveu apenas 16 anos pois após a morte de sua mãe, ele foi capturado e executado por Otaviano, o fundador do Império Romano.

#5 ENTRADA TRIUNFAL

Como acreditava ser uma deusa viva, sempre chegava nos lugares fazendo uma grande encenação para conquistar seus súditos e possíveis aliados.

Um dos casos mais famosos é a fantasia de Afrodite e seus servos, de cupidos, tudo isso para impressionar Júlio César.

#6 CLUBE DE BEBIDA

O casamento com Marco Antônio gerou mais do que aliança política e 3 filhos, pois juntos eles criaram o clube Fígados Inimitáveis, onde aconteciam festas noturnas com jogos e bebida.

#7 PRODUÇÃO EXAGERADA

O filme Cleópatra, de 1963, interpretado por Elizabeth Taylor, é um dos filmes mais caros da história.

Repleto de problemas com elenco, diretor e roteiro, o orçamento de 4 milhões acabou se tornando 44 milhões e levantou grande repercussão na época pois quase levou a 20th Century Fox à falência.

#8 SUA MORTE

Cleópatra tirou a própria vida após perder a batalha naval em Ácio, para Otaviano. Porém, nunca foi realmente explicado como isso aconteceu, alguns acreditam que ela tenha sido picada por uma cobra e outros que ela mantinha consigo um veneno mortal e o usou para se matar.

Mulheres Revolucionárias: Rosa Parks

Em 1955, nos Estados Unidos, depois de um dia cansativo de trabalho, uma mulher negra se recusava a dar seu lugar no ônibus para um homem branco, causando grande impacto no país e no mundo.

Essa mulher foi Rosa Parks.

Imagem do Google

Naquela época, a lei dos Direitos Civis americana dizia que apenas pessoas brancas poderiam votar, entrar em igrejas, lojas e tinham preferência em transporte público pois caso algum branco ficasse sem conseguir se sentar, o negro deveria se levantar e dar seu assento ou até descer do ônibus.

Cansada dessas regras, Rosa se recusou a levantar. O motorista parou o ônibus e chamou a polícia para prendê-la.

Com tamanha repercussão, a mulher foi visitada na prisão por Matin Luther King Jr. e membros da NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor) fazendo com que o caso de Rosa se tornasse o estopim contra a desigualdade.

Tudo isso a tornou alvo de ameaças de morte e dificuldade em conseguir emprego, mas tudo valeu a pena pois até hoje ela é conhecida como mãe do movimento dos direitos civis.

Todo esses acontecimentos, levaram a protestos e boicotes, pois os simpatizantes da causa decidiram parar de usar o transporte público e caminhar para seus destinos, dando grande prejuízo para a empresa.

O movimento só terminou quando, em 1956, a Suprema Corte dos Estados Unidos declarou inconstitucionais as leis de segregação.

Para conhecer melhor a sua trajetória, é possível assistir ao filme A História de Rosa Parks.

Entenda como é a vida de quem vive com o pé na estrada

Todo esse tempo em quarentena com certeza nos fez sentir vontade de sair de casa e conhecer novos lugares qualquer um desde que não seja o mercado do bairro.

Tirar um tempo de férias e curtir a viagem pode ser simples e divertido, mas na hora de ir embora sempre queremos ficar um pouquinho mais.

Mas e quando você realmente não volta para casa?

Para explicar melhor como é a vida de quem vive viajando, além dos novos desafios em tempos de Covid-19, conversei com o casal Leonardo e Rachel, do canal Viajo Logo Existo.

Imagem de Viajo logo Existo

Qual o maior desafio de viver viajando?

O maior desafio de ter uma vida em constante movimento é a questão da adaptação a cada novo lugar. A comida muda, o fuso-horário muda, o clima muda e o corpo sempre precisa de um tempo para se adaptar a essa nova realidade. Some tudo isso a ideia de se ter uma empresa enquanto estamos nos mexendo e o desafio mais que duplica. Tocar um negócio parado já é complicado, em movimento fica ainda mais difícil. Enfim, o maior desafio é estar sempre se mexendo e tendo que se adaptar a cada nova realidade.

