O que é o Livro dos Mortos?

No Antigo Egito era comum encontrar diversos rolos de papiro com feitiços, fórmulas mágicas, orações e muitos outros temas específicos da cultura daquele povo.

Hoje em dia é possível entender um pouco das crenças egípcias por conta deste livro. Por exemplo, o povo daquela época acreditava que algumas orações podiam ajudar a guiar os mortos em sua jornada para o outro mundo, e alguns feitiços até mesmo poderiam ajudá-los a enfrentar os grandes desafios que eram necessários enfrentar durante essa jornada.

Este livro pode ter um nome chamativo, mas ele apenas descreve o que os egípcios acreditavam que acontecia com a alma humana após a morte, contando possivelmente todas as provas que devem ser superadas para que a alma chegue no juízo final para que finalmente encontre sua paz.

O que é o Livro dos Mortos?

O Livro dos Mortos é uma espécie de “manual para a vida após a morte” que traz centenas de mantras, hinos e orações. Sua função era ajudar os mortos em sua jornada para encontrar a imortalidade, um dos maiores objetivos dos egípcios. O manuscrito também descreve a paisagem do submundo, alertando os mortos sobre perigos como crocodilos, cobras e vários demônios, e fala do julgamento dos deuses, que decidirão se concederão a vida eterna com base na vida humana. suas ações. Na Terra.

Um dos exemplos mais fascinantes do Livro dos Mortos está na coleção do Museu Nacional Holandês de Antiguidades. É um texto de 3.000 anos escrito em um papiro de 17 metros de comprimento. O artefato foi encontrado em Luxor, no túmulo de um antigo mercador egípcio chamado Qenna, que pode ter vivido no início do reinado de Ramsés I.

Este livro descreve o que acontece com a alma após a morte. Ele contém todas as provas que devem ser superadas antes de chegar à câmara onde ocorrerá o julgamento final, de onde se medem os corações das pessoas. Nesse sentido, alguns egiptólogos acreditam que o conteúdo do livro contém a chave para a vida após a morte.

História do Livro dos Mortos

O Livro dos Mortos tem um nome bem chamativo, mas na realidade, ele foi uma espécie de manual da vida após a morte para os egípcios, trazia centenas de feitiços, hinos, orações, descreviam algumas paisagens do submundo, alertavam o morto sobre perigos específicos (como crocodilos, serpentes e diversos demônios).

Além disso, ele também tinha a função de auxiliar o falecido na jornada da vida após a morte. um dos maiores objetivos dos egípcios e também falava sobre o julgamento dos deuses, já que a vida eterna daquele indivíduo seria julgada por eles, de acordo com suas ações na Terra.

Onde encontrar o Livro dos Mortos?

Para encontrar o Livro dos Mortos, você pode visitar o Museu Nacional de Antiguidades da Holanda.

A edição desse museu tem mais de 3 mil anos e é feito em papiro de 17 metros de comprimento. O artefato foi encontrado na cidade do sul do Egito, Luxor, na tumba de um antigo comerciante chamado Qenna (ele possivelmente viveu no início do reinado de Ramsés I).

Outro exemplar desse livro está no Museu Britânico, já que o Museu conta com uma múmia com 3000 anos de idade, e seu caixão tem alguns textos e imagens do Livro dos Mortos.

De onde veio o Livro dos Mortos?

A história do Livro dos Mortos conta que ele surgiu a partir do culto do deus Osíris (deus dos mortos), por volta do século XXI a.C.

Desse modo, a figura do deus agrário e sua representação acerca dos ciclos de vida inspirou os seguidores a buscar a imortalidade através de seu culto.

Acredita-se que os conceitos que originaram o Livro dos Mortos vieram das inscrições e pinturas em tumbas que foram encontradas por escavadores e são datadas da Terceira Dinastia (2670 – 2613 a.C).

Os exemplares mais antigos datam entre 2686 e 2181 a.C. e a maioria eram escritos em rolos de papiro, mas podiam aparecer também na superfície de alguns sarcófagos e em estátuas alojadas na tumba.

Embora não houvesse um único Livro dos Mortos, alguns feitiços eram bem populares e frequentemente utilizados na hora de preparar o papiro para o finado.

A antiga rainha egípcia Nefertiti

Nefertiti foi uma rainha egípcia da 18ª dinastia, famosa por ter sido responsável por substituir o politeísmo pelo culto a um deus único, o Rei Sol Aton e ser a esposa do faraó Amenhotep IV.

Uma das grandes personalidades do mundo com certeza é a antiga rainha egípcia Nefertiti, mesmo que pouco se saiba sobre ela.

Quem foi Nefertiti?

Seu nome ficou famoso quando um busto foi encontrado durante escavações arqueológicas na cidade de Amarna, no Egito, em 1912.

