Mulheres revolucionárias: Nísia Floresta Augusta

Hoje, Nísia Floresta Augusta é vista como uma pioneira, mulher revolucionária que desafiou as normas sociais de sua época e cujo legado continua inspirando a luta pela igualdade de gênero e pela educação feminina no Brasil e além.

Quem foi Nísia Floresta?

Nísia Floresta Augusta, nascida em 12 de outubro de 1810 no Rio Grande do Norte, foi uma mulher à frente de seu tempo e uma figura fundamental na história do feminismo no Brasil.

Seu legado é marcado por sua incansável luta pela emancipação feminina e seu compromisso em promover a educação para mulheres em um contexto social que frequentemente as relegava a papéis limitados.

Desde cedo, ela demonstrou um apurado interesse pelo conhecimento e pela educação.

Entretanto, a realidade da época não favorecia a instrução de mulheres, limitando suas oportunidades. Determinada a superar essas barreiras, Nísia dedicou-se a uma busca incansável pelo saber, desafiando as normas sociais estabelecidas.

Primeira mulher a escrever em jornal

No século XIX, em meio a uma sociedade fortemente patriarcal, Nísia surgiu como uma das primeiras mulheres a publicar artigos em jornais brasileiros, contribuindo assim para a disseminação de ideias progressistas sobre os direitos das mulheres.

Seu engajamento não se limitou apenas ao cenário nacional; ela ampliou suas conexões com pensadores e movimentos feministas internacionais.

Um marco significativo em sua trajetória foi sua tradução do manifesto feminista de Mary Wollstonecraft, “Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens“. Ao trazer essa obra para o público brasileiro, Nísia Floresta não apenas compartilhou conceitos revolucionários sobre igualdade de gênero, mas também solidificou seu papel como uma das primeiras feministas brasileiras.

Mulheres na educação

Além de suas contribuições para a causa feminista, Nísia Floresta destacou-se como uma defensora incansável da educação feminina. Percebendo a importância da instrução para a emancipação, ela fundou escolas e dedicou esforços significativos para alfabetizar meninas e mulheres.

Seu trabalho pioneiro nesse campo não apenas proporcionou conhecimento, mas também foi um passo crucial na busca pela autonomia feminina.

Sua atuação transcendeu as fronteiras geográficas e temporais, moldando o caminho para futuras gerações de mulheres no Brasil. Seu ativismo e suas ideias foram fundamentais para a construção de um movimento feminista robusto no país, influenciando, assim, o reconhecimento e a conquista de direitos pelas mulheres brasileiras.

Mulheres revolucionárias: Sofonisba Anguissola

No cenário artístico do Renascimento italiano, dominado predominantemente por homens, surge uma figura notável que desafia as normas estabelecidas – Sofonisba Anguissola.

Quem foi Sofonisba Anguissola?

Nascida em 1532, na cidade de Cremona, Anguissola não apenas se tornou a primeira mulher pintora a alcançar renome internacional, mas também conquistou o reconhecimento e a admiração de ninguém menos que Michelangelo Buonarroti.

Sofonisba pertencