A doença que quase acabou com uma dinastia

A Hemofilia é uma doença genético-hereditária onde a coagulação do sangue é problemática, podendo matar uma pessoa com apenas um machucado comum do dia a dia.

E esse foi o caso do filho mais velho da Rainha Victória da Inglaterra, que morreu dez dias antes de seu aniversário de 31 anos.

Leopoldo era Duque de Albany mas descobriu que era portador do gene do cromossoma X quando ainda era pequeno, aos 3 anos de idade, e foi então que toda a família real entrou em pânico.

Outras três filhas da rainha também tinham a doença (Vicky, Alice e Beatriz), mas foi descoberto apenas quando eram mais velhas, já que a Hemofilia é mais comum em homens e não se manifesta muito quando uma mulher o tem, mas por não saberem que eram doentes, quando casaram com outros príncipes europeus, acabaram disseminando ainda mais a doença pelo continente, já que ela é transmissível.

Na época o conhecimento sobre esse assunto era muito pouco, mas supôs-se que o gene teria vindo do lado da rainha Victória, o que se confirmou um tempo depois, já que a doença ocorria frequentemente quando os pais possuem filhos quando são velhos, que foi o caso do Duque de Kent e Strathearn, Eduardo, o pai da rainha Victória.

O caso estava ficando cada vez mais fatal e a familia real inglesa estava com medo de perder sua dinastia como um todo, já que todos poderiam ter a doença, fazendo com que a morte ficasse ainda mais possível, já que na época a morte ainda era bem mais comum que hoje em dia.

A Hemofilia era uma ameaça à vida naquela época, já que durante o século 19 a mortalidade ainda era alta, principalmente em crianças. Ela faz com que qualquer doença fique ainda pior, já que o sangue não é bem coagulado.

Como o Duque de Albany morreu?

Quando descobriu que tinha a doença, Leopoldo foi muito bem cuidado para evitar a morte, mas em 1861 contraiu sarampo e quase morreu, diziam que foi um milagre sua melhora.

Mas em 1884 esse milagre não ocorreria novamente, ele tinha machucado o joelho duas vezes seguidas, e na segunda vez acabou tendo uma hemorragia e morreu em menos de 24 horas.

Em uma pessoa sem Hemofilia, isso apenas seria um incômodo e em alguns dias já estaria andando novamente, mas para o Duque de Albany, esse foi o fim.

Casas reais com Hemofilia

Infelizmente essa doença acabou se espalhando, através da família real inglesa, para outras dinastias através das irmãs do Duque.

Vicky se casou com um membro da casa Hohenzollern do Império Alemão e Alice foi para a casa de Hesse-Darmstadt.

Alguns anos depois, surgiu mais casos dentro da dinastia de Bourbon da Espanha e também na casa Romanov da Rússia, pois as netas da Rainha Victória se casaram.

Esses casamentos foram de Alice de Hesse e Reno com o Czar Nicolau II e Vitória Eugénia de Battenberg com Alfonso XIII da Espanha.

A rixa no futebol além do campo

Em muitos países o futebol é um esporte muito celebrado ao longo dos anos, e no futebol do Reino Unido isso não seria diferente, o problema é que a competição vai para além do estádio.

Toda a briga que existe entre um lado e outro da população desse lugar pode ser vista dentro e fora de campo. Essa história teve inicio basicamente quando a religião começou a separar as pessoas, entre católicos e protestantes.

A própria Inglaterra tem seus clássicos, chamado Big Six (que inclui Manchester City, Manchester United, Liverpool, Arsenal, Tottenham e Chelsea).

Já na Escócia, quem fica com esse título é o Celtic Football Club contra Rangers Football Club. Duelando a mais de um século para descobrir quem deve ficar com o comando de Glasgow.

Infelizmente essas equipes foram criados com base em uma rivalidade que já existia nos países, sendo o principal deles a religião.

