Michael Jackson e o Homem Elefante

Você sabia que o cantor Michael Jackson se comparava com um homem medieval conhecido como Homem Elefante?

O caso teve grande repercussão na época, quando descobriram, mas hoje em dia é pouco lembrado.

Quem foi Michael Jackson?

Michael Jackson foi um famoso cantor, compositor e dançarino norte-americano, considerado uma das maiores e mais influentes figuras da história da música pop. Ele nasceu em 29 de agosto de 1958 em Gary, Indiana, e faleceu em 25 de junho de 2009 em Los Angeles, Califórnia.

Jackson começou sua carreira musical na década de 1960 como membro do grupo Jackson 5, formado por ele e seus irmãos. O grupo alcançou grande sucesso com hits como “ABC” e “I Want You Back”. No entanto, foi na década de 1980 que Michael Jackson lançou sua carreira solo e se tornou um fenômeno global.

Seu álbum “Thriller”, lançado em 1982, é um dos discos mais vendidos de todos os tempos e inclui sucessos como “Billie Jean” e “Beat It”. Jackson revolucionou a música pop com sua voz distintiva, coreografias inovadoras e vídeos musicais inovadores. Ele também é conhecido por seu icônico passo de dança, o moonwalk.

Ele foi diagnosticado com vitiligo, uma doença de pele caracterizada pela perda de pigmentação em certas áreas do corpo. O vitiligo ocorre quando as células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele, são destruídas ou danificadas, resultando em manchas brancas ou despigmentadas na pele.

Embora a condição de Michael Jackson tenha sido inicialmente especulada pela mídia, ele confirmou publicamente que tinha vitiligo em uma entrevista à apresentadora Oprah Winfrey em 1993. Afirmou que começou a notar os primeiros sinais do vitiligo por volta de 1984, quando ele tinha 26 anos.

Ao longo dos anos, sua pele foi gradualmente perdendo pigmentação devido ao vitiligo, o que resultou na aparência de sua pele ficar mais clara. Em vez de exibir as manchas brancas características da doença, optou por unificar a cor de sua pele usando uma técnica chamada despigmentação gradual.

A despigmentação gradual envolve a aplicação de substâncias despigmentantes na pele saudável para igualar a cor das áreas afetadas pelo vitiligo. Esse processo permitia a Jackson esconder as manchas e obter uma aparência mais uniforme em termos de pigmentação da pele.

A condição de vitiligo de Michael Jackson teve um impacto significativo em sua vida e na forma como ele era percebido pelo público. Muitas vezes, especulações e rumores surgiram em torno de sua aparência, mas Jackson afirmava que sua transformação era resultado do vitiligo e não de um desejo de alterar sua identidade racial.

Embora o cantor tenha sido um exemplo famoso de alguém com vitiligo, é essencial respeitar a privacidade e compreender os desafios que as pessoas com essa condição enfrentam.

Quem foi o Homem Elefante?

O “Homem Elefante” foi Joseph Merrick, um homem britânico que ficou conhecido por sua grave condição médica, chamada de neurofibromatose múltipla ou síndrome de Proteus. Ele nasceu em 1862, em Leicester, na Inglaterra, e viveu até 1890.

Joseph Merrick nasceu com uma aparência física extremamente deformada devido à sua condição médica. Sua pele era coberta por crescimentos e tumores grotescos, especialmente em seu rosto, o que lhe rendeu o apelido de “Homem Elefante”. Essa designação foi dada a ele posteriormente, já que Merrick nunca se referia a si mesmo dessa forma.

Sua condição médica o levou a uma vida de isolamento e dificuldades. Ele enfrentou discriminação e foi exibido em shows de aberrações e circos como uma atração de freak show. No entanto, em 1884, Merrick foi descoberto pelo médico Frederick Treves, que ficou impressionado com sua inteligência e sensibilidade.

Treves ofereceu a Merrick a oportunidade de viver no Hospital de Londres, onde ele recebeu cuidados médicos e um ambiente mais seguro. Lá, ele se tornou uma figura conhecida na sociedade e recebeu a atenção de vários visitantes, incluindo membros da nobreza e celebridades.

Joseph Merrick faleceu em 1890, aos 27 anos de idade, devido a complicações relacionadas à sua condição médica. Sua história ficou conhecida através de registros médicos, cartas e relatos contemporâneos. Sua vida inspirou peças de teatro, filmes e obras literárias, como o filme de David Lynch, “O Homem Elefante” (1980). O caso de Merrick também ajudou a aumentar a conscientização sobre a importância da compaixão e aceitação das pessoas com deformidades físicas e deficiências.

Jackson x Merrick

O filme ‘Homem Elefante’ de 1980, dirigido por David Lynch, foi um dos favoritos de Michael Jackson e o motivo é bem simples: identificação. Sua ex-mulher, Debbie Rowe, ainda confirmou que o cantor tinha medo de que as pessoas o vissem e lembrassem mais de sua aparência do que suas realizações.

Os ossos de Merrick estão na Faculdade de Medicina do Hospital de Londres e alguns tabloides da época falaram que o cantor havia tentado comprá-los, mas o caso foi negado e para deixar tudo ainda mais artístico, Michael decidiu colocar isso em um de seus clipes, o chamado Leave Me Alone (1989), onde dança ao lado de ossos e uma cabeça de elefante.

Star Wars: política, religião e sabres de luz

A saga dos filmes de Star Wars teve início em 1977, mas até hoje os fãs ainda recebem novidades sobre esse mundo galáctico distante, ou será que ele não é tão longe assim da nossa realidade?

