Star Wars: política, religião e sabres de luz

A saga dos filmes de Star Wars teve início em 1977, mas até hoje os fãs ainda recebem novidades sobre esse mundo galáctico distante, ou será que ele não é tão longe assim da nossa realidade?

Hoje em dia existem diversos livros, filmes, spin-off e séries, mas apenas nos filmes principais já podemos perceber a grande quantidade de inspirações e influências que a história contém do mundo real.

Contexto histórico

Na época que o legado de George Lucas se iniciou, haviam muitos problemas no mundo político, seja no cenário mundial ou no próprio país do criador da história, os Estados Unidos.

Por exemplo, o primeiro filme (Uma Nova Esperança) foi lançado 4 anos antes do julgamento do caso Watergate, o maior escândalo político da época e o que fez Nixon renunciar ao cargo de presidente americano.

No cenário mundial, estava acontecendo a Guerra do Vietnã (1955-1975) e Nixon estava tentando concorrer a um segundo mandato, mesmo depois de tantos escândalos.

Em uma entrevista feita em 2005, o próprio diretor do filme, George Lucas, disse:

“Isso me levou a pensar historicamente sobre como as democracias se transformam em ditaduras. Porque as democracias não são derrubadas, elas são entregues”

Na trilogia original existe um conflito entre o Império – um regime autoritário – e aliança rebelde, cidadãos que lutavam contra as imposições de um ditador.

Anakin Skywalker

A história de um dos principais personagens da saga Star Wars é a de Anakin Skywalker, um Jedi promissor que todos pensam ser a solução de todos os problemas.

Mas ao se deparar na forma como os líderes do grupo de Jedi se comportavam, percebeu que nenhum dos lados estava correto e ficou cada dia mais frustrado, até passar para o lado negro da força e se tornando o Sith Darth Vader.

Ao ouvir a frase “se você não está comigo, você é meu inimigo” de Vader, é possível perceber que o personagem foi inspirado em George Bush, que dizia “você está conosco ou contra nós.

O imperador Palpatine

O Lorde Sith Darth Sidious ou Palpatine subverteu todo o Senado e dessa forma, conseguiu assumir um cargo de poder.

Quando questionado se Palpatine algum dia havia sido um Jedi, o diretor de Star Wars disse que não, ele sempre foi apenas um político e que seu nome também poderia ser Richard M. Nixon.

Rogue One

Para o filme lançado em 2016, Rogue One, o roteirista Chris Weitz disse na época que seria uma ótima forma de associar o Império a grupos supremacistas brancos.

Logo quando isso aconteceu, diversas pessoas pensaram em boicotar a saga, levantando a hashtag #DumpStarWars no Twitter, mas felizmente a história continua sendo um grande sucesso até os dias de hoje, mostrando que nem sempre os grupos extremistas vão ganhar.

Andor

A série Andor, que estreou em 2022, também tem muito da vida real, mas dessa vez decidiram sair dos Estados Unidos focar em Israel.

Eli Cohen foi um agente espião israelense em 1960 e falava diversas línguas, como árabe, inglês, francês e hebraico. Por causa de seus conhecimentos, foi mandado para Buenos Aires em uma missão e precisou criar uma vida dupla. E como conseguiu diversas informações, era muito valioso para que o deixassem simplesmente sair da agência de Israel. 

Por esse mesmo motivo, inevitavelmente acabou morrendo por conta de seu trabalho. 

The Mandalorian

A série lançada em 2019 chamada The Mandalorian pode ser bem sutil, mas ela fala de uma forma muito interessante sobre a crença e até que ponto nós vamos por ela.

Os mandalorianos são caçadores de recompensa que tem certo fanatismo religioso e uma das principais regras do Caminho de Mandalore é que você nunca deve remover seu capacete, não importa a situação e também precisa fazer um juramento para entrar no grupo.

Din Djarin (Pedro Pascal) é o principal da série, e logo na primeira temporada ele tira seu capacete, porque percebeu com suas experiências recentes que talvez isso não seja tão importante assim, mas logo decide voltar pra o seu grupo, uma espécie de seita, e não é bem recebido pois quebrou a regra principal do grupo.

Por isso, ele faz de tudo para conseguir seu perdão e acaba ficando cego.

Os mandalorianos acabaram se dividindo em grupos quando o planeta deles foi atacado, e nem todos fazem questão de seguir alguns mandamentos, como o de retirar ou não o capacete.

Esse é o caso da líder Bo-Katan, que Din Djarin conhece em uma de suas aventuras, fazendo o público perceber que não existe apenas um único caminho.

Prevendo o futuro

Em uma tentativa de explorar o futuro e como seria o governo de Bush, George Lucas criou um filme onde mostrava como uma república popular pode se transformar facilmente em um império.

É possível perceber isso nos filmes A Ameaça Fantasma (1999), O Ataque dos Clones (2002) e A Vingança dos Sith (2005), já que eles foram lançados conforme o cenário político da época mudava.

As tropas do Partido Nazista

Uma das maiores franquias da história do cinema também se inspirou em uma das maiores guerras do mundo, a Segunda Guerra Mundial.

O grande exemplo de como observar isso é com a frase da senadora Padmé: “É assim que a liberdade morre, com um estrondoso aplauso”, pois Adolf Hitler conseguiu dominar diversos países militarmente só depois de dominar a Alemanha com seus discursos recheados de belas palavras, enquanto o público o aplaudia.

Com sua alegoria do fascismo e nazismo, os soldados do exército de Darth Vader podem ser comparadas facilmente com as tropas alemã, que se chamavam Sturm Abteilung.

Sturm Abteilung poderia ser traduzido no português como Batalhão Tempestade, e as tropas de Vader se chamam Stormtrooper, algo como Soldado da Tempestade.

A Ordem Jedi

Nos filmes, o grupo de Jedi é liderado pela Ordem, composta por alguns líderes, como o Yoda. A ideia desse Conselho é ser uma base oposta ao lado negro da força, o mal. Mas todos precisam seguir regras, como não ter relacionamentos amorosos, por exemplo.

Esses conselheiros acabam se tornando tão importantes que eles acabam ficando cegos, achando que nunca irão perder, já que em teoria, o bem sempre vence o mal e obcecados por esse poder, acabam deixando detalhes muito importantes passar despercebido.

A idade média e o medo de zumbis

Hoje em dia é possível encontrar muitas pessoas com medo de zumbis, mesmo que nunca tenhamos visto um. Mas na idade média esse medo era mais comum do que você imagina.

O vilarejo da Inglaterra chamado Wharram Percy se mantinha através da criação de ovelhas porém, durante a Peste Negra o local entrou em colapso e foi abandonado por completo. Mas em 2017 a Historic England e a Universidade de Southampton pensaram que poderia ter algum material interessante para ser descoberto naquela cidade medieval, bastava apenas fazer a escavação correta.

Durante esta escavação, foram encontrados 10 cadáveres que foram enterrados durante o século X de uma forma muito curiosa. Por exemplo, antes de serem enterrado esses corpos foram queimados, desmembrados e decapitados. Como os ossos foram quebrados ou até cortados por uma espécie de faca depois do falecimento dessa pessoa, tudo aponta para a hipótese de que os aldeões não praticavam canibalismo e sim o medo de que o morto se transformasse em zumbi.

Este seria o primeiro estudo que gerou uma boa evidência arqueológica para provar esta prática de antigamente.

Segundo um estudo realizado pelo Journal of Archaeological Science prevenir o famigerado apocalipse zumbi através de rituais e mutilação era comum em diversas vilas, cidades e até países ao longo dos séculos.

É claro que o conceito de zumbi poderia ser diferente do que temos atualmente, mas a ideia de um morto-vivo sair de seu túmulo e espalhar doenças ou até mesmo machucar um cidadão vivo, continua a mesma.

Através de um exame nos dentes dos esqueletos, foi descoberto que as pessoas eram enterradas ao redor de suas casas, então eles não seriam completos estranhos caso voltassem à vida.

Atualmente a vila de Wharram Percy é um ótimo lugar para se visitar, já que contém cerca de 3.000 aldeias medievais, além de fica próximo de Yorkshire Wolds e Kirkham Priory, ótimos locais para conhecer a história e a beleza natural da Inglaterra.

A infância durante o Holocausto

O holocausto foi uma época ameaçadora para todas as pessoas, mas em especial para as crianças, já que são vulneráveis e não entendem tão profundamente o verdadeiro horror que estava acontecendo no mundo, o que por si só pode traumatizar uma pessoa.