Por exemplo, o Celtic foi fundado durante um encontro da igreja St. Mary, em Glasgow, e sua torcida irlandesa-escocesa até hoje possui uma ideologia em relação ao Reino Unido.

O time Rangers foi fundado em 1872 e até hoje seus pensamentos são contrários ao time verde. Eles são protestantes e mais conservadores que o Celtic e isso é visto não apenas quando o apito é tocado, já que quando os 90 minutos de jogo acabam, a rivalidade continua.

Desastre de Ibrox

Em 2 de janeiro de 1971 um estádio foi campo de tragédia que acabou resultando em 66 mortes e mais de 200 feridos.

Como o Celtic estava vencendo por 1 a 0 neste dia, alguns torcedores do Rangers começaram a ir embora do Estádio Ibrox, mas foi nesse momento que o jogador Colin Stein marcou o gol de empate e todos que estavam indo embora começaram a voltar para comemorar.

Foi então que as barreiras da escada se romperam pelo alto número de pessoas se movimentando apenas para uma direção, e isso acabou esmagando todos que estavam comemorando.

Esse gol é conhecido até hoje como o mito da meta de Stein.

Em 2020 completou 49 anos do desastre e muitas pessoas que estavam presentes no dia foram prestar homenagens aos ex-jogadores e torcedores que morreram naquele dia.

Infelizmente aquele episódio não foi o único que aconteceu, já que em 1909 ficou marcado por atos de violência de enfrentamento das torcidas escocesas, conhecido como Old Firm.

Mudança de hábito

Em 1989 o Rangers decidiu que não iria continuar a contratar apenas pessoas de certa religião e por isso o jogador Maurice Thomas Johnson, um católico, foi contratado para quebrar uma tradição de séculos que não era tão saudável.

Essa política de recusar católicos foi criada após a Primeira Guerra Mundial e começou a afetar até mesmo quem era casado com algum católico, mesmo que o próprio jogador não fosse, como foi o caso do atleta Alex Ferguson.

O atacante foi questionado por estar em um relacionamento com uma mulher católica e o time quis ter certeza de que eles não se casariam.

Essa história foi explicada recentemente, em um documentário chamado Sir Alex Ferguson: Never Give In.

Com o passar dos anos essa rivalidade acabou diminuindo a as pessoas ficando mais tolerantes umas com as outras, mas é visível que ela ainda continua existindo.

O que é o Old Firm?

O Old Firm é o nome utilizado para falar sobre o maior clássico do futebol escocês, as duas equipes de Glasgow se chamam Celtic Football Club e Rangers Football Club.

A história dos dois times existe desde 1888 e até hoje é um dos clássicos de futebol mais antigos e com a maior rivalidade que existe.

Sua divergência cultural e religiosa faz com que até pessoas que não gostam de futebol ou moram fora da Escócia se envolvam.

Peaky Blinders: uma história real

No dia 10 de junho saiu a sexta temporada de Peaky Blinders, uma série de ficção histórica que traz ao conhecimento público a história de uma gangue inglesa.

Mesmo que alguns pontos sejam fictícios, a série foi baseada em fatos reais, como o nome por exemplo, o nome. A gangue realmente se chamava Peaky Blinders.

Peaky é uma referência para as boinas com aba que todos os integrantes usavam, já a parte do Blinders é um pouco mais vaidoso, já que essa gíria de Birmingham era para designar uma aparência elegante e essa elegância toda era uma marca especial da gangue, já que era incomum que membros de qualquer outra gangue se vestissem tão bem naquela época. Seus ternos sob medida realmente deram o que falar porque dessa forma toda a população de Small Heath, a polícia e as gangues rivais conseguiam os distinguir de cara.

E esse nome combinava não apenas com a aparência deles mas como o modo de agir do grupo, já que abordavam as pessoas por trás e cobriam o rosto delas usando a famosa boina, assim não saberiam quem havia roubado elas.