Hoje em dia existem diversos livros, filmes, spin-off e séries, mas apenas nos filmes principais já podemos perceber a grande quantidade de inspirações e influências que a história contém do mundo real.

Contexto histórico

Na época que o legado de George Lucas se iniciou, haviam muitos problemas no mundo político, seja no cenário mundial ou no próprio país do criador da história, os Estados Unidos.

Por exemplo, o primeiro filme (Uma Nova Esperança) foi lançado 4 anos antes do julgamento do caso Watergate, o maior escândalo político da época e o que fez Nixon renunciar ao cargo de presidente americano.

No cenário mundial, estava acontecendo a Guerra do Vietnã (1955-1975) e Nixon estava tentando concorrer a um segundo mandato, mesmo depois de tantos escândalos.

Em uma entrevista feita em 2005, o próprio diretor do filme, George Lucas, disse:

“Isso me levou a pensar historicamente sobre como as democracias se transformam em ditaduras. Porque as democracias não são derrubadas, elas são entregues”

Na trilogia original existe um conflito entre o Império – um regime autoritário – e aliança rebelde, cidadãos que lutavam contra as imposições de um ditador.

Anakin Skywalker

A história de um dos principais personagens da saga Star Wars é a de Anakin Skywalker, um Jedi promissor que todos pensam ser a solução de todos os problemas.

Mas ao se deparar na forma como os líderes do grupo de Jedi se comportavam, percebeu que nenhum dos lados estava correto e ficou cada dia mais frustrado, até passar para o lado negro da força e se tornando o Sith Darth Vader.

Ao ouvir a frase “se você não está comigo, você é meu inimigo” de Vader, é possível perceber que o personagem foi inspirado em George Bush, que dizia “você está conosco ou contra nós.

O imperador Palpatine

O Lorde Sith Darth Sidious ou Palpatine subverteu todo o Senado e dessa forma, conseguiu assumir um cargo de poder.

Quando questionado se Palpatine algum dia havia sido um Jedi, o diretor de Star Wars disse que não, ele sempre foi apenas um político e que seu nome também poderia ser Richard M. Nixon.

Rogue One

Para o filme lançado em 2016, Rogue One, o roteirista Chris Weitz disse na época que seria uma ótima forma de associar o Império a grupos supremacistas brancos.

Logo quando isso aconteceu, diversas pessoas pensaram em boicotar a saga, levantando a hashtag #DumpStarWars no Twitter, mas felizmente a história continua sendo um grande sucesso até os dias de hoje, mostrando que nem sempre os grupos extremistas vão ganhar.

Andor

A série Andor, que estreou em 2022, também tem muito da vida real, mas dessa vez decidiram sair dos Estados Unidos focar em Israel.

Eli Cohen foi um agente espião israelense em 1960 e falava diversas línguas, como árabe, inglês, francês e hebraico. Por causa de seus conhecimentos, foi mandado para Buenos Aires em uma missão e precisou criar uma vida dupla. E como conseguiu diversas informações, era muito valioso para que o deixassem simplesmente sair da agência de Israel. 

Por esse mesmo motivo, inevitavelmente acabou morrendo por conta de seu trabalho. 

The Mandalorian

A série lançada em 2019 chamada The Mandalorian pode ser bem sutil, mas ela fala de uma forma muito interessante sobre a crença e até que ponto nós vamos por ela.

Os mandalorianos são caçadores de recompensa que tem certo fanatismo religioso e uma das principais regras do Caminho de Mandalore é que você nunca deve remover seu capacete, não importa a situação e também precisa fazer um juramento para entrar no grupo.

Din Djarin (Pedro Pascal) é o principal da série, e logo na primeira temporada ele tira seu capacete, porque percebeu com suas experiências recentes que talvez isso não seja tão importante assim, mas logo decide voltar pra o seu grupo, uma espécie de seita, e não é bem recebido pois quebrou a regra principal do grupo.

Por isso, ele faz de tudo para conseguir seu perdão e acaba ficando cego.

Os mandalorianos acabaram se dividindo em grupos quando o planeta deles foi atacado, e nem todos fazem questão de seguir alguns mandamentos, como o de retirar ou não o capacete.

Esse é o caso da líder Bo-Katan, que Din Djarin conhece em uma de suas aventuras, fazendo o público perceber que não existe apenas um único caminho.

Prevendo o futuro

Em uma tentativa de explorar o futuro e como seria o governo de Bush, George Lucas criou um filme onde mostrava como uma república popular pode se transformar facilmente em um império.

É possível perceber isso nos filmes A Ameaça Fantasma (1999), O Ataque dos Clones (2002) e A Vingança dos Sith (2005), já que eles foram lançados conforme o cenário político da época mudava.

As tropas do Partido Nazista

Uma das maiores franquias da história do cinema também se inspirou em uma das maiores guerras do mundo, a Segunda Guerra Mundial.

O grande exemplo de como observar isso é com a frase da senadora Padmé: “É assim que a liberdade morre, com um estrondoso aplauso”, pois Adolf Hitler conseguiu dominar diversos países militarmente só depois de dominar a Alemanha com seus discursos recheados de belas palavras, enquanto o público o aplaudia.

Com sua alegoria do fascismo e nazismo, os soldados do exército de Darth Vader podem ser comparadas facilmente com as tropas alemã, que se chamavam Sturm Abteilung.

Sturm Abteilung poderia ser traduzido no português como Batalhão Tempestade, e as tropas de Vader se chamam Stormtrooper, algo como Soldado da Tempestade.