Como vocês estão fazendo para continuar trabalhando nessa quarentena?

No momento nós estamos em Portugal, em o que chamamos de nossa casa atualmente. Já existia o plano de se mudar para o país e os fatos de 2020 acabaram acelerando esse processo. O principal impacto da quarentena foi na questão da mobilidade, onde não podemos continuar explorando o mundo. Mas temos repensado o conteúdo, lançamos nosso podcast em abril de 2020, lançamos nossa série na televisão, fizemos rodadas de entrevistas, testamos algumas coisas com gameficação, enfim, continuamos criando…

Com tantas pessoas entrando no ramo online, dá para continuar inovando?

Sem dúvida o mercado está cada dia mais complexo e competitivo, mas sempre tem espaço para se pensar em coisas novas. Nossa opinião é que se a historia é solida, tem alma e propósito, ai vira mais uma discussão de qual formato utilizar para fazer a comunicação com sua audiência, e hoje em dia não faltam formatos.

Como começar a trabalhar dentro dessa área, tanto online, quanto de turismo?

Acho que o principio é o mesmo para todas as profissões, você precisa amar o que faz, senão chegará onde muitas estão chegando, frustradas com suas atividades profissionais. O mundo do turismo não é diferente, ele tem seus pontos positivos e negativos. Muitas pessoas acham que a vida por aqui é uma eterna viagem de férias. É claro que não dá para reclamar, mas tem muitos desafios. Tem que se reinventar o tempo todo e aprender a viver longe das pessoas que você gosta. Fora tudo isso acho que é importante refletir sobre como ter seu espaço hoje em um mercado tão competitivo.

Quais os cuidados necessários para uma viagem segura? Acham que o vírus fez vocês mudarem alguns desses cuidados?

Por hora as viagens ainda não retomaram de forma mais concreta, mas sem dúvida a indústria toda do turismo está passando por uma revolução do ponto de vista sanitário. Nós estivemos na Itália no começo de julho para resolver algumas coisas e já é visível a mudança. Máscaras nos voos, menos interação com as pessoas, distanciamento mínimo entre as pessoas, triagem na entrada dos aeroportos… muita coisa mudando.

Depois dessa quarentena, a perspectiva mudou em algum sentido?

Acho que a crise do Covid-19 deixou claro como ninguém estava preparado para uma situação tão complicada como esta. E isso nós falamos em todos os níveis, não só no turismo. Temos que refletir sobre o que aconteceu e tirar algumas lições disso tudo. Até que tenhamos um protocolo de tratamento de sucesso ou uma vacinação em massa, acreditamos que a insegurança será muito alta e sim, isso afetará drasticamente as atitudes e decisões das pessoas.

Com tanta gente em casa, muitos estão pensando em viajar quando a quarentena acabar. Qual o lugar que vocês recomendam para relaxar de todo esse stress?

Acreditamos que o mais importante é ter uma avaliação clara da necessidade da tal viagem, digo por que a o fim da quarentena não necessariamente significa o fim da crise de saúde, mas sim que aquela determinada região está com o contágio controlado/declinando. O maior risco seria as pessoas simplesmente viajarem e “importarem” novamente o vírus e as coisas saírem do controle novamente. Nós estamos mapeando lugares mais abertos, mais ligados a natureza, com circulação de ar e com menos interação humana possível. Tanto o Brasil como Portugal oferecem uma riqueza enorme de destinos verdes e cheio de vida. É para esses lugares que devemos ir…

E você? Teria coragem de viver com o pé na estrada também?

Os narizes de Londres

Você conhece Londres? E os narizes de lá?

Pois é, o artista Rick Buckley anexou vários narizes feitos do molde de gesso do seu próprio nariz em alguns edifícios da cidade. O artista também teve o cuidado de pintar todos eles para combinar com a parede do prédio.