A família Shelby da vida real nunca existiu, já que a gangue era formada apenas por amigos mas alguns membros foram inspirados por pessoas reais. Thomas Shelby era na verdade Thomas Gilbert, responsável por realizar grilagem de terras. Já Billy Kimber, ao contrário do que mostra na série, era um membro Peaky também, mas decidiu sair e criar sua própria gangue, a chamada Brummagen Boys.

Em 1890 a área de Small Heath, em Birmingham, era a mais pobre e perigosa de toda a Inglaterra e foi exatamente nela que surgiram os Peaky Blinders. Nesse mesmo ano um homem com o crânio quebrado apareceu e ficou conhecido como o primeiro assassinato do grupo.

Mesmo com toda a agressividade, roubos, apostas ilegais, invasão à domicílio e porte ilegal de arma, os membros ficavam no máximo um mês presos por causa de seus esquemas de proteção através de corrupção policial e suborno. Assim como na série, eles de fato controlavam toda Birmingham.

Sim, o grupo tinha realmente fazia apostas de cavalos e futebol, mas naquela época qualquer pessoa podia apostar ou ser um bookmaker. O que eles faziam de diferente e ilegal era a extorsão, já que ficavam com até 50% da renda das casas de apostas da região. Os só saíram do poder na década de 1930, quando o líder de uma gangue italiana chamado Charles Darby Sabini tomou conta.

Outro fato que foi levemente modificado foi o corte de cabelo da série, mesmo que os Blinders tivessem esse corte, eles usavam apenas uma mecha de cabelo para fora da boina e isso era uma marca registrada dos Peaky Blinders.

Talvez o personagem que mais chame a atenção hoje em dia seja o político inglês Oswald Mosley, amigo de Mussolini e Hitler. Além de possuir o título hereditário de 6º Baronete, também fez parte da cavalaria e da Royal Flying Corps durante a Primeira Guerra Mundial, só parou quando sofreu um acidente e seu tornozelo quebrou, ficando inválido para participar da luta.

Pouco tempo depois, em 1918, já era muito popular na Câmara dos Comuns e participava de partidos políticos como o Partido Independente e o Partido do Trabalhador. Quando casou com Lady Cynthia Curzon, a festa de casamento contou com presenças ilustres como a do rei George V e da rainha Mary de Teck.

Após sua primeira esposa morrer, Mosley casou-se novamente, dessa vez com uma de suas amantes (Diana Guinness) e em 1936 a lista de convidados do novo casamento contava com o próprio Adolf Hitler.

Achando que estava popular o suficiente, criou seu próprio partido chamado New Party (depois mudou para União Britânica de Fascistas), que contou com a proteção da gangue Biff Boys. Após conhecer as táticas de Hitler e Mussolini, decidiu ir para o lado fascista e a usar a mesma simbologia que os extremistas, chegando a criar seu próprio uniforme, aquela roupa toda preta que foi mencionada da série.

Na série da Netflix e da BBC, Thomas Shelby menciona várias vezes que jornais como Daily Mail e Daily Mirror eram ruins, isso se dá por causa da afiliação dos donos destes jornais (na vida real) ao partido de Oswald Mosley.

Como havia participado da Primeira Guerra Mundial, um de seus objetivos era evitar a Segunda Guerra Mundial ao se aliar com Hitler, mas nunca conseguiu ganhar força, mesmo ganhando um assento dentro do Parlamento Britânico, nunca conseguiu ser bem sucedido na política.

Ao contrário do que se diz na série, o grupo Peaky Blinders foi criado antes da Primeira Guerra, mas realmente participaram da batalha e muitos voltaram com transtorno de estresse pós-traumático, o que fez com que o grupo ficasse mais fragilizado e com o tempo, acabou perdendo importância.

Mesmo que a série não seja completamente baseada em fatos reais, vale a pena assistir.