A Ordem Jedi

Nos filmes, o grupo de Jedi é liderado pela Ordem, composta por alguns líderes, como o Yoda. A ideia desse Conselho é ser uma base oposta ao lado negro da força, o mal. Mas todos precisam seguir regras, como não ter relacionamentos amorosos, por exemplo.

Esses conselheiros acabam se tornando tão importantes que eles acabam ficando cegos, achando que nunca irão perder, já que em teoria, o bem sempre vence o mal e obcecados por esse poder, acabam deixando detalhes muito importantes passar despercebido.

O que é o Livro dos Mortos?

No Antigo Egito era comum encontrar diversos rolos de papiro com feitiços, fórmulas mágicas, orações e muitos outros temas específicos da cultura daquele povo.

Hoje em dia é possível entender um pouco das crenças egípcias por conta deste livro. Por exemplo, o povo daquela época acreditava que algumas orações podiam ajudar a guiar os mortos em sua jornada para o outro mundo, e alguns feitiços até mesmo poderiam ajudá-los a enfrentar os grandes desafios que eram necessários enfrentar durante essa jornada.

Este livro pode ter um nome chamativo, mas ele apenas descreve o que os egípcios acreditavam que acontecia com a alma humana após a morte, contando possivelmente todas as provas que devem ser superadas para que a alma chegue no juízo final para que finalmente encontre sua paz.

O que é o Livro dos Mortos?

O Livro dos Mortos é uma espécie de “manual para a vida após a morte” que traz centenas de mantras, hinos e orações. Sua função era ajudar os mortos em sua jornada para encontrar a imortalidade, um dos maiores objetivos dos egípcios. O manuscrito também descreve a paisagem do submundo, alertando os mortos sobre perigos como crocodilos, cobras e vários demônios, e fala do julgamento dos deuses, que decidirão se concederão a vida eterna com base na vida humana. suas ações. Na Terra.

Um dos exemplos mais fascinantes do Livro dos Mortos está na coleção do Museu Nacional Holandês de Antiguidades. É um texto de 3.000 anos escrito em um papiro de 17 metros de comprimento. O artefato foi encontrado em Luxor, no túmulo de um antigo mercador egípcio chamado Qenna, que pode ter vivido no início do reinado de Ramsés I.

Este livro descreve o que acontece com a alma após a morte. Ele contém todas as provas que devem ser superadas antes de chegar à câmara onde ocorrerá o julgamento final, de onde se medem os corações das pessoas. Nesse sentido, alguns egiptólogos acreditam que o conteúdo do livro contém a chave para a vida após a morte.

História do Livro dos Mortos

O Livro dos Mortos tem um nome bem chamativo, mas na realidade, ele foi uma espécie de manual da vida após a morte para os egípcios, trazia centenas de feitiços, hinos, orações, descreviam algumas paisagens do submundo, alertavam o morto sobre perigos específicos (como crocodilos, serpentes e diversos demônios).

Além disso, ele também tinha a função de auxiliar o falecido na jornada da vida após a morte. um dos maiores objetivos dos egípcios e também falava sobre o julgamento dos deuses, já que a vida eterna daquele indivíduo seria julgada por eles, de acordo com suas ações na Terra.

Onde encontrar o Livro dos Mortos?

Para encontrar o Livro dos Mortos, você pode visitar o Museu Nacional de Antiguidades da Holanda.

A edição desse museu tem mais de 3 mil anos e é feito em papiro de 17 metros de comprimento. O artefato foi encontrado na cidade do sul do Egito, Luxor, na tumba de um antigo comerciante chamado Qenna (ele possivelmente viveu no início do reinado de Ramsés I).

Outro exemplar desse livro está no Museu Britânico, já que o Museu conta com uma múmia com 3000 anos de idade, e seu caixão tem alguns textos e imagens do Livro dos Mortos.

De onde veio o Livro dos Mortos?

A história do Livro dos Mortos conta que ele surgiu a partir do culto do deus Osíris (deus dos mortos), por volta do século XXI a.C.

Desse modo, a figura do deus agrário e sua representação acerca dos ciclos de vida inspirou os seguidores a buscar a imortalidade através de seu culto.

Acredita-se que os conceitos que originaram o Livro dos Mortos vieram das inscrições e pinturas em tumbas que foram encontradas por escavadores e são datadas da Terceira Dinastia (2670 – 2613 a.C).

Os exemplares mais antigos datam entre 2686 e 2181 a.C. e a maioria eram escritos em rolos de papiro, mas podiam aparecer também na superfície de alguns sarcófagos e em estátuas alojadas na tumba.

Embora não houvesse um único Livro dos Mortos, alguns feitiços eram bem populares e frequentemente utilizados na hora de preparar o papiro para o finado.

O carnaval na Itália

Na Itália, o Carnaval é uma época festiva que envolve vestir-se e comer, beber e dançar em todo o país. Originalmente celebrado para marcar o fim do período de jejum antes da Páscoa na Igreja Católica, tornou-se uma celebração da vida e da felicidade.

O que é o Carnaval italiano?

O Carnaval é uma festa que é celebrada não apenas no Brasil, como em outras partes do mundo, como a Itália.

Mas você vai precisar esquecer a concepção da festa brasileira que acontece em fevereiro porque a festa italiana é celebrada de norte a sul do país, sempre de formas diferentes.

Mesmo que ela tenha fantasia e máscaras, comidas típicas são uma das principais partes dessa festa, e cada região conta com um prato diferente.

Mas um dos pontos que os turistas mais procuram é a guerra de laranjas que acontece em Ivrea, cidade da província de Turim.