Imagem por Paula Santinati
Imagem por Paula Santinati

Em 1997 foi criado o projeto London Noses ou Seven Noses Of Soho, onde 35 narizes foram instalados em locais públicos, como a galeria nacional. Infelizmente, hoje em dia restam apenas alguns deles espalhados por Londres.

A ideia de Rick era fazer uma critica ao governo que estava instalando câmeras de vigilância pela cidade inteira. Ele fez questão de instalá-los em baixo destas câmeras.

Até 2011, o artista não assumiu publicamente a criação deste projeto.

MITOS URBANOS

Como esta critica ao “Big Brother” não foi divulgada na época, as pessoas começaram a criar histórias do motivo daqueles narizes estarem lá.

O Arco do Almirantado foi o que mais ficou famoso, pois dizia-se que estava ali para debochar de Napoleão, pois foi fixado a uma altura possível para que as tropas de cavalaria o arrumassem ao passar por baixo do arco.

Outros diziam que se você esfregasse a mão nele, poderia fazer um desejo. Alguns foram além e disseram que se conseguisse encontrar os 7 narizes de Soho, ficaria rico.

A verdadeira história do Conde Drácula

Vlad III Dracul, conde de Valáquia, uma província da Romênia, foi a verdadeira inspiração para o famoso personagem fictício Conde Drácula.

Imagem do Google

Vlad conquistou uma fama de extrema violência e crueldade, criando assim mitos e superstições de terror que foram se espalhando cada vez mais. Um dos relatos mais famosos foi de um banquete onde todos os convidados eram pedintes, doentes ou idosos e no final do dia, o conde teria trancado todos eles em uma sala e ateado fogo, dizendo que essas pessoas estavam finalmente livres dos sofrimentos deste mundo.

Estas histórias ficaram tão famosas que foi a base de inspiração para vários contos de terror e de vampiros bebedores de sangue.

SEU NOME

Seu sobrenome era Dracuela, que vem do latim e significa “filho de dragão”. Ganhou este sobrenome pois seu pai participava de uma seita religiosa cujo símbolo era um dragão.

Por este motivo, ficou conhecido como Vlad Dracul, ou simplesmente Drácula.

SUA INFÂNCIA

Em 1431, nascia o pequeno Vlad III, na Transilvânia. Alguns anos depois se mudara para Târgoviste, capital de Valáquia, onde seu pai assumiria o trono da província.

Foi então que sua vida começou a mudar pois em 1442, Vlad e seu irmão mais novo foram entregues como reféns ao sultão otomano Murad II, como uma garantia de que seu pai iria obedecê-lo .

Vlad, O Empalador

No século XV, a violência reinava sem qualquer controle. Diversas punições, como a mutilação, era comum naquela época.

Mas Vlad era diferente, preferia empalar seus inimigos. Há rumores de empalamentos coletivos de 20 mil homens. Daí surgiu o seu famoso apelido.

Claro que isso não pode ser considerado tão anormal se levarmos em conta outros líderes e reis que se faziam serem respeitados ou temidos por bem ou por mal.

A VINGANÇA

Em 1447, o pai de Vlad foi assassinado por nobres valáquios. Tendo a vingança em mente, Drácula uniu um exército para matar quem estava por trás da morte de seu pai e para conseguir manter o seu trono na Valáquia.

Quando encontrou os nobres, os convidou para uma festa de Páscoa. Os mais velhos e doentes foram rapidamente empalhados, já o restante, foram levados para uma fortaleza em ruínas e obrigados a construírem um novo castelo. Ao final da construção, todos foram empalados.

O rei Matias I, da Hungria, ficou tão horrorizado com as notícias que condenou Vlad à prisão domiciliar durante 12 anos. Mas nem isso o deteve pois cadáveres de animais eram frequentemente encontrados aos arredores do castelo.