A idade média e o medo de zumbis

Hoje em dia é possível encontrar muitas pessoas com medo de zumbis, mesmo que nunca tenhamos visto um. Mas na idade média esse medo era mais comum do que você imagina.

O vilarejo da Inglaterra chamado Wharram Percy se mantinha através da criação de ovelhas porém, durante a Peste Negra o local entrou em colapso e foi abandonado por completo. Mas em 2017 a Historic England e a Universidade de Southampton pensaram que poderia ter algum material interessante para ser descoberto naquela cidade medieval, bastava apenas fazer a escavação correta.

Durante esta escavação, foram encontrados 10 cadáveres que foram enterrados durante o século X de uma forma muito curiosa. Por exemplo, antes de serem enterrado esses corpos foram queimados, desmembrados e decapitados. Como os ossos foram quebrados ou até cortados por uma espécie de faca depois do falecimento dessa pessoa, tudo aponta para a hipótese de que os aldeões não praticavam canibalismo e sim o medo de que o morto se transformasse em zumbi.

Este seria o primeiro estudo que gerou uma boa evidência arqueológica para provar esta prática de antigamente.

Segundo um estudo realizado pelo Journal of Archaeological Science prevenir o famigerado apocalipse zumbi através de rituais e mutilação era comum em diversas vilas, cidades e até países ao longo dos séculos.

É claro que o conceito de zumbi poderia ser diferente do que temos atualmente, mas a ideia de um morto-vivo sair de seu túmulo e espalhar doenças ou até mesmo machucar um cidadão vivo, continua a mesma.

Através de um exame nos dentes dos esqueletos, foi descoberto que as pessoas eram enterradas ao redor de suas casas, então eles não seriam completos estranhos caso voltassem à vida.

Atualmente a vila de Wharram Percy é um ótimo lugar para se visitar, já que contém cerca de 3.000 aldeias medievais, além de fica próximo de Yorkshire Wolds e Kirkham Priory, ótimos locais para conhecer a história e a beleza natural da Inglaterra.

Judy, a cachorra prisioneira

A Segunda Guerra Mundial foi um momento de muitas histórias curiosas mas o da Judy, a cachorra prisioneira talvez seja o mais curioso e fofo ao mesmo tempo.

Quem mostrou a história para o mundo foi o escritor Otavio Cohen, no livro História Bizarra da Segunda Guerra Mundial.

Judy, a cachorra prisioneira

Lá em 1942 o navio britânico HMS Grasshopper passava por Xangai e sua tripulação encontrou Judy na rua e a adotaram. Mas quando saíram de lá, rumo a Cingapura o Exército Japonês resolveu atacar o navio e os sobreviventes foram levados para um campo na prisioneiros em um campo na Indonésia, onde viraram prisioneiros, incluindo Judy.

Agora a queridinha da Marinha Real Britânica se tornou o xodó dos prisioneiros, mas um especial, o aviador Frank Williams, estava muito preocupado com ela. Para evitar que ela fosse morta, esperou um oficial japonês ficar bêbado e sugeriu um plano para proteger a cadelinha, colocá-la dentro da cela com os outros presos, assim ela teria uma maior proteção.

O plano deu certo e Judy se tornou uma prisioneira de guerra, seu número era POW 81A.

Algum tempo depois, eles precisaram ser transferidos para outro campo mas o navio foi atacado e em um ato de proteção para evitar uma bala perdida, a jogaram no mar.

Contra todas as probabilidades, depois de algum tempo Judy conseguiu se reencontrar com Frank Williams e após o final da Guerra, em 1945, os dois foram liberados de suas prisões.

Porém, o navio com destino a Inglaterra não permitia animais a bordo. Para não abandonar sua melhor amiga, Frank pediu ajuda para outros ex prisioneiros e conseguiu colocá-la no navio.

Chegando na Inglaterra, Judy foi condecorada e os dois ficaram unidos até o fim.