Essa guerra acontece de domingo a terça-feira durante o tempo de celebrações. Ela é uma encenação de um acontecimento medieval que aconteceu naquele local, quando um jovem se rebelou e conseguiu juntar toda a população contra um tirano da região.

As equipes são divididas em homens do imperador e o povo, e então a guerra começa.

Outra festa bem popular acontece em Viareggio, uma cidade litorânea em Toscana. Lá acontecem os desfiles de carros alegóricos com mais de 20 metros de altura.

Lá também acontece desfiles com bonecos gigantes, como os de Olinda, no Brasil. Eles geralmente são personagens do mundo político ou do entretenimento.

As origens do carnaval

As primeiras origens do carnaval são incertas; no entanto, a teoria mais popular por trás de seu início é a festa pré-Quaresma da Igreja Católica Romana.

Na Roma antiga, as pessoas celebravam uma festa primaveril chamada Saturnalia em honra a Saturno (o deus da agricultura). Durante este tempo, todo o trabalho era suspenso e as pessoas se divertiam comendo, bebendo e se envolvendo em outros prazeres carnais – uma tradição que mais tarde nos deu nossa palavra “saturnina”.

Quando o cristianismo se difundiu pela Europa durante a época medieval, as festas pagãs foram proibidas, exceto aquelas que podiam ser cooptadas por líderes religiosos para promover suas próprias crenças e tradições.

Uma dessas festas foi Shrovetide (também conhecida como Carnaval), uma celebração cristã precoce que marcou tanto a ascensão de Cristo ao céu quanto seu retorno no Dia do Julgamento; este feriado foi observado com banquetes antes do jejum durante a Quaresma.

A tradição evoluiu com o tempo de uma abstinência da carne para uma em que as pessoas evitam todo tipo de trabalho ou estudo, bem como qualquer assunto sério, como política ou religião, durante os dias de quaresma que levam até a quarta-feira de cinzas e algumas regiões incluem até mesmo o banquete de certos alimentos, como peixe, às sextas-feiras, durante a Quaresma.

Como funciona a Quaresma?

Durante os tempos medievais, os católicos jejuavam da carne nas sextas-feiras antes do domingo de Páscoa. Para compensar esta falta de proteína durante seus 40 dias sem carne, eles comeriam muitos alimentos ricos, como ovos e queijo. Tradicionalmente, estes alimentos eram consumidos na missa da meia-noite da véspera de Natal (que cai no dia 24 de dezembro), mas acabaram sendo associados ao carnaval (Terça-feira Gorda).

A Quaresma era um período de jejum, abstinência e penitência. Ela começa na quarta-feira de cinzas e dura até o domingo de Páscoa. Neste tempo, os cristãos são encorajados a refletir sobre seu relacionamento com Deus, desistindo de algo que gostam ou fazendo algo bom para outra pessoa.

As celebrações da Quaresma incluem:

  • Jejum de carne (ou outros alimentos) às sextas-feiras durante a Quaresma; algumas pessoas também desistem de doces ou ações que gostam, como assistir à TV ou usar as redes sociais
  • Participar de cultos especiais nas igrejas onde os padres ouvem confissões de paroquianos antes do início da missa; isto se chama “Reconciliação” ou “Confissão”

A tradição do Mascherate

A tradição do Mascherate acontece na Itália e remonta aos tempos medievais. É um grupo de pessoas que se veste com fantasias e máscaras, e vai para as ruas para entreter outras pessoas.

Os trajes são geralmente muito elaborados, muitas vezes feitos de papel machê ou de madeira e alguns até incluem peças mecânicas.

A história por trás desta prática não é clara, mas tem sido sugerido que ela pode ter começado como uma imitação de um ritual pagão envolvendo a adoração de árvores (uma tradição chamada “bosques sagrados”).

A História do Carnaval em Veneza

O carnaval é um momento para as pessoas celebrarem e se divertirem. É também uma oportunidade para elas se vestirem e usarem máscaras, que podem ser rastreadas até o período medieval, quando era comum que pessoas de diferentes classes sociais se disfarçassem durante os festivais.

Em Veneza, o Carnaval começou no século XV, como parte das celebrações da Quaresma e foi introduzido por nobres que haviam viajado na Cruzada e retornado com histórias de como os muçulmanos celebravam suas próprias férias com fantasias e máscaras.

O Carnevale di Venezia é uma celebração do final do inverno, quando Veneza é coberta por uma espessa camada de confeitos e todos se fantasiam.

A cidade inteira se transforma em um grande baile de máscaras, com estátuas vestidas como pessoas famosas e personagens da história.

A festa remonta ao período medieval, quando as pessoas jogavam farinha umas nas outras durante o Carnaval, porque se acreditava que isso afastaria os espíritos malignos.

Onde ficar no Carnaval da Itália?

A melhor maneira de experimentar este incrível evento é ficar perto da Piazza San Marco (também conhecida como Praça de São Marcos), em Veneza.

Você estará bem no meio de toda a ação, e perto o suficiente para que não importa aonde você vá durante sua estadia na cidade mais romântica da Itália, algo emocionante sempre estará acontecendo bem do lado de fora de sua porta!

Quando acontece o Carnaval italiano?

Na Itália o carnaval é comemorado por dez dias em todo o país, durante os dias 4 e 21 de fevereiro.

As cidades mais populares para comemorar se você é turista são Veneza e Viareggio, famosas pelas suas atrações.

Descobrindo os segredos de Vênus de Milo

Você já ouviu falar da Vênus de Milo? É uma das esculturas mais famosas do mundo, e tem sido um ícone de beleza e perfeição por séculos. Mas qual é o mistério por trás dos braços perdidos da Vênus de Milo?

