A vampira da vida real

Magdalena Solis nunca teve uma vida normal, mas conforme os anos se passavam, ela se tornava cada vez mais bizarra.

Ficou conhecida no México como a Alta Sacerdotisa do Sangue, pois participava de uma seita repleta de assassinos que após matarem suas vítimas, realizavam rituais onde bebiam o sangue dessas pessoas.

Sua vida nunca foi fácil, já que seu irmão mais velho, Eleazar Solis, a forçava a se prostituir como uma forma de ganhar dinheiro para a família, que estava em estado de extrema pobreza.

A vila em que moravam era carente de dinheiro e estudos, e foi assim que os irmãos Hernandez decidiram que enganariam os aldeões dizendo que eram antigos deuses Incas e deveriam ser adorados por todos ou a vila seria destruída. Sabendo que Magdalena era uma prostituta, decidiram tornar a mentira ainda mais real e disseram que a menina era nada menos que a reencarnação da deusa Inca Coatlicue, e foi assim que todos acreditaram.

Com o tempo, Solis se tornou a líder da seita e foi então que tudo começou a ficar cada vez mais macabro e elaborado. A mulher conheceu novas táticas de assassinato e também descobriu o sadomasoquismo e as grandes orgias. Ela ficou cada vez mais obcecada com toda aquela adoração e adrenalina que os cultos proporcionavam.

Até mesmo alguns membros da seita ficaram com medo de Magdalena e resolveram sair, mas a líder do grupo não aceitou essa decisão e mandou que seus súditos os matassem.

Agora a Sacerdotisa vivia como uma rainha, havia convencido todos os aldeões a serem seus escravos. Com os truques mais elaborados, decidiu reunir as meninas mais bonitas da vila (até mesmo crianças) para ensinar como funcionava o sexo. Depois dessa espécie de aula prática, as meninas eram vendidas para traficantes.

Além disso, durante os cultos todos eram obrigados a fumar maconha e Peiote, um pequeno cacto nativo do México, e beber sangue de animais sacrificados para obter a imortalidade.

Os rituais de sacrifício agora eram baseados no antigo ritual asteca, cada membro era obrigado a espancar as vítimas, e seus corações eram cortados enquanto ainda estavam vivos. Depois o sangue era drenado e colocado em taças e bebido como uma espécie de vinho enquanto acontecia o esquartejamento.

Mas todo esse horror não durou muito tempo, cerca de 50 pessoas morreram no ano de 1969, quando denunciaram a seita para a polícia.

Como a cidade era conhecida por suas lendas de tesouros escondidos dentro das diversas cavernas que existiam por ali, um garoto de 14 anos encontrou por engano a caverna onde aconteciam os rituais e fugiu assustado para a delegacia.

Assim que explicou o acontecido, um policial decidiu investigar pois não acreditou no adolescente, mas acabou sendo morto assim que chegou no local, juntamente com o garoto. Quando sentiram falta do investigador, viaturas foram enviadas e chegando lá descobriram uma espécie de fazenda comunitária com cerca de 20 famílias, e todos acreditavam nos farsantes daquela seita.

Os líderes do culto tentaram fugir, mas os irmãos Hernandez foram mortos e Magdalena e Eleazar sentenciados a 50 anos de prisão.

Por que Hitler odiava judeus?

Durante o século XIX, na Europa, o preconceito vinha crescendo cada vez mais. Os motivos variavam muito, os judeus eram vistos como manipuladores e por isso conseguiam condições de vida. Algumas pessoas julgavam por motivos religiosos, já que eram acusados de entregar Jesus Cristo aos romanos, mas o que mais foi levado em consideração na Alemanha foram as teorias biológicas, já que os judeus não descendiam de famílias arianas, a raça pura.  

Essas teorias propuseram que algumas etnias eram descendentes do antigo povo ariano, que antigamente formaram as populações europeias.

Por que Hitler odiava judeus?
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Tal pureza racial era usada como desculpa para perseguir não apenas os judeus, mas também deficientes físicos, homossexuais e ciganos.

Hitler defendia essa teoria, a supremacia racial dos alemães era nítida para ele. É possível perceber seus ideais no livro Minha Luta, por isso era necessário exterminar essa raça, para acabar com a contaminação da sociedade.