3 casos aterrorizantes do Reino Unido

Existem muitas histórias de terror espalhadas ao redor do mundo, mas hoje vamos falar um pouco sobre alguns casos famosos que aconteceram no Reino Unido.

Foto por Karolina Grabowska em Pexels.com
Poltergeist

Começando com um dos casos mais famosos de Hollywood, o Poltergeist. A família Hodgson morava em Londres e as quatro crianças da casa começaram a reclamar de ouvir sons estranhos nos móveis e paredes, objetos voando e reportaram que ocorreu até caso de levitação enquanto as pessoas dormiam.

A família decidiu ligar para a polícia e investigadores para saber o que estava acontecendo, e o caso foi ficando cada vez mais famoso dentro da sociedade local, em 1977. Com isso, alguns investigadores de fenômenos paranormais foram para a casa para descobrir a causa daqueles incidentes, foi então que o famoso casal norte-americano Ed e Lorraine Warren ouviram a história e visitaram a casa de Enfield. O caso virou história para o filme de terror Invocação do Mal 2.

O policial canibal

Uma mulher chamada Kathleen Mangan-Valle começou a suspeitar que seu marido passava muito tempo na internet e decidiu instalar um software espião no computador da casa.

Pensou que encontraria provas de que seu marido estava tendo um caso, mas acabou encontrando algo muito mais assustador.

Relatou que encontrou alguns fetiches sexuais perturbadores de seu marido. Pesquisas como escravidão branca, tutorial de como sequestrar uma mulher, receitas culinárias com carne humana e um site em específico era muito visitado, o chamado “caçador de carne de menina”, onde eram contados casos de agressão sexual e canibalismo.

Ao olhar o chat online de seu marido, também encontrou conversas com amigos onde explicava como e onde pretendia sequestrar e matar alguns de seus amigos e a própria esposa, Kathleen.

O nome deste homem era Gilberto Valle, com seus 28 anos, era formado em psicologia, conseguiu ser policial em Nova York (Estados Unidos) e ainda era pai de um recém-nascido.

Como as provas que Kathleen e alguns investigadores conseguiram, não havia como negar. E ele nunca o fez. Porém, falou que nunca cometeu nenhum crime pois eram apenas pesquisas e conversas, a liberdade de falar e pensar o que bem entendermos não é um crime.

Até hoje esse caso é estudado nas faculdades de Direito (principalmente nos Estados Unidos).

O poço de pragas

A Inglaterra foi atingida por uma doença altamente contagiosa em 1665 e milhares de pessoas morreram.

Como o país estava passando por um surto, algumas pessoas não conseguiram ser enterradas propriamente, e eram criadas as valas comuns, o que hoje se conhece como poço das pragas de Londres. A doença chamada de peste bubônica matou cerca de 20% da população de lá.

Com o passar dos anos, muitos acreditavam que os trilhos do metrô da cidade foram construídos em cima desses poços e por esse motivo as linhas eram tortas, ou seja, nenhuma seguia uma linha reta.

No final do século 19, boatos de que o governo encontrou milhares de ossos enterrados e espalhados durante a construção do metrô começaram a crescer cada dia mais.

Muitas pessoas começaram a dizer que era possível ouvir almas pedindo socorro e até mesmo assombrando algumas estações (como a Piccadilly) do metrô de Londres.

Por esse motivo, algumas pessoas deixam de usar as estações em dias específicos como o Dia das Bruxas ou em horários não movimentados.

Porém o Governo da Inglaterra nega todos os boatos e diz que todas as valas comuns criadas na época da epidemia são de conhecimento público. E o motivo para que as estações serpenteiem dessa forma é para que as construções não passem por terrenos onde casas são construídas, e passem apenas por terrenos do governo para gerar menos desapropriação.