Hoje vamos desvendar os segredos desta escultura antiga e explorar as várias teorias sobre o que a Vênus de Milo um dia teve em suas mãos.

Quem foi Vênus de Milo?

A Vênus de Milo é uma escultura de mármore da deusa grega Afrodite, a deusa do amor e da beleza. A escultura foi criada por volta de 130 a.C. e acredita-se que tenha sido criada pelo escultor grego Alexandros de Antioquia. É possível que tenha sido encontrada em 1820 na Ilha de Melos, no Mar Egeu, sendo uma das obras mais famosas e mais reconhecidas no mundo.

Ela tem aproximadamente 2 metros de altura e é feita de mármore, mas talvez ela seja uma obra inacabada, pois a escultura está faltando seus braços. Apesar disso, a figura ainda é incrivelmente bela e graciosa. A escultura tem sido um objeto de fascínio desde sua descoberta e se tornou uma das obras de arte mais icônicas do mundo.

A Vênus de Milo tem uma longa e fascinante história, já que pouco se sabe sobre seu passado. Ela talvez tenha sido encontrada em 1820 por um oficial naval francês que estava à procura de artefatos antigos e foi levada para a França, onde foi colocada no Museu do Louvre, em Paris.

A escultura tornou-se um ícone de beleza e perfeição e tem sido amplamente admirada e estudada desde sua descoberta. Seus braços têm sido objeto de muita especulação, pois não se sabe o que a Vênus de Milo estava originalmente segurando.

O mistério por trás dos braços desaparecidos da Vênus de Milo

O mistério por trás dos braços perdidos da Vênus de Milo tem sido objeto de muito debate e especulação. Não se sabe por que faltam os braços da escultura, ou o que a Vênus de Milo uma vez segurou em suas mãos. Alguns teorizaram que os braços podem ter sido quebrados na antiguidade, enquanto outros sugeriram que a escultura nunca foi concluída.

O mistério tem provocado muita especulação e debate entre estudiosos e historiadores de arte. Alguns sugeriram que a Vênus de Milo pode ter segurado uma maçã, um escudo, uma lança, um arco, um espelho, ou mesmo uma flor em suas mãos. No entanto, não há evidências que sustentem qualquer uma destas teorias.

Uma das teorias mais populares até pouco tempo atrás é que a Vênus de Milo estava segurando uma maçã. Esta teoria se baseia no fato de se acreditar que a escultura é uma representação da deusa do amor e da beleza. Uma maçã é um símbolo comum de amor e beleza, e alguns acreditam que este é o objeto que a Vênus de Milo uma vez segurou em suas mãos.

Examinando a Postura da Vênus de Milo

Outra maneira de examinar o mistério dos braços perdidos da Vênus de Milo é olhar para a pose da escultura. A Vênus de Milo está de pé com a cabeça ligeiramente inclinada para o lado e seu peso deslocado para uma perna. Esta é uma pose comum na antiga escultura grega, e é muitas vezes vista como um símbolo de transição.

Alguns estudiosos acreditam que a pose da Vênus de Milo pode ser uma indicação do que ela um dia teve em suas mãos. Entretanto, devido à falta de provas, esta teoria permanece especulativa.

O drapejamento da Vênus de Milo é outra área de interesse ao examinar o mistério das armas desaparecidas. A escultura é drapeada em uma bela e fluida peça de vestuário que envolve seu corpo. Acredita-se que esta vestimenta tenha sido acrescentada à escultura após sua descoberta.

O que ela segurava antes de perder seus braços?

As características físicas da Vênus de Milo também são um fator importante no exame do mistério das partes desaparecidas. A escultura tem aproximadamente 2 metros de altura e é feita de mármore.

Uma professora do Occidental College, nos Estados Unidos, chamada Elizabeth Wayland Barber diz que Vênus poderia estar segurando fios e o motivo seria bem plausível, já que na Grécia Antiga a fiação estava associada à fertilidade e ao sexo, e essa descrição definitivamente se encaixaria com a deusa.

Como um dos braços está erguido e o outro está mais para a frente de seu corpo, ela poderia facilmente estar segurando uma roca, que é uma ferramenta para segurar fibras que ainda não foram fiadas.

Como esses objetos foram perdidos, muitos acreditam que essa roca poderia ter sido criada a partir de materiais perecíveis ou até mesmo de metais preciosos e acabou se perdendo do restante da estátua.

O que fazem os cambistas?

Nos últimos anos a quantidade de denúncias feitas por pessoas que estavam em filas para comprar ingressos para algum show e viram que alguns grupos tinham preferência na hora da compra aumentou significativamente.

As reclamações feitas eram contra cambistas, pessoas que compram ingressos e revendem da forma que bem desejarem. Mas é claro que não são apenas eles que lucram com a venda informal dos ingressos.

Os próprios cambistas dizem que existem acordos até com a Polícia Civil para que a venda seja feita sem maiores problemas e eles sequer precisam passar pelo trabalho de ficar na fila, apenas chegam no local e vão direto para o guichê, onde os próprios funcionários do local vendem os ingressos.

Mas quando esse tipo de revenda começou e qual é a origem desse nome?

Origem dos cambistas

Durante o século XI o comércio na Europa começou a se desenvolver e por isso as feiras medievais foram criadas. Elas reuniam mercadores de diversos países.

Elas aconteciam apenas uma ou duas vezes por ano, durante cerca de quinze dias, outras iam até dois meses de duração.

Foi nessa época que a moeda passou a ser a forma mais utilizada de pagamento e como os vendedores vinham de diversos países, as moedas eram diferentes umas das outras e foi aí que os cambistas surgiram.