A outra fonte de ódio de Hitler vinha da Primeira Guerra Mundial, já que naquela época muitos empreendedores eram judeus e na visão dele, esses judeus viraram as costas para a Alemanha durante a guerra.

O povo judeu havia enriquecido e tirado proveito da Alemanha, mas quando o país realmente precisou deles, eles viraram as costas e se recusaram a ajudar.

Na realidade, Adolf Hitler queria apenas uma desculpa para poder perseguir e subtrair as conquistas dessas pessoas. Apenas as pessoas sem importância para ele eram perseguidas, já que a sua própria esposa, Eva Braun, pode ter tido origens judaicas.

Outro caso interessante é do oficial alemão e braço direito de Adolf, Ernst Rohm, que assumiu ser homossexual. Esta amizade entre os dois criou uma falsa ideia: os homossexuais não seriam perseguidos. Mas a realidade foi bem diferente, como vimos durante toda a Segunda Guerra Mundial.

A mitologia egípcia

Durante a Antiguidade o povo egípcio era politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Todos possuíam características humanas, ou até poderes de transformação e os cultos geralmente aconteciam em templos dedicados a eles. Como a ciência não era muito avançada, para as pessoas estes deuses explicavam fenômenos que ainda não tinham explicações, como a origem do mundo.

Esta civilização com certeza é uma das mais intrigantes da história, já que até os dias de hoje não foi possível descobrir completamente seus hábitos.

A mitologia egípcia
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Embalsamamento 

Os egípcios acreditavam na vida após a morte, por este motivo, quando uma pessoa morria, seu corpo era preparado para a transição. Para isso, era utilizado algumas técnicas como o embalsamamento, para a conservação do cadáver. Mas este tratamento especial variava de acordo com a posição socioeconômica das pessoas. A técnica realizada na elite consistia na retirada do encéfalo através das narinas, depois os órgãos da cavidade torácica (menos o coração) através de um corte na virilha. Depois o corpo era lavado com algumas substâncias balsâmicas e então revestido de sal, para que a água do cadáver fosse extraída. Um mês depois, o corpo era limpo e todo o corpo era enfaixado. Neste ritual deveria ser lido o Livro dos Mortos, como uma espécie de guia espiritual.

Havia um deus relacionado ao embalsamamento, seu nome era Anúbis e ele embalsamou o próprio pai, Osíris. 

Neterus

No Egito Antigo a mitologia teve um papel muito importante no desenvolvimento da cultura egípcia, mas não podemos dizer que era uma religião como  sistema teológico unificado, mas a fé egípcia era baseada em uma série de mitos, no culto da natureza e adoração de diversos deuses.

Todos os deuses se relacionavam de uma maneira ou de outra, mas eles eram divididos entre os grupos: primordiais, geradores, primeira e segunda geração. Esta divisão era chamada de Neterus.

Neterus Primordiais:

São os deuses mais importantes os quais estão associados com a origem do universo:

  • Nun: simbolizava a água
  • Atum: era a transformação de Nun, ele deu origem a explosão do Universo
  • Amon: o rei dos deuses.
  • Aton: relacionado ao sol
  • : deus da criação e um dos principais deuses do Egito
  • Ka: representava a alma dos homens e deuses
  • Ptah: deus criador e protetor da cidade de Mênfis e deus dos artesãos e arquitetos
Neterus Geradores:
  • Shu: deus do ar
  • Tefnut: deusa da umidade
  • Geb: deus da terra
  • Nut: deusa dos céus
Neterus da Primeira Geração:
  • Osíris: primeiro faraó do Egito. Se transformou no juiz dos mortos
  • Ísis: deusa do amor, magia, fertilidade e maternidade. Além de ser a grande protetora da natureza
  • Seth: deus da tempestade, do caos e da violência
Neterus da Segunda Geração:
  • Hórus: deus do céu
  • Hator: guardiã das mulheres, deusa das festas, do vinho e alegria
  • Tot: deus da sabedoria
  • Maat: deusa da justiça, da verdade e da ordem
  • Anúbis: deus dos mortos e do submundo

Além desses, existem muitos outros deuses egípcios importantes.

