A origem do Champagne

O Champagne é uma bebida que ficou popular por ser sinônimo de momentos especiais. Afinal, quem não lembra da bebida nos últimos momentos do ano, para comemorar o ano que está chegando?

Até o momento da abertura da garrafa é festivo, além de não saber onde a rolha vai parar, você ainda pode tentar um truque para encher todas as taças empilhadas de uma vez só. Mas qual é a sua verdadeira história?

Foi apenas com os avanços da ciência e os trabalhos de fermentação de Louis Pasteur que essa efervescência na bebida foi possível, antes disso ela era um tipo de vinho comum.

Ou seja, entre os séculos XVI e XVII, essa bebida era bem diferente do que conhecemos hoje, nem espumante ela era. A verdade é que um monge beneditino chamado Dom Pérignon que ficou conhecido como o inventor do champagne.

Quando estava peregrinando pela Abadia de Saint Hillaire, acabou descobrindo o método de vinificação dos vinhos efervescentes daquela época e ao voltar para casa, criou sua própria bebida.

O monge tinha uma espécie de adega na Abadia de Hautvillers, que ficava na cidade de Épernay, na França.

Foi ele quem percebeu que os vinhos fermentavam novamente depois que estivessem engarrafados e os tipos de lacres utilizados na época não eram bons o suficiente para a bebida, fazendo com que em muitos casos ela simplesmente explodisse por causa do gás carbônico.

Por isso ele decidiu utilizar garrafas mais fortes e resolver o problema da explosão prendendo a rolha com arame.

A marca Dom Pérignon

Hoje em dia a famosa marca Dom Pérignon é sinônimo de luxo, mas foi muito excluída quando foi criada.

Ela pertencia à Maison Mercierce, mas foi utilizada como dote em 1927 quando uma mulher de sobrenome Mercier se casou com um homem da família Chandon.

Foi só em 1935 quando o jornalista inglês Laurence Venn sugeriu a Moët & Chandon, um produtor do vinho, para criar um produto de alta qualidade com a empresa que já tinham.

A distribuidora Simon & Brothers entregou para toda a aristocracia inglesa da época com uma safra de 1921 e todos instantaneamente amaram.

O que era pra ser apenas uma sugestão, virou um grande negócio e perdura até os dias de hoje.

O que é assemblage?

O assemblage nada mais é do que a mistura de dois ou mais tipos de vinhos e foi o monge quem teve a ideia de fazer isso, traduzindo a experiência como “bebendo estrelas”.

Foi então que a bebida começou a ter diversas técnicas, até as que conhecemos hoje em dia, como o Champenoise e o Charmat.

Criação do nome Champagne

O nome da bebida que conhecemos hoje por Champagne precisa seguir uma rigorosa regulamentação, criada em 1941 pelo Comitê Interprofissional do Vinho de Champagne (CIVC). Ela serve para certificar a qualidade dos produtos.

Sua origem foi na França, e seu nome veio da região onde o espumante foi criado.

Inclusive, atualmente esse nome define uma área geográfica específica em que o vinho deve ser cultivado e fabricado, caso a produção seja feita fora dessa área, o produto será chamado por outro nome.

O primeiro Champagne

A história diz que a primeira taça de champagne servida por através de Maison Ruinart, em 1729.

Emily in Paris: Champère Champagne

Na série, a casa de champagne de Camille chamada Épernay Champagne faz uma publicidade de uma versão “ruim de champagne” para que fosse usado como spray, e não para beber.

Muitos amantes da bebida podem ter ficado chateados com o que a série passou, mas na vida real é possível fazer uma comparação com a marca GH Mumm.

Mesmo não tendo gosto ruim, ela era praticamente a marca oficial para pilotos vitoriosos da Fórmula 1.

O primeiro a fazer isso, em 1966, foi Jo Siffert. Uma garrafa da bebida explodiu na hora de abrir, por acidente depois de ter vencido a corrida das 24 Horas de Le Mans.

No ano seguinte o piloto Dan Gurney imitou o acontecido, iniciando uma tradição

A maior cidade medieval da Europa

No sul da França existe uma cidade localizada no alto de uma colina. Ela se chama Carcassonne e até hoje é conhecida como a maior cidade medieval da Europa.

Com mais de 2.600 anos, esta cidadela fortificada com diversos e longos muros é Patrimônio Mundial da Humanidade desde 1997, mas foi anexada pelo Reino da França no ano de 1247.

Antigamente ela fazia parte do Reino de Aragão, já que fica perto da fronteira entre a França e a Espanha.

A origem do nome desse lugar de conto de fadas é um mistério, algumas pessoas contam que foi inspirado na lenda da Dame Carcas, uma princesa da cidade na época de Carlos Magno.

A história da princesa começa quando o local estava em batalha contra o próprio Magno, já que ele deixou Carcassonne em cerco por aproximadamente 6 anos.