Hoje em dia o nome cambista é utilizado para casas de câmbio de moeda, mas também para aquelas pessoas que compram algo e revendem, principalmente ingressos de jogos e show.

Não se sabe ao certo quando as pessoas começaram a comprar ingressos e revender, mas o que era algo pequeno e feito totalmente escondido, hoje é um plano elaborado com a ajuda de muitas pessoas.

Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, cambismo é o nome dado ao crime cometido pelos cambistas.

Show do Coldplay

Em 2022 o show da banda Coldplay foi muito tumultuada, já que alguns esquemas de cambista foram descobertos, mas infelizmente até hoje nada foi feito.

Em entrevista, um cambista disse que existe um acordo feito diretamente com a bilheteria do Memorial da América Latina, em São Paulo. Ou seja, o superfaturamento dos ingressos é algo comum e de conhecimento geral dentro da própria empresa que os vende.

A empresa responsável por esta venda seria a Eventim e além da bilheteria, o site de vendas também deu problema.

Um dos maiores problemas talvez tenha sido os bots de compra, já que eles possuem a capacidade de comprar em uma questão de segundos, sendo muito mais eficiente do que as pessoas e deixando os fãs sem uma oportunidade real, já que os cambistas é quem estão utilizando esse meio de compra.

Show do RBD

No começo do ano o grupo mexicano RBD realizou a venda de seus ingressos para shows em São Paulo e no Rio de Janeiro pela empresa Eventim e diversas pessoas afirmaram que foram coagidas a não ficarem na fila da bilheteria e alguns até foram ameaçados de morte.

Outras fontes dizem que os cambistas conseguiram até 40 ingressos, sendo que é permitido apenas 2 ingressos por CPF.

Segundo as pessoas que estavam na fila virtual da venda de ingressos feita pela Eventim, também aconteceram problemas na plataforma na hora da compra.

A venda seria feita às 10h, mas os ingressos já estavam esgotados às 10h01. A empresa disponibilizou ingressos aos poucos, deixando fãs desesperados, já que para conseguir comprar, você precisaria ficar atualizando a página de venda o dia inteiro, esperando que liberassem mais ingressos.

Revender ingresso é crime?

Muitas pessoas conseguem ingressos para jogo de futebol e show, por exemplo, mas quando chega na data do evento não conseguem ir e vender para alguém que possa ir não é crime.

Porém, o que mais acontece são pessoas passando na frente em filas, comprando uma quantidade maior do que a regra da empresa libera por CPF, revendendo por um valor muito maior do que o que realmente vale e até ameaçando pessoas.

Segundo a Lei 10.671/2003 do Estatuto do Torcedor, o cambismo no mundo do futebol é crime e a pena é a reclusão de 2 a 4 anos e o pagamento de uma multa.

Já quando o assunto é show e espetáculos, o art. 2º, IX da Lei de Economia Popular diz que revender ingressos com valores mais altos que o taxado na bilheteria é um crime contra a economia popular (Lei 1.521/51), que também é conhecido como esquema de pirâmide.

Fora isso, não há nada na lei que incrimine as pessoas que compram ingressos e revendem ele. Desde que seja o valor que foi cobrado pela empresa, não há crime.

Expedição Jari: a Amazônia nazista

Uma cidade chamada Laranjal do Jari, a mais de 200 km de Macapá chama a atenção de turistas que buscam por cachoeiras e por curiosos da história, já que uma cruz nazista de madeira de três metros de altura ainda está lá.

A estrutura contém a seguinte frase escrita em alemão:

“Joseph Greiner morreu aqui, de febre, em 2 de janeiro de 1936 a serviço da pesquisa alemã”

Essa pesquisa na verdade era a Expedição Jari, que ocorreu quando um grupo de alemães desembarcou em terras brasileiras em 1935, com um projeto para colonizar a Amazônia.

O alemão Joseph Greiner e outros integrantes nazistas ficaram pelo menos dois anos na região para estudar e levar informações para a Alemanha, como sobre a fauna, flora e dados da cultura indígena da região, mas ao longo do tempo o grupo desenvolveu algumas doenças, como febre amarela, malária e difteria, fazendo com que o projeto não fosse bem sucedido.

Mas as informações foram entregues, com dados, fotos e vídeos, o que poderia facilitar a comunicação entre os dois povos no futuro.

Quem foi Joseph Greiner?

Joseph Greiner foi um escritor austríaco que publicou duas memórias sobre quando conheceu Adolf Hitler, mas aos 15 anos foi morar no Rio de Janeiro e aceitou fazer parte da Expedição Jari na década de 1930, morrendo poucos anos depois.

No livro Rätsel der Urwaldhölle, de Otto Schulz-Kampfhenkel, diz que o engenheiro Gerhard Krause encontrou Joseph morto e imediatamente esculpiu a cruz que conhecemos hoje em dia.

O plano alemão

O verdadeiro objetivo só foi descoberto após o chamado Projeto Guiana, onde o plano era uma tomada militar na Guiana Francesa, e até então a Expedição teria como objetivo estudar a natureza e os animais brasileiros, segundo o Instituto de Biologia Kaiser Wilhelm e também a imprensa alemã, já que na manchete de outubro de 1935 o jornal Westfäliche Landeszeitung escreveu que “Pela primeira vez a suástica será vista sobre a foz do Amazonas”.

Nessa época Joseph Greiner já morava no Brasil, mas o grupo de Otto Schulz-Kampfhenkel, promovido a SS Untersturmführer (patente paramilitar), estava desembarcando no país.