Alguns grupos eram indesejáveis e até perigosos, adultos crianças faziam parte do mesmo grupo. Matar crianças era apenas uma medida de segurança preventiva para manter a visão ideológica dos nazistas. A infância durante o Holocausto não foi nada fácil.

A infância durante o Holocausto
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Durante todo o período onde a Alemanha se tornou nazista, cerca de 1,5 milhões de crianças morreram.

Mas quem fazia parte desse grupo de crianças perigosas?

Além de judeus e cigano, qualquer um com alguma deficiência física ou mental não condizia com a raça ariana. As que nasciam em situações de pobreza ou em guetos, também eram consideradas improdutivas e consumidores inúteis de comida.

Então qualquer criança que fizesse parte desse grupo era morta, mandada para o trabalho escravo e até para laboratórios onde pesquisas desumanas aconteciam. Quando fossem muito novas para fazer parte dessas atividades, eram mandadas para o campo de concentração como as primeiras vítimas a serem metralhadas.

Qualquer jovem que tivesse características arianas eram levadas para o Reich e colocadas em adoção para que a família racial correta a adotasse. Se essa pessoa tivesse família, era raptada de seus pais.

Caso as mulheres dos campos de concentração ficassem grávidas, eram forçadas a abortar ou dar à luz em situações onde o bebê nasceria morto.

Mas nem tudo estava perdido, ainda existiam pessoas que tentavam ajudar. Foi da vontade de resgatar crianças que nasceu o Kindertransport, um movimento de resgate onde crianças em situação de risco eram levadas para locais seguros, mesmo que precisassem abandonar seus pais ou sair do país para continuarem vivas. Outras famílias também tentavam ajudar e usavam partes da casa, como o porão, para esconder as pessoas.

A vampira da vida real

Magdalena Solis nunca teve uma vida normal, mas conforme os anos se passavam, ela se tornava cada vez mais bizarra.

Ficou conhecida no México como a Alta Sacerdotisa do Sangue, pois participava de uma seita repleta de assassinos que após matarem suas vítimas, realizavam rituais onde bebiam o sangue dessas pessoas.

Sua vida nunca foi fácil, já que seu irmão mais velho, Eleazar Solis, a forçava a se prostituir como uma forma de ganhar dinheiro para a família, que estava em estado de extrema pobreza.

A vila em que moravam era carente de dinheiro e estudos, e foi assim que os irmãos Hernandez decidiram que enganariam os aldeões dizendo que eram antigos deuses Incas e deveriam ser adorados por todos ou a vila seria destruída. Sabendo que Magdalena era uma prostituta, decidiram tornar a mentira ainda mais real e disseram que a menina era nada menos que a reencarnação da deusa Inca Coatlicue, e foi assim que todos acreditaram.

Com o tempo, Solis se tornou a líder da seita e foi então que tudo começou a ficar cada vez mais macabro e elaborado. A mulher conheceu novas táticas de assassinato e também descobriu o sadomasoquismo e as grandes orgias. Ela ficou cada vez mais obcecada com toda aquela adoração e adrenalina que os cultos proporcionavam.

Até mesmo alguns membros da seita ficaram com medo de Magdalena e resolveram sair, mas a líder do grupo não aceitou essa decisão e mandou que seus súditos os matassem.

Agora a Sacerdotisa vivia como uma rainha, havia convencido todos os aldeões a serem seus escravos. Com os truques mais elaborados, decidiu reunir as meninas mais bonitas da vila (até mesmo crianças) para ensinar como funcionava o sexo. Depois dessa espécie de aula prática, as meninas eram vendidas para traficantes.

Além disso, durante os cultos todos eram obrigados a fumar maconha e Peiote, um pequeno cacto nativo do México, e beber sangue de animais sacrificados para obter a imortalidade.

Os rituais de sacrifício agora eram baseados no antigo ritual asteca, cada membro era obrigado a espancar as vítimas, e seus corações eram cortados enquanto ainda estavam vivos. Depois o sangue era drenado e colocado em taças e bebido como uma espécie de vinho enquanto acontecia o esquartejamento.

Mas todo esse horror não durou muito tempo, cerca de 50 pessoas morreram no ano de 1969, quando denunciaram a seita para a polícia.

Como a cidade era conhecida por suas lendas de tesouros escondidos dentro das diversas cavernas que existiam por ali, um garoto de 14 anos encontrou por engano a caverna onde aconteciam os rituais e fugiu assustado para a delegacia.

