William Shakespeare e o contexto literário

Para entendermos a literatura e o teatro atual, temos que voltar para a Era Elisabetana quando um dos maiores poetas e dramaturgos surgiu. Hoje em dia podemos encontrar apenas algumas obras de William Shakespeare, mas todas ainda são disputadas e foram traduzidas para quase todas as línguas. 

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Conhecida como “a época de ouro”, o reinado de Elizabeth I foi repleto de variadas manifestações artísticas, sendo a maior parte delas o teatro. As peças daquela época tinha cunho religioso ou político, e Shakespeare se viu inspirado em reis da dinastia Tudor para realizar suas obras mais famosas da época, como Henry V e Richard III. Hoje aprendemos sobre suas obras na escola, mas pouco se fala sobre o cenário em que aconteceram. 

As peças antigamente eram feitas apenas com atores do sexo masculino e apresentadas no meio das ruas, passando aos poucos para lugares fixos como tabernas, e assim começaram a surgir os grupos teatrais que conhecemos hoje. 

O primeiro teatro a ser construído foi em 1576, mas o “The Globe”, conhecido como o teatro de Shakespeare, foi feito alguns anos tempo depois, em 1599. 

Nas peças de William, ele tentava humanizar os reis, como pessoas que têm necessidades e preocupações como qualquer outra, mas também consegue usar da sátira para mostrar quando eram tiranos e excêntricos. 

Para entender melhor sobre esse assunto, a historiadora formada pela PUC, Thays Macedo, explica:

“No século XVI a Inglaterra se configura como uma das maiores potencias mundiais, o ápice da renascença inglesa, que expandia suas navegações ao redor do mundo e a literatura e a poesia ganharem espaço. Em tempos de mudanças, em meio a reforma protestante e o humanismo, o teatro já havia ganhado muita força, se tornando extremamente popular, mas foi com Shakespeare a arte da dramaturgia se solidifica.  “

“Ainda jovem, ele se torna ator e diretor do teatro “The Globe”. A partir dai, se dedica a escrever suas peças e as apresenta ao publico, juntando o conjunto de teatro mais renomado de Londres. ” continua Thays. “Suas peças revolucionaram o cenário teatral que ainda seguia as influencias gregas de como fazer dramas trágicos. O teatro grego se caracterizava  por serem dramas com personagens heroicos, deuses, seres mitológicos ou nobres, sempre com finais tensos e infelizes. A comedia ainda era um gênero separado das granes dramaturgias, sendo representadas por pessoas comuns, muitas vezes escolhidas da plateia. Já as tramas shakespearianas davam espaço para historias com recorte temporais maiores que um dia, mudando cenários, colocando esses personagens secundários em mais evidencia, incluindo trechos cômicos, românticos e ate filosóficos, tudo dentro de uma única peça. Seus personagens imprimem a humanidade, peças como Hamlet, Otelo, Macbet, a tragédia do personagem deixa de ser superficial e o personagem é construído em tons de cinza, com defeitos, qualidades, loucura, maldade, egoísmo e romantismo.  “

“A importância de Shakespeare na literatura atual é tão incontestável, que suas obras foram inseridas fora do contexto literário e teatral. Frases como “Ser ou não ser, eis a questão” dita em Hamlet, “Isso parece grego para mim” dita em Júlio Cesar, “Nem tudo que reluz é ouro” dita em O mercador de Veneza, são exemplos de sua obra jamais será esquecida, se tornando até ditados populares, que muitos não sabem que vieram de Willian Shakespeare” finaliza Macedo.

A verdadeira história do Conde Drácula

Vlad III Dracul, conde de Valáquia, uma província da Romênia, foi a verdadeira inspiração para o famoso personagem fictício Conde Drácula.

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Vlad conquistou uma fama de extrema violência e crueldade, criando assim mitos e superstições de terror que foram se espalhando cada vez mais. Um dos relatos mais famosos foi de um banquete onde todos os convidados eram pedintes, doentes ou idosos e no final do dia, o conde teria trancado todos eles em uma sala e ateado fogo, dizendo que essas pessoas estavam finalmente livres dos sofrimentos deste mundo.

Estas histórias ficaram tão famosas que foi a base de inspiração para vários contos de terror e de vampiros bebedores de sangue.

SEU NOME

Seu sobrenome era Dracuela, que vem do latim e significa “filho de dragão”. Ganhou este sobrenome pois seu pai participava de uma seita religiosa cujo símbolo era um dragão.

Por este motivo, ficou conhecido como Vlad Dracul, ou simplesmente Drácula.

SUA INFÂNCIA

Em 1431, nascia o pequeno Vlad III, na Transilvânia. Alguns anos depois se mudara para Târgoviste, capital de Valáquia, onde seu pai assumiria o trono da província.

Foi então que sua vida começou a mudar pois em 1442, Vlad e seu irmão mais novo foram entregues como reféns ao sultão otomano Murad II, como uma garantia de que seu pai iria obedecê-lo .

Vlad, O Empalador

No século XV, a violência reinava sem qualquer controle. Diversas punições, como a mutilação, era comum naquela época.

Mas Vlad era diferente, preferia empalar seus inimigos. Há rumores de empalamentos coletivos de 20 mil homens. Daí surgiu o seu famoso apelido.

Claro que isso não pode ser considerado tão anormal se levarmos em conta outros líderes e reis que se faziam serem respeitados ou temidos por bem ou por mal.

A VINGANÇA

Em 1447, o pai de Vlad foi assassinado por nobres valáquios. Tendo a vingança em mente, Drácula uniu um exército para matar quem estava por trás da morte de seu pai e para conseguir manter o seu trono na Valáquia.

Quando encontrou os nobres, os convidou para uma festa de Páscoa. Os mais velhos e doentes foram rapidamente empalhados, já o restante, foram levados para uma fortaleza em ruínas e obrigados a construírem um novo castelo. Ao final da construção, todos foram empalados.

O rei Matias I, da Hungria, ficou tão horrorizado com as notícias que condenou Vlad à prisão domiciliar durante 12 anos. Mas nem isso o deteve pois cadáveres de animais eram frequentemente encontrados aos arredores do castelo.

ÚLTIMOS DIAS

Em 1475, logo depois de ser solto, Drácula reuniu novamente um exército e invadiu Valáquia querendo retomar à coroa novamente. Mesmo com um exército pequeno, apenas a menção de seu nome fizeram os inimigos fugirem.

Mas não muito tempo depois, em 1476, os inimigos turcos buscaram vingança e mataram Vlad em combate, decepando sua cabeça.

A cabeça foi colocada em exposição em Istambul pelo sultão Mehmet II, como prova de seu sucesso e para mostrar que o conde estava, de fato, morto.