Com ele, vieram Gerd Kahle, Gerhard Krause e um grupo de 16 pessoas.

Mesmo depois de tantas pesquisas e coleta de dados, até hoje não se sabe o verdadeiro motivo pelo qual os nazistas estavam aqui, mas os historiadores afirmam que poderia ser um plano parecido com o do Projeto Guiana.

O fim da Expedição Jari

O fim do financiamento do governo nazista veio em 1937, mas cerca de 1.200 itens foram levados, entre eles alguns itens que os povos indígenas Aparaí, Wayana e Oayana fabricaram e ossadas de animais.

Mais de 1500 itens foram registrados no livro de Schulz-Kampfhenkel, 2700 metros de película de filme e 2500 fotografias foram levadas para o Museu de Etnologia de Berlim.

As ossadas de animais como macaco, onça-pintada, cutia, preguiça e queixada foram levados para o Museu de História Natural de Berlim.

Mesmo com tanta pesquisa, Schulz nunca descobriu nada novo, ficando esquecido na história.

A Rússia através de monumentos

A Rússia é um país repleto de cultura, repleto de contos trágicos e curiosos, como é o caso da lenda do Gato de Kazan.

Conhecido por serem ótimos caçadores de ratos, em 1745 a imperatriz russa Isabel I decidiu encomendar 300 gatos para proteger seus aposentos. Mas segundo a lenda russa, até hoje existe uma linhagem desses felinos vivendo no Museu Hermitage de São Petersburgo.

É por esse motivo que até hoje existe uma estátua de gato em Kazan, na Rússia.

Existem algumas outras estátuas bem interessantes que estão localizadas na Rússia, como o cachorro na cidade de Toliatti. Ele era um pastor alemão chamado Kostia, mas ele e seus donos morreram em um acidente de carro em 1995, onde apenas Kostia sobreviveu, e o cachorro ficou no local do acidente esperando que seus humanos voltassem até 2002, quando ele morreu de causas naturais. Uma história bem parecida com o filme Hachiko (Sempre ao Seu Lado).

E se você nunca foi para a Rússia, a estátua de “Aqui começa a Rússia” pode te ajudar a achar o local. Ela simboliza não apenas a Rússia como um todo, mas ao mostrar a mãe ursa com seu filhote, a estátua também mostra a importância do urso pardo de Kamchatka.

Mas falando em importância, a vira-lata Laika, conhecida por ser o primeiro animal a orbitar a Terra a bordo da nave espacial Sputnik 2, também foi reconhecida por seu grande papel na cidade de Moscou, se transformando em estátua, perto do centro de pesquisa militar.

Os gatos da Rússia

É possível perceber que os gatos são muito amados por toda a Rússia, já que diversas figuras estão espalhadas pelo país, como é o caso de Ielissei, um vigilante que está em um pedestal até hoje por ter sido tão essencial no passado.

Durante o cerco a Leningrado, em 1943, quatro carruagens com gatos foram enviadas para São Petersburgo para eliminar todos os roedores, já que eles eram um grande problema na época. Para homenagear esses felinos valentes, Ielissei foi construído.

Outro caso curioso foi quando as autoridades de Murmansk foi pega de surpresa ao ouvir o caso do gato Semion, já que ele viajou cerca de 2.000 km para conseguir reencontrar sua família em 1987, quando seus donos acabaram perdendo o felino.

Já a a Ilha Kanonerski, em São Petersburgo antigamente era chamada de Kissaisaari, um nome finlandês, que significa Ilha do Gato. Para lembrarem para sempre desse nome, esculpiram uma pedra em formato de gato e hoje ela é uma atração local.

A literatura também interferiu nesse aspecto, como aconteceu com o poeta Aleksandr Púchkin. Em Oremburgo foi feita uma escultura do gato sábio do escritor no poema Ruslan e Ludmila.

Mesmo parecendo que gatos são especiais no país, também é de conhecimento geral que os camundongos são importantes para a história da Rússia e do mundo, já que sem eles os laboratórios estariam com um grande problema. É por isso que logo na frente do Instituto de Citologia e Genética é possível encontrar um monumento que relembra o sacrifício de todos os camundongos do mundo que contribuem para o desenvolvimento da ciência e do conhecimento.

A origem do Champagne

O Champagne é uma bebida que ficou popular por ser sinônimo de momentos especiais. Afinal, quem não lembra da bebida nos últimos momentos do ano, para comemorar o ano que está chegando?

Até o momento da abertura da garrafa é festivo, além de não saber onde a rolha vai parar, você ainda pode tentar um truque para encher todas as taças empilhadas de uma vez só. Mas qual é a sua verdadeira história?

Foi apenas com os avanços da ciência e os trabalhos de fermentação de Louis Pasteur que essa efervescência na bebida foi possível, antes disso ela era um tipo de vinho comum.

Ou seja, entre os séculos XVI e XVII, essa bebida era bem diferente do que conhecemos hoje, nem espumante ela era. A verdade é que um monge beneditino chamado Dom Pérignon que ficou conhecido como o inventor do champagne.

Quando estava peregrinando pela Abadia de Saint Hillaire, acabou descobrindo o método de vinificação dos vinhos efervescentes daquela época e ao voltar para casa, criou sua própria bebida.

O monge tinha uma espécie de adega na Abadia de Hautvillers, que ficava na cidade de Épernay, na França.

Foi ele quem percebeu que os vinhos fermentavam novamente depois que estivessem engarrafados e os tipos de lacres utilizados na época não eram bons o suficiente para a bebida, fazendo com que em muitos casos ela simplesmente explodisse por causa do gás carbônico.