Assim que explicou o acontecido, um policial decidiu investigar pois não acreditou no adolescente, mas acabou sendo morto assim que chegou no local, juntamente com o garoto. Quando sentiram falta do investigador, viaturas foram enviadas e chegando lá descobriram uma espécie de fazenda comunitária com cerca de 20 famílias, e todos acreditavam nos farsantes daquela seita.

Os líderes do culto tentaram fugir, mas os irmãos Hernandez foram mortos e Magdalena e Eleazar sentenciados a 50 anos de prisão.

Antropofagia em família

A história do clã Beane ficou muito conhecido ao longo dos anos em seu país de origem, a Escócia.

Como faz parte do folclore do país, não se sabe até hoje se é verídico ou não, mas alguns pesquisadores acreditam que o grupo realmente tenha existido entre o século XIII e XVI.

Antropofagia em família
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Tudo começou quando Alexander Sawney Beane conheceu sua futura esposa e os dois decidiram fugir da casa dos pais e morar juntos.

Como eles não tinham dinheiro para ter uma casa, decidiram morar em uma caverna à beira mar e assaltar as estradas próximas de seu novo lar. Depois que eles roubavam as pessoas que passavam por ali, matavam e aproveitavam para comer os corpos. Como  os alimentos eram escassos naquela região, com essa tática eles conseguiam tudo o que precisavam.

Ao longo dos anos, a família foi crescendo, mas a rotina continuava a mesma. Além do casal, haviam 13 filhos e 32 netos, todos nascidos por incesto.

O jogo do grupo de canibais foi descoberto depois de uma tentativa de roubo, a pessoa conseguiu fugir e chamou a polícia para ajudar. Após algumas buscas pela área, encontraram a caverna onde eles moravam onde restos mortais ainda podiam ser vistos em cima da mesa.

Todos os integrantes foram executados rapidamente, menos Sawney, que teve um fim mais violento. Depois que seus órgãos genitais foram arrancados e mãos e pés cortados, sangrou até a morte.

Ao que se sabe, o grupo durou de 25 anos e matou cerca de mil pessoas.

3 casos aterrorizantes do Reino Unido

Existem muitas histórias de terror espalhadas ao redor do mundo, mas hoje vamos falar um pouco sobre alguns casos famosos que aconteceram no Reino Unido.

Foto por Karolina Grabowska em Pexels.com
Poltergeist

Começando com um dos casos mais famosos de Hollywood, o Poltergeist. A família Hodgson morava em Londres e as quatro crianças da casa começaram a reclamar de ouvir sons estranhos nos móveis e paredes, objetos voando e reportaram que ocorreu até caso de levitação enquanto as pessoas dormiam.

A família decidiu ligar para a polícia e investigadores para saber o que estava acontecendo, e o caso foi ficando cada vez mais famoso dentro da sociedade local, em 1977. Com isso, alguns investigadores de fenômenos paranormais foram para a casa para descobrir a causa daqueles incidentes, foi então que o famoso casal norte-americano Ed e Lorraine Warren ouviram a história e visitaram a casa de Enfield. O caso virou história para o filme de terror Invocação do Mal 2.

O policial canibal

Uma mulher chamada Kathleen Mangan-Valle começou a suspeitar que seu marido passava muito tempo na internet e decidiu instalar um software espião no computador da casa.

Pensou que encontraria provas de que seu marido estava tendo um caso, mas acabou encontrando algo muito mais assustador.

Relatou que encontrou alguns fetiches sexuais perturbadores de seu marido. Pesquisas como escravidão branca, tutorial de como sequestrar uma mulher, receitas culinárias com carne humana e um site em específico era muito visitado, o chamado “caçador de carne de menina”, onde eram contados casos de agressão sexual e canibalismo.

Ao olhar o chat online de seu marido, também encontrou conversas com amigos onde explicava como e onde pretendia sequestrar e matar alguns de seus amigos e a própria esposa, Kathleen.

O nome deste homem era Gilberto Valle, com seus 28 anos, era formado em psicologia, conseguiu ser policial em Nova York (Estados Unidos) e ainda era pai de um recém-nascido.

Como as provas que Kathleen e alguns investigadores conseguiram, não havia como negar. E ele nunca o fez. Porém, falou que nunca cometeu nenhum crime pois eram apenas pesquisas e conversas, a liberdade de falar e pensar o que bem entendermos não é um crime.