E como os anos no Egito Antigo era contados de forma diferente do que usamos hoje em dia, Nefertiti desapareceu dos registros de forma muito misteriosa, já que não se sabe nenhuma data específica sobre seu nascimento e até mesmo sobre sua morte.

Seu nome significa “a mais bela chegou”, levando muitos pesquisadores a pensar que Nefertiti pode ter ascendência estrangeira, e alguns autores acreditam que ela era uma princesa de um império que existia na atual região de Tadukhipa, da Turquia oriental, filha do rei Tuselata, mas as origens da família de Nefertiti não são claras.

Sabe-se que durante o reinado de Amenhotep III, cerca de trezentas mulheres de Mitanni chegaram ao Egito para integrar o harém do rei como um gesto de amizade para com o Egito por parte do império; Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, ela adotou o nome do Egito e os costumes daquele país.

No início do reinado do faraó Amenhotep IV , com cerca de 15 anos, o rei se casou com Nefertiti, sendo rainha em um dos períodos mais ricos do Egito Antigo Médio, de 1353 aC a 1336 aC (17 anos no total).

O casal teve seis filhas: Meritaton, Meketaton, Anjesenpaaten, Neferneferuaten-Tasherit, Neferneferure e Setepenre.

Uma curiosidade sobre o nome da família é que eles geralmente terminam com “Aton”, uma homenagem ao Deus Aton.

Porque Nefertiti foi importante?

As origens da família da rainha Nefertiti são pouco claras e alguns investigadores considerarem que Nefertiti teria origem estrangeira e acabou sendo identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Reino de Mitani (um império antigo da região oriental da Turquia.

Ela foi a rainha da dinastia de faraós durante o Antigo Egito, sendo chamada de deusa viva. Além de ser esposa do faraó Amenhotep IV (Aquenáton), durante o século XIV a.C, ele promoveu a si mesmo e claro, sua própria esposa à posição de deuses vivos.

Monolatria ou Monoteísmo?

Para a rainha egípcia, uma divindade não tão popular era muito importante para a mitologia egípcia, um deus criador chamado Aton, conhecido como “fonte de luz, vida e calor, criador de tudo e todos”, uma personificação do deus Rá.

Ela tentou levar um só Deus como divindade principal no panteão do Antigo Egito e com isso, alguns pesquisadores acreditam que Nefertiti e seu marido foram responsáveis por criar o monoteísmo, ou seja, a primeira religião que acredita em um único Deus.

Já outros acadêmicos pensam que o que realmente aconteceu foi um Monolatria, onde se acredita na existência de diversas divindades, mas apenas uma deveria ter destaque.

O motivo do casal acreditar nessa divindade específica não é conhecido, mas a especulação é de que eles queriam diminuir a influência que o clero Tebano tinha naquela época, já que eles se envolviam diretamente nas decisões dos faraós.

Período de Amarna

O Período de Amarna é conhecido por ser uma era da história egípcia que aconteceu durante segunda metade da dinastia de Nefertiti.

Isso aconteceu porque a residência real do faraó foi transferida para um lugar chamado Aquetaton, conhecido atualmente como Vila de Amarna e foi nesse tempo também que ocorreu a mudança da capital de Tebas para onde a residência real ficaria.

A cidade de Aquetaton não existia antes disso, já que foi totalmente planejada pelo casal real

O que aconteceu com a rainha Nefertiti?

Uma hipótese é que devido à idade de Nefertiti, ela teria continuado sua influência no início do reinado de Tutancâmon. Assim, a morte de Nefertiti coincidiu com o retorno ao culto do deus Amon no 3º ano de seu atual reinado. Mas isso é totalmente especulativo.

Por causa de sua popularidade, alguns historiadores apoiam a afirmação de que Nefertiti foi alvo de assassinato por alguns sacerdotes que defendiam o politeísmo. Ainda outros especialistas acreditam que ela acumulou mais poder ao se tornar co-regente de Akhenaton. Este último argumento é avançado graças à imagem na pedra, em que a Rainha aparece a golpear o inimigo com uma maça, remetendo à ideia de força.

A mitologia egípcia

Durante a Antiguidade o povo egípcio era politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Todos possuíam características humanas, ou até poderes de transformação e os cultos geralmente aconteciam em templos dedicados a eles. Como a ciência não era muito avançada, para as pessoas estes deuses explicavam fenômenos que ainda não tinham explicações, como a origem do mundo.

Esta civilização com certeza é uma das mais intrigantes da história, já que até os dias de hoje não foi possível descobrir completamente seus hábitos.