ÚLTIMOS DIAS

Em 1475, logo depois de ser solto, Drácula reuniu novamente um exército e invadiu Valáquia querendo retomar à coroa novamente. Mesmo com um exército pequeno, apenas a menção de seu nome fizeram os inimigos fugirem.

Mas não muito tempo depois, em 1476, os inimigos turcos buscaram vingança e mataram Vlad em combate, decepando sua cabeça.

A cabeça foi colocada em exposição em Istambul pelo sultão Mehmet II, como prova de seu sucesso e para mostrar que o conde estava, de fato, morto.

Mulheres Revolucionárias: Imperatriz Matilde

Alguns séculos atrás, o poder era todo dos homens. Na era medieval não existia meio termo. Mas na Inglaterra, uma mulher tentou mudar isso.

Sua casa é Normanda por nascimento e Plantageneta pelo segundo casamento. É filha do rei Henry I da Inglaterra.

Em 1141, Matilde se tornava a primeira mulher a tentar governar a Inglaterra por seu próprio direito, mas você não a encontrará na lista de monarcas ingleses pois essa tentativa de assumir a coroa colocou o país em uma guerra civil. Por este mesmo motivo ela era vista como uma pessoa terrível. Como uma mulher ousaria desafiar a ideia de que apenas os homens poderiam governar um país?

Não havia nenhuma lei explícita dizendo que uma mulher não poderia usar a coroa, mas também nunca houve sequer a intenção de colocar uma herdeira como próxima ao trono. Os reis sempre precisavam de um filho para a sucessão poder continuar.

O rei Henry I, pai de Matilde, fez de tudo para que houvesse um herdeiro. Casou sua filha na esperança de um neto, para que assim, a criança pudesse governar. Mas o rei viera a falecer antes deste bebê ter idade suficiente para usar a coroa.

Percebendo uma oportunidade com a morte de Henry I, Stephen, primo de Matilde, se autocoroou rei.

Uma crônica chamada Gesta Stephani, os Feitos de Stephen dizia:

“Não havia outra pessoa capaz de tomar o lugar do rei e pôr um fim aos grandes perigos que ameaçavam o reino.”

Escrita por um monge amigo da corte de Sthephen, o mostrava como um herói, mas infelizmente ninguém estava escrevendo a história de Matilde.

Se mostrando incapaz de governar o país, várias cidades estavam entrando em colapso apenas um ano depois de sua coroação. Matilde começou a ganhar cada vez mais apoio por conta disso.

Mesmo com sua força militar menor que o exército de Stephan, Matilde conseguiu enfraquece-lo com táticas de guerrilha, e assim começara a guerra civil que duraria por dois anos.

Em fevereiro de 1441, Matilde ganha a luta e aprisiona seu primo.

Conseguindo aliados na Igreja, Matilde vira uma nova esperança em conseguir seu trono de volta.  Agora, cinco anos depois de seu pai falecer, ela finalmente conseguiria se tornar rainha da Inglaterra, governando por seu próprio direito.

Mas no dia de sua coroação, ataques interromperam a cerimonia. Era o começo de uma nova guerra. Seu povo dizia que a futura rainha era mandona e arrogante, em vez de amorosa e modesta e isso não era condizente com seu sexo.

Reis não se mostram frágeis e amáveis, eram sempre autoritários. Mas quando uma rainha tentou fazer isso, foi má vista por seu povo. Vendo todos os acontecimentos, a Igreja novamente muda de lado, dizendo que ela não poderia se tornar rainha.

Matilde percebe que não conseguiria vencer esta luta sendo rainha, mas sim como mãe de um rei.

Vendo que também não teria o apoio do povo da Inglaterra, Stephan, que continuava como rei, decidiu fazer um acordo. Continuaria seu governo, mas reconheceria Henry, filho de Matilde, como seu sucessor.

No final, ela desistiu de seu próprio poder para garantir que a dinastia continuasse.

Matilde morreu em 10 de setembro de 1167, com 65 anos.