Até hoje esse caso é estudado nas faculdades de Direito (principalmente nos Estados Unidos).

O poço de pragas

A Inglaterra foi atingida por uma doença altamente contagiosa em 1665 e milhares de pessoas morreram.

Como o país estava passando por um surto, algumas pessoas não conseguiram ser enterradas propriamente, e eram criadas as valas comuns, o que hoje se conhece como poço das pragas de Londres. A doença chamada de peste bubônica matou cerca de 20% da população de lá.

Com o passar dos anos, muitos acreditavam que os trilhos do metrô da cidade foram construídos em cima desses poços e por esse motivo as linhas eram tortas, ou seja, nenhuma seguia uma linha reta.

No final do século 19, boatos de que o governo encontrou milhares de ossos enterrados e espalhados durante a construção do metrô começaram a crescer cada dia mais.

Muitas pessoas começaram a dizer que era possível ouvir almas pedindo socorro e até mesmo assombrando algumas estações (como a Piccadilly) do metrô de Londres.

Por esse motivo, algumas pessoas deixam de usar as estações em dias específicos como o Dia das Bruxas ou em horários não movimentados.

Porém o Governo da Inglaterra nega todos os boatos e diz que todas as valas comuns criadas na época da epidemia são de conhecimento público. E o motivo para que as estações serpenteiem dessa forma é para que as construções não passem por terrenos onde casas são construídas, e passem apenas por terrenos do governo para gerar menos desapropriação.

Fordlândia: o vilarejo mal-assombrado

No ano de 1927 um dos maiores magnatas da indústria automobilística, Henry Ford, precisava de novas formas de possuir borracha, um dos ingredientes mais importantes para a sua empresa, já que comprar dos britânicos e asiáticos estava saindo muito caro, e Ford não gostava de desvantagens.

Fordlândia: o vilarejo mal-assombrado
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Foi então que ele pensou em um projeto no Brasil, um país com muitas seringueiras, árvore onde o látex é extraído e que mais tarde se torna a borracha. Podendo extrair a matéria-prima diretamente da fonte, é muito mais barato.

Para realizar seu plano, construiu uma vila no estado do Pará com casas, escolas, hospitais e outros edifícios. Tudo construído com o modelo norte-americano.

O projeto não foi finalizado por diversos motivos, mas seu principal erro foi contratar engenheiros agrônomos que não estavam familiarizados com o clima amazônico, ou seja, as plantações sofreram ataques de pragas e o trabalho de anos foi perdido.

Além disso, com o tempo a tecnologia trouxe uma maneira muito mais fácil e barata de fabricar borracha, o petróleo.

Já nos anos de 1940, Henry morreu e deixou tudo para seu filho e logo o projeto foi finalizado e a cidade de Fordlândia abandonada.

Atualmente, existem diversas lendas sobre o vilarejo. Mesmo que ainda existam algumas pessoas morando entre os galpões abandonados, eles dizem que escutam espíritos vagando pelas ruas, pessoas que buscaram fortuna e que fracassaram durante seu tempo em vida.

Os supersticiosos dizem que este distrito não é o melhor lugar para se visitar se você está atrás de sorte, já que além dos espíritos, a própria cidade parece ser amaldiçoada.

O julgamento das bruxas de Salem

Todos nós já ouvimos falar sobre as Bruxas de Salem, mas quem realmente conhece a história verdadeira por trás das lendas que nos contam?

Entre os anos de 1692 e 1693 em Salem, nos Estados Unidos, aconteceu uma caça às bruxas onde 150 pessoas foram presas e 25 morreram.

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Tudo começou quando uma garota ficou doente e ninguém conseguia explicar o que estava acontecendo com ela. Hoje a hipótese é que ela teria ingerido um fungo presente no pão.

Poucos dias depois, outras garotas afirmaram que estavam com os mesmos sintomas. Diante desta situação o médico da vila, William Griggs, falou que aquilo era obra do sobrenatural e todos acreditaram.

Como naquela época era comum que qualquer acontecimento desconhecido fosse culpa de uma bruxa, logo todos na vila começaram a culpar uma escrava que cuidava de crianças e contava histórias do folclore de seu país para elas.

Estas mesmas crianças afirmaram que a mulher era bruxa e até começaram a culpar outras mulheres de feitiçaria.