Por isso ele decidiu utilizar garrafas mais fortes e resolver o problema da explosão prendendo a rolha com arame.

A marca Dom Pérignon

Hoje em dia a famosa marca Dom Pérignon é sinônimo de luxo, mas foi muito excluída quando foi criada.

Ela pertencia à Maison Mercierce, mas foi utilizada como dote em 1927 quando uma mulher de sobrenome Mercier se casou com um homem da família Chandon.

Foi só em 1935 quando o jornalista inglês Laurence Venn sugeriu a Moët & Chandon, um produtor do vinho, para criar um produto de alta qualidade com a empresa que já tinham.

A distribuidora Simon & Brothers entregou para toda a aristocracia inglesa da época com uma safra de 1921 e todos instantaneamente amaram.

O que era pra ser apenas uma sugestão, virou um grande negócio e perdura até os dias de hoje.

O que é assemblage?

O assemblage nada mais é do que a mistura de dois ou mais tipos de vinhos e foi o monge quem teve a ideia de fazer isso, traduzindo a experiência como “bebendo estrelas”.

Foi então que a bebida começou a ter diversas técnicas, até as que conhecemos hoje em dia, como o Champenoise e o Charmat.

Criação do nome Champagne

O nome da bebida que conhecemos hoje por Champagne precisa seguir uma rigorosa regulamentação, criada em 1941 pelo Comitê Interprofissional do Vinho de Champagne (CIVC). Ela serve para certificar a qualidade dos produtos.

Sua origem foi na França, e seu nome veio da região onde o espumante foi criado.

Inclusive, atualmente esse nome define uma área geográfica específica em que o vinho deve ser cultivado e fabricado, caso a produção seja feita fora dessa área, o produto será chamado por outro nome.

O primeiro Champagne

A história diz que a primeira taça de champagne servida por através de Maison Ruinart, em 1729.

Emily in Paris: Champère Champagne

Na série, a casa de champagne de Camille chamada Épernay Champagne faz uma publicidade de uma versão “ruim de champagne” para que fosse usado como spray, e não para beber.

Muitos amantes da bebida podem ter ficado chateados com o que a série passou, mas na vida real é possível fazer uma comparação com a marca GH Mumm.

Mesmo não tendo gosto ruim, ela era praticamente a marca oficial para pilotos vitoriosos da Fórmula 1.

O primeiro a fazer isso, em 1966, foi Jo Siffert. Uma garrafa da bebida explodiu na hora de abrir, por acidente depois de ter vencido a corrida das 24 Horas de Le Mans.

No ano seguinte o piloto Dan Gurney imitou o acontecido, iniciando uma tradição

A doença que quase acabou com uma dinastia

A Hemofilia é uma doença genético-hereditária onde a coagulação do sangue é problemática, podendo matar uma pessoa com apenas um machucado comum do dia a dia.

E esse foi o caso do filho mais velho da Rainha Victória da Inglaterra, que morreu dez dias antes de seu aniversário de 31 anos.

Leopoldo era Duque de Albany mas descobriu que era portador do gene do cromossoma X quando ainda era pequeno, aos 3 anos de idade, e foi então que toda a família real entrou em pânico.

Outras três filhas da rainha também tinham a doença (Vicky, Alice e Beatriz), mas foi descoberto apenas quando eram mais velhas, já que a Hemofilia é mais comum em homens e não se manifesta muito quando uma mulher o tem, mas por não saberem que eram doentes, quando casaram com outros príncipes europeus, acabaram disseminando ainda mais a doença pelo continente, já que ela é transmissível.

Na época o conhecimento sobre esse assunto era muito pouco, mas supôs-se que o gene teria vindo do lado da rainha Victória, o que se confirmou um tempo depois, já que a doença ocorria frequentemente quando os pais possuem filhos quando são velhos, que foi o caso do Duque de Kent e Strathearn, Eduardo, o pai da rainha Victória.

O caso estava ficando cada vez mais fatal e a familia real inglesa estava com medo de perder sua dinastia como um todo, já que todos poderiam ter a doença, fazendo com que a morte ficasse ainda mais possível, já que na época a morte ainda era bem mais comum que hoje em dia.

A Hemofilia era uma ameaça à vida naquela época, já que durante o século 19 a mortalidade ainda era alta, principalmente em crianças. Ela faz com que qualquer doença fique ainda pior, já que o sangue não é bem coagulado.

Como o Duque de Albany morreu?

Quando descobriu que tinha a doença, Leopoldo foi muito bem cuidado para evitar a morte, mas em 1861 contraiu sarampo e quase morreu, diziam que foi um milagre sua melhora.

Mas em 1884 esse milagre não ocorreria novamente, ele tinha machucado o joelho duas vezes seguidas, e na segunda vez acabou tendo uma hemorragia e morreu em menos de 24 horas.

Em uma pessoa sem Hemofilia, isso apenas seria um incômodo e em alguns dias já estaria andando novamente, mas para o Duque de Albany, esse foi o fim.

Casas reais com Hemofilia

Infelizmente essa doença acabou se espalhando, através da família real inglesa, para outras dinastias através das irmãs do Duque.

Vicky se casou com um membro da casa Hohenzollern do Império Alemão e Alice foi para a casa de Hesse-Darmstadt.

Alguns anos depois, surgiu mais casos dentro da dinastia de Bourbon da Espanha e também na casa Romanov da Rússia, pois as netas da Rainha Victória se casaram.

Esses casamentos foram de Alice de Hesse e Reno com o Czar Nicolau II e Vitória Eugénia de Battenberg com Alfonso XIII da Espanha.