A história de amor da Rainha Elizabeth II

Durante vários séculos, praticamente todos as monarquias mantinham relações diplomáticas pelos casamentos. O matrimônio da princesa Elizabeth com o príncipe Phillip, em 1947, foi um dos últimos já que os dois são parentes da Rainha Victoria.

A história de amor da Rainha Elizabeth II

Philip era membro da família real grega e também da dinamarquesa. Quando o casal se conheceu, Elizabeth tinha apenas 13 anos e Philip, 18.

O primeiro encontro entre os dois aconteceu durante uma visita oficial do rei George VI e sua família pela Britannia Royal Naval College, na Inglaterra. Um dos cadetes da escola havia ficado responsável por entreter as princesas enquanto alguns assuntos reais eram resolvidos. Este cadete era Philip.

Desde então, os dois começaram a trocar cartas e se aproximarem.

Inicialmente o relacionamento não era bem visto, já que Philip tinha títulos reais em outros países. Porém, quando resolveram se casar, ele abandonou todos seus títulos, se converteu ao anglicanismo e também se naturalizou cidadão britânico para que assim, a união fosse aceita.

Os dois se casaram em 1947, em Westminster. Ficaram juntos por 73 anos, sendo o casamento mais longo da história da família real britânica.

Poucos anos após a união do casal, em 1952 , o pai de Elizabeth morreu inesperadamente, fazendo com que a então princesa, se tornasse a Rainha Elizabeth I, com apenas 25 anos e Philip tornou-se príncipe consorte. Por conta dos fatos ocorridos, o príncipe consorte precisaria abandonar sua carreira no Exército.

A história de amor da Rainha Elizabeth II

Ao longo dos anos, a imprensa noticiou diversas crises e polêmicas envolvendo o casal real, como infidelidade, problemas dentro da família, envolvimento no acidente que causou a morte de Lady Diana e racismo.

Mesmo com uma história de amor polêmica, os dois sempre mantiveram as aparências e também diziam se amar muito. A rainha costuma dizer que seu marido era um grande suporte e uma pessoa em quem podia confiar.

A inspiração do Rei Arthur

Apesar de ter ficado famoso por ser uma figura que praticamente fundou a Inglaterra, ele nunca lutou pelo país. Sua origem é no País de Gales, uma região que ao contrário da Inglaterra, dominada por anglo-saxões, essa era dominada por celtas.

Na batalha de Monte Badon, Arthur é conhecido por ter matado quase mil saxões, o que atrasa a fundação da Inglaterra em muitos anos.

Imagem do Google

Em 1138 , Geoffrey Monmouth escreveu as crônicas “História dos Reis da Bretanha” e foi então que o Rei Arthur começou a ficar famoso.

Mesmo que não seja um conto com fatos históricos, alguns elementos encontrados na lenda são bem parecidos com ao que realmente acontecia na vida real.

Excalibur

Antigamente os celtas faziam algumas das melhores espadas da Europa, sendo inclusive copiadas pelos romanos. Como elas eram sagradas, era comum que acontecesse uma espécie de velório em um lago quando seu dono morria, assim como na lenda com Excalibur.

Santo Graal

Mesmo que a cultura tenha se espalhado, sendo conhecido até os dias de hoje, na lenda o Graal também foi colocado na história de forma interessante, já que contém o mesmo formato e poderes curativos da mitologia celta relacionadas à deusa da inspiração. A própria irmã de Arthur é derivada da deusa celta Modron.

Camelot

Especialistas dizem que existia um forte romano chamado Camulodunum, que ficava localizado em West Yorkshire, no Reino Unido e este poderia ser o local inspirado pela lenda.

Finais

O final de cada conto varia bastante, já que em alguns Arthur morre por graves ferimentos de batalha e em outros, morre muitos anos depois por causas naturais e esperava ser reencarnado como rei da Inglaterra para defender o país de uma grande crise e trazer uma nova era de ouro.

História Tudor: Torre de Londres III

Esta é a terceira e última parte sobre a Torre de Londres, na Inglaterra.