Se vendo sem saída, as mulheres confessaram um crime que não cometeram.

Toda essa repercussão fez o governador criar uma corte para que estas bruxas fossem julgadas, porém nenhuma teve a oportunidade de se defender.

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A primeira acusada foi Bridget Bishop, que foi acusada de ter roubado ovos e depois se transformado em gato. Sua pena foi de morte por enforcamento.

Já a escrava que havia sido a primeira a ser acusada de bruxaria, confessou e disse que o objetivo destas feitiçarias era de acabar com os puritanos.

Outra vítima que teria sido apontada pelas crianças, foi uma menina de 4 anos, que acabou com uma sentença de prisão.

O caso que mais despertou horror nas pessoas foi de Martha Corey, uma cristã que era sempre vista na igreja, pois se até uma cristã fazia parte, qualquer um poderia.

Além dos humanos condenados, também houveram alguns cachorros que foram mortos por serem, supostamente, parceiros e cúmplices das bruxas.

O julgamento só teve encerramento no ano seguinte, depois de levar inúmeras pessoas presas ou mortas.

Atualmente, é possível visitar o Museu das Bruxas de Salem.

A verdadeira história do Conde Drácula

Vlad III Dracul, conde de Valáquia, uma província da Romênia, foi a verdadeira inspiração para o famoso personagem fictício Conde Drácula.

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Vlad conquistou uma fama de extrema violência e crueldade, criando assim mitos e superstições de terror que foram se espalhando cada vez mais. Um dos relatos mais famosos foi de um banquete onde todos os convidados eram pedintes, doentes ou idosos e no final do dia, o conde teria trancado todos eles em uma sala e ateado fogo, dizendo que essas pessoas estavam finalmente livres dos sofrimentos deste mundo.

Estas histórias ficaram tão famosas que foi a base de inspiração para vários contos de terror e de vampiros bebedores de sangue.

SEU NOME

Seu sobrenome era Dracuela, que vem do latim e significa “filho de dragão”. Ganhou este sobrenome pois seu pai participava de uma seita religiosa cujo símbolo era um dragão.

Por este motivo, ficou conhecido como Vlad Dracul, ou simplesmente Drácula.

SUA INFÂNCIA

Em 1431, nascia o pequeno Vlad III, na Transilvânia. Alguns anos depois se mudara para Târgoviste, capital de Valáquia, onde seu pai assumiria o trono da província.

Foi então que sua vida começou a mudar pois em 1442, Vlad e seu irmão mais novo foram entregues como reféns ao sultão otomano Murad II, como uma garantia de que seu pai iria obedecê-lo .

Vlad, O Empalador

No século XV, a violência reinava sem qualquer controle. Diversas punições, como a mutilação, era comum naquela época.

Mas Vlad era diferente, preferia empalar seus inimigos. Há rumores de empalamentos coletivos de 20 mil homens. Daí surgiu o seu famoso apelido.

Claro que isso não pode ser considerado tão anormal se levarmos em conta outros líderes e reis que se faziam serem respeitados ou temidos por bem ou por mal.

A VINGANÇA

Em 1447, o pai de Vlad foi assassinado por nobres valáquios. Tendo a vingança em mente, Drácula uniu um exército para matar quem estava por trás da morte de seu pai e para conseguir manter o seu trono na Valáquia.

Quando encontrou os nobres, os convidou para uma festa de Páscoa. Os mais velhos e doentes foram rapidamente empalhados, já o restante, foram levados para uma fortaleza em ruínas e obrigados a construírem um novo castelo. Ao final da construção, todos foram empalados.

O rei Matias I, da Hungria, ficou tão horrorizado com as notícias que condenou Vlad à prisão domiciliar durante 12 anos. Mas nem isso o deteve pois cadáveres de animais eram frequentemente encontrados aos arredores do castelo.

ÚLTIMOS DIAS

Em 1475, logo depois de ser solto, Drácula reuniu novamente um exército e invadiu Valáquia querendo retomar à coroa novamente. Mesmo com um exército pequeno, apenas a menção de seu nome fizeram os inimigos fugirem.

Mas não muito tempo depois, em 1476, os inimigos turcos buscaram vingança e mataram Vlad em combate, decepando sua cabeça.

A cabeça foi colocada em exposição em Istambul pelo sultão Mehmet II, como prova de seu sucesso e para mostrar que o conde estava, de fato, morto.