A mitologia egípcia
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Embalsamamento 

Os egípcios acreditavam na vida após a morte, por este motivo, quando uma pessoa morria, seu corpo era preparado para a transição. Para isso, era utilizado algumas técnicas como o embalsamamento, para a conservação do cadáver. Mas este tratamento especial variava de acordo com a posição socioeconômica das pessoas. A técnica realizada na elite consistia na retirada do encéfalo através das narinas, depois os órgãos da cavidade torácica (menos o coração) através de um corte na virilha. Depois o corpo era lavado com algumas substâncias balsâmicas e então revestido de sal, para que a água do cadáver fosse extraída. Um mês depois, o corpo era limpo e todo o corpo era enfaixado. Neste ritual deveria ser lido o Livro dos Mortos, como uma espécie de guia espiritual.

Havia um deus relacionado ao embalsamamento, seu nome era Anúbis e ele embalsamou o próprio pai, Osíris. 

Neterus

No Egito Antigo a mitologia teve um papel muito importante no desenvolvimento da cultura egípcia, mas não podemos dizer que era uma religião como  sistema teológico unificado, mas a fé egípcia era baseada em uma série de mitos, no culto da natureza e adoração de diversos deuses.

Todos os deuses se relacionavam de uma maneira ou de outra, mas eles eram divididos entre os grupos: primordiais, geradores, primeira e segunda geração. Esta divisão era chamada de Neterus.

Neterus Primordiais:

São os deuses mais importantes os quais estão associados com a origem do universo:

  • Nun: simbolizava a água
  • Atum: era a transformação de Nun, ele deu origem a explosão do Universo
  • Amon: o rei dos deuses.
  • Aton: relacionado ao sol
  • : deus da criação e um dos principais deuses do Egito
  • Ka: representava a alma dos homens e deuses
  • Ptah: deus criador e protetor da cidade de Mênfis e deus dos artesãos e arquitetos
Neterus Geradores:
  • Shu: deus do ar
  • Tefnut: deusa da umidade
  • Geb: deus da terra
  • Nut: deusa dos céus
Neterus da Primeira Geração:
  • Osíris: primeiro faraó do Egito. Se transformou no juiz dos mortos
  • Ísis: deusa do amor, magia, fertilidade e maternidade. Além de ser a grande protetora da natureza
  • Seth: deus da tempestade, do caos e da violência
Neterus da Segunda Geração:
  • Hórus: deus do céu
  • Hator: guardiã das mulheres, deusa das festas, do vinho e alegria
  • Tot: deus da sabedoria
  • Maat: deusa da justiça, da verdade e da ordem
  • Anúbis: deus dos mortos e do submundo

Além desses, existem muitos outros deuses egípcios importantes.

A mitologia egípcia
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O Julgamento Final

Na mitologia egípcia, quando uma pessoa morria, o deus Anúbis a recepcionava e pesava seu coração em uma balança, avaliando como ela tinha se comportado enquanto estava na Terra.

Se o coração fosse mais pesado do que a pluma da deusa Maat, era considerado impuro. 

Depois desta avaliação, a pessoa deveria seguir ao julgamento final, realizado pelo deus Osíris.

Os que fossem aprovados, viveriam em um paraíso (Aaru) junto com os deuses. E os que fossem reprovados teriam seus corações devorados por Ammit e viveriam no submundo (Duat). 

A história da Grande Biblioteca de Alexandria

Quando Ptolomeu I Sóter se tornou faraó do Egito, seu desejo era promover a cultura helenística e tornar Alexandria uma capital de grandes conhecimentos. Essa vontade inspirou a criação da Grande Biblioteca de Alexandria, que é conhecida como uma das maiores e mais influentes bibliotecas do mundo antigo.

A história da Grande Biblioteca de Alexandria
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Estima-se que aproximadamente 400 mil pergaminhos gregos e egípcios eram abrigados na biblioteca. Com o tempo, a reputação da biblioteca se espalhava por todo o Mediterrâneo e ela acabou ficando tão importante que foi preciso construir um segundo templo, chamado de Serapeum para que fosse possível abrigar todas as coleções e documentos da época.

Como não era afiliada a nenhuma escola filosófica, havia liberdade acadêmica, o que chamava a atenção de inúmeras pessoas. Muitas personalidades históricas estudavam e trabalhavam ali, como Arquimedes, Euclides e Hiparco.

Anos mais tarde, quando Ptolomeu VIII chegou ao poder, muitos estrangeiros foram expulsos de Alexandria, forçando os acadêmicos a encontrar novos locais para suas pesquisas e com isso a influência não apenas da biblioteca como também de Alexandria, começaram a diminuir.

O fim da biblioteca foi quando o líder militar Júlio César decidiu entrar em uma guerra entre entre Ptolomeu XIV e Cleópatra VII, criando uma Guerra Civil Alexandrina. Em cenário de batalha, um incêndio começou a se espalhar pela cidade e destruiu grande parte da biblioteca.