Aproveite para ler a primeira e segunda parte desta matéria.

  • Elizabeth I e a armada espanhola

Este retrato, que por sinal ocupa uma parede inteira, de Elizabeth I foi feito em homenagem a uma guerra vencida com muito orgulho contra os espanhóis. Ele ilustra o momento em que a rainha estava em Tilbury com suas tropas para resistir à invasão da Espanha.

  • Elizabeth I e sua cabeça

Muito se vem estudando e questionando sobre como os monarcas realmente se pareciam, além dos quadros e pinturas encontrados. Pensando nisso, alguns especialistas fizeram uma cabeça em 4D de como a rainha Elizabeth provavelmente parecia e a colocou em exposição no museu dentro da Torre.

Imagem por Paula Santinati
  • Prisioneiros da torre

Olhando para as paredes de uma das torres, onde antigamente era uma prisão entre os anos de 1100 até 1952, podemos perceber que algumas palavras foram esculpidas nela, feitas por prisioneiros.

Podemos dizer que este é o palco de execuções de pessoas da realeza mais famoso mesmo que não fosse sua função principal.

Muitas histórias em relação à prisão são contadas até hoje, muitos dizem que é um lugar assombrado pelas almas de pessoas mortas no local. O mais icônico é o do rei Henry VI, muitos dizem que encontram com ele na capela, rezando.

Imagem por Paula Santinati
Imagem por Paula Santinati

As inscrições abaixo foram esculpidas por seguidores de Thomas Wyatt, que levantou uma rebelião contra Mary I em 1554. Seus nomes eram Robert Rudston e Thomas Culpepper.

História Tudor: Torre de Londres I

Muito melhor que fazer uma viagem, é conhecer e entender o local para onde estamos indo.

Além de filmes e livros, também é possível fazer uma viagem para Londres e conhecer um dos palcos mais importantes para a história do país, a Torre de Londres.

Separei esta publicação em três partes para mostrar um pouquinho de como é o lugar, sem que você tenha que sair de casa.

Uma torre com quase mil anos de história e curiosidades para você descobrir. Com certeza é um ótimo passeio para quem está pensando em conhecer Londres e a história da Inglaterra. É um local tão importante que foi declarado patrimônio mundial pela UNESCO.

Ao contrário do que o nome diz, não é apenas uma simples torre e sim um complexo medieval.

E bota complexo nisso! A construção durou muitos anos. Tudo começou em 1070 por Guilherme, o Conquistador. A ideia era construir uma fortaleza para proteger o reino, mas só ficou pronta em meados de 1100. Mesmo tantos anos depois, até hoje a parte construída por Guilherme é a que mais se destaca hoje em dia, sendo a maior torre do complexo. Todas as outras construções foram construídas ao longo do tempo, até o final do século XVI.

Com o passar dos anos, ela foi sendo utilizada para várias coisas, como palácio, prisão e até zoológico. Isso mesmo, podemos dizer que os visitantes mais inusitados e especiais eram os animais.

Imagem por Paula Santinati

Antigamente era comum os monarcas ganharem mimos diferenciados, e os animais eram visto como um presente especial. Por isso, eles eram colocados em exposição na entrada da Torre, onde serviam de entretenimento

O maior problema é que não adequavam o habitat do animal e os coitados obviamente morriam muito cedo pois um pinguim, por exemplo, não conseguiria sobreviver em um ambiente de 30 graus.

O nome do zoológico era Royal Beats e foi fechado em 1832.

Para demonstrar o cenário daquela época, atualmente podemos encontrar alguns animais falsos espalhados pela Torre.

Imagem por Paula Santinati

Cultura dos corvos

No século XVI, o rei Charles ll decretou que o local deveria ter 6 corvos pois, segunda sua superstição, se os corvos deixarem a Torre, o Reino cairá. Curiosamente, essa tradição é seguida até hoje.

Continua