A ideia da princesa para ganhar essa guerra foi de engordar um porco com trigo e fazer ele andar na direção das tropas que faziam o cerco. Quando eles viram o tamanho do animal, logo imaginaram que a cidade estava com muita comida ainda, mesmo depois de ficar 6 anos presos sem contato com nenhuma cidade das redondezas.

Depois disso, eles desistiram do cerco e decidiram deixar a cidade em paz. Logo os sinos da catedral foram tocados e um grito falando “Carcas sonne” foi escutado vindo da igreja. Esse era o som da vitória da nova Carcassonne.

Além de toda a construção medieval, ela também é conhecida por ser a terra do Cassoulet, uma especialidade gastronômica francesa muito tradicional. Aqui no Brasil esse prato também é conhecido como feijoada francesa.

Ela teve origem na Guerra dos Cem Anos e até hoje é saboreada no inverno sendo acompanhada por vinho.

Chegando em Carcassonne, localizada à 90 km de Toulouse, é possível visualizar a Basílica de Saint Nazaire com seu estilo gótico e o Château Comtal, com Château Comtal com suas 52 torres e 3 km de muralhas.

Mesmo sendo pequena, consegue cerca de 2 milhões de turistas todos os anos.

Destinos aterrorizantes: Catacumbas de Paris

Conhecer a França pode ser interessante, mas existem alguns lugares alternativos que você pode aproveitar, principalmente durante o Halloween.

Visitar um local aterrorizante em Paris pode não ser a ideia principal dos turistas, mas talvez valha a pena conhecer. As Catacumbas de Paris são um marco histórico para o país.

As catacumbas da França

Durante o século XVIII, os cemitérios de Paris eram uma parte importante das igrejas, mas naquela época era comum que muitas pessoas morressem por conta de pragas e as mais diversas doenças e por isso a superlotação era inevitável. Com isso, muitos restos mortais ficavam expostos ao ar livre, fazendo com que o cheiro da decomposição, a propagação de doenças e a contaminação da água se tornasse um problema cada vez maior.

Como naquela região haviam alguns túneis desativados, decidiram colocar os restos mortais de milhares de pessoas ali, evitando que elas ficassem largadas por aí. Os primeiros corpos levados saíram diretamente do cemitério Saint-Nicolas-des-Champs, em 1785, sem qualquer organização, foi só no ano seguinte que começaram a realmente organizar o lugar, oficializando as Catacumbas.

Durante a Revolução Francesa alguns corpos foram colocados especialmente ali, como uma espécie de memória. Desde 1788 até 1792 as pessoas mortas em combate foram sendo colocadas ali.

Ponto turístico alternativo de Paris

Foi só em 1810 que as paredes começaram a ser formadas, tornando o lugar um pouco mais visitável, permitindo até mesmo as primeiras visitas públicas, mas apenas com datas especiais e com poucas pessoas.

Com o passar dos anos, as visitas foram aumentando e até 1972 elas eram feitas à luz de velas, a eletricidade chegou em 1983 e a reputação do lugar começou a crescer, ficando conhecido ao redor do mundo.

As instabilidades dos túneis acontecem até os dias de hoje e por isso as Catacumbas de Paris são fechadas e uma revitalização é feita, garantindo uma maior segurança.

Com seus 20 metros de profundidade, hoje é possível conhecer até 1,7 km de túneis. O início é feito na antiga mina. Na Galeria dos Ossos você pode até encontrar algumas celebridades históricas da França, como o médico e arquiteto Claude Perrault e o advogado Camille Desmoulins.

Hoje em dia o local está cada vez mais turístico, existem até mesmo algumas frases motivacionais ao longo do percurso para você refletir sobre a fragilidade da vida.

Origem da margarina: o concurso de Napoleão

Durante boa parte do século 19, a França passou por momentos difíceis, seja na área financeira ou de alimentos. Como a população urbana diminuía rapidamente, a comida ficava cada vez mais difícil de chegar na boca da população urbana.

Um dos alimentos mais urgentes era a manteiga, e por isso Napoleão III desafiou que os cientistas encontrassem uma maneira de substituí-lo. A ideia era que ela fosse facilmente conservada e também tivesse um preço mais acessível, já que a manteiga era cara e as pessoas estavam cada vez mais pobres devido à crise econômica.

Pensando nisso, em 1869 o Hippolyte Mège-Mouriès, um químico francês, criou o margaron que era a gordura de aparência perolada do produto que hoje conhecemos por margarina.

Ao longo dos anos a margarina passou por diversos processos e transformações, mas foi com a desoberta de Mège-Mouriès que ela foi descoberta.

Em 1871 a margarina mais parecida com o que conhecemos hoje apareceu na Holanda, e desde então foi mundialmente popularizada.