A mitologia egípcia
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O Julgamento Final

Na mitologia egípcia, quando uma pessoa morria, o deus Anúbis a recepcionava e pesava seu coração em uma balança, avaliando como ela tinha se comportado enquanto estava na Terra.

Se o coração fosse mais pesado do que a pluma da deusa Maat, era considerado impuro. 

Depois desta avaliação, a pessoa deveria seguir ao julgamento final, realizado pelo deus Osíris.

Os que fossem aprovados, viveriam em um paraíso (Aaru) junto com os deuses. E os que fossem reprovados teriam seus corações devorados por Ammit e viveriam no submundo (Duat). 

Lutero: o homem que desafiou o catolicismo


Um dos grandes acontecimentos que marcaram e modificaram o mundo até os dias de hoje, foi a reforma protestante. Para entender como isso ocorreu, é preciso entender o contexto histórico europeu e todos os passos que levaram ao acontecimento.

Para isso, a historiadora formada pela PUC, Thays Macedo, explicou em detalhes todo o enredo desta história.

“Martinho Lutero deu inicio a uma reforma no cristianismo em meio ao século VXI. Monge alemão, católico e insatisfeito com os dogmas do catolicismo, escreve 95 teses contestando a postura da igreja católica.” diz Thays. “Acreditava que o fiel poderia negar a igreja e mesmo assim conseguir sua salvação, pois a fé seria mais importante que a instituição. Para ele, Deus salvaria o humano pelos seus atos e sua crença e não pela compra de indulgencias. Logo ele seria excomungado pelo Papa e declarado herege.”

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“Mesmo criticado pela Igreja, a monarquia alemã começa apoiar suas argumentações, afinal, viam a oportunidade de se apoderar das terras e bens da igreja e parar de pagar impostos ao clero e travar guerras em nome do catolicismo” continua. “Logo, suas criticas começaram ficar famosas, e os protestos contra a igreja começam a ganhar força, o que impulsiona o monarca Henry VIII da Inglaterra a se posicionar a favor do catolicismo e condenar as pratica de Lutero.  A relação da monarquia com a igreja católica era estreita e as criticas feitas à igreja poderiam refletir na popularidade do monarca. Então, Henry discorre vários trabalhos antiprotestantes, começando pela critica de Lutero contra a venda de indulgencias, onde o mesmo dizia que era uma forma corrupta não só do catolicismo mas da pessoa em tentar diminuir seus pecados e garantir seu lugar aos céus. 

O monge, ao saber da publicação de livros de autoria do Rei da Inglaterra que atacavam suas diretrizes, trava uma batalha literária. Essa batalha perduraria por muitos anos, com respostas escritas através de pseudônimos por parte de Henry VIII e agressões verbais por parte de Lutero, até que o monge escreve uma carta direcionada ao rei, pedindo perdão por suas palavras, e até se propôs a se retratar publicamente, mas Henry não aceita sua proposta e isso o traria, mais tarde, mais  uma consequência para essa historia. “

Quadro em exposição na Torre de Londres.
Imagem de Paula Santinati

“Em 1533 o rei da Inglaterra decide se divorciar de sua então esposa Catarina de Aragão, alegando que a mesma não lhe dera herdeiros homens, para então casar com Anne Boleyn. A Igreja Católica condenou a postura do monarca em não honrar o casamento feito aos olhos de deus e o excomunga. Henrique então decreta o Ato de Supremacia, onde o rei passa a ser o chefe supremo da igreja da Inglaterra, podendo nomear novos ocupantes para os cargos eclesiásticos ( toda a estrutura eclesial foi mantida). Fora confiscado todos os bens da Igreja Católica, seus terras e mosteiros e vendidas aos mais nobres, fazendeiros e comerciantes ( o que mais tarde daria o ponta pé inicial para as atividades econômicas capitalistas)”.

“Assim o anglicanismo se consolida na Inglaterra, fazendo parte do movimento protestante onde lá atrás, Henry VIII se negara a apoiar.  Lutero se recusa a ajudar Henry em sua jornada de negação da igreja, já que o monarca recusou-se a dar-lhe o perdão real anos antes. Tanto Lutero, quanto Henry VIII tiveram um papel fundamental na reforma protestante, mesmo com suas diferenças, suas vidas motivaram mudanças na Igreja.” termina Macedo.