Mesmo que não tenha sido totalmente destruída pelo incêndio, perdeu grande parte de sua coleção, o que a tornava ainda menos atrativa.

Depois que o Egito se tornou parte do Império Romano, diversas bibliotecas foram construídas por todo o território e a maior parte da coleção de Alexandria foi dividida entre as novas instituições.

A história da Grande Biblioteca de Alexandria

Embora sua destruição exata seja incerta, alguns historiadores acreditam que o que restou da biblioteca foi provavelmente destruído em 272 CE, após tantos séculos entre guerras.

Mesmo assim, ainda restam alguns vestígios do Serapeum e a tradição de instituições acadêmicas continuou por todo o mundo mesmo após o fim da Grande Biblioteca de Alexandria.

Bibliotheca Alexandrina

Em 2002 foi inaugurada a nova Biblioteca, inspirada na antiga. O objetivo era que a atual pudesse refletir o esplendor da antiga.

Além do salão principal, você encontra salas especializadas, laboratórios, planetário, museu de ciências e caligrafia e também uma sala de congresso e exposições.

Mais informações aqui.

8 curiosidades sobre Cleópatra

Cleópatra VII morreu há mais de 2 mil anos, mas até hoje continua sendo uma das mulheres mais intrigantes da história. Conhecida por sua beleza e seus relacionamentos com Júlio César e Marco Antônio, a rainha egípcia teve uma vida escandalosa e que inspirou muitas obras.

#1 VERSÃO HOLLYWOOD

Todos nós conhecemos Cleópatra como uma mulher deslumbrante pois os filmes hollywoodianos nos fizeram pensar que ela usava isso como uma arma política, mas o que realmente a fez uma mulher poderosa, foi seu intelecto.

A moeda egípcia antiga com o rosto da rainha gravado a mostra com um nariz avantajado e queixo largo. Alguns dizem que isso foi feito para parecer com uma imagem mais masculina. Tudo isso nos mostra como ela foi esperta, pois controlava a maneira como seu povo a enxergava. Ser uma mulher no comando naquela época não era nada fácil.

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#2 CASOU COM SEUS DOIS IRMÃOS

Para preservar a pureza de sua linhagem, a dinastia ptolomaica costumava realizar casamentos dentro da própria família. Acredita-se que os próprios pais de Cleópatra eram irmãos.

Com este exemplo de sua família, ela casou-se com seus dois irmãos. Em momentos diferentes, é claro.

#3 ENVOLVIMENTO NO ASSASSINATO DOS IRMÃOS

Desde seu primeiro dia no trono, a rainha deixou claro que seu irmão, Ptolomeu XIII, não compartilharia de seu poder. Mas Ptolomeu não deixou isso barato e os dois entraram em uma guerra civil.

Para vencer a guerra, Cleópatra foi atrás da ajuda de Júlio César para unir forças contra o irmão, que morreu afogado no rio Nilo durante uma batalha naval.

Depois de 4 anos de casamento com seu segundo irmão, Ptolomeu XIV, ele se tornou ambicioso e queria poder absoluto. Mais uma vez Julio Cesar chega para o resgate e vence Ptolomeu em uma batalha mortífera.

#4 FILHO COM JÚLIO CÉSAR

Sendo amantes por dois anos, Cleópatra deu à luz seu filho Ptolomeu César. Mas o menino viveu apenas 16 anos pois após a morte de sua mãe, ele foi capturado e executado por Otaviano, o fundador do Império Romano.

#5 ENTRADA TRIUNFAL

Como acreditava ser uma deusa viva, sempre chegava nos lugares fazendo uma grande encenação para conquistar seus súditos e possíveis aliados.

Um dos casos mais famosos é a fantasia de Afrodite e seus servos, de cupidos, tudo isso para impressionar Júlio César.

#6 CLUBE DE BEBIDA

O casamento com Marco Antônio gerou mais do que aliança política e 3 filhos, pois juntos eles criaram o clube Fígados Inimitáveis, onde aconteciam festas noturnas com jogos e bebida.

#7 PRODUÇÃO EXAGERADA

O filme Cleópatra, de 1963, interpretado por Elizabeth Taylor, é um dos filmes mais caros da história.

Repleto de problemas com elenco, diretor e roteiro, o orçamento de 4 milhões acabou se tornando 44 milhões e levantou grande repercussão na época pois quase levou a 20th Century Fox à falência.

#8 SUA MORTE

Cleópatra tirou a própria vida após perder a batalha naval em Ácio, para Otaviano. Porém, nunca foi realmente explicado como isso aconteceu, alguns acreditam que ela tenha sido picada por uma cobra e outros que ela mantinha consigo um veneno mortal e o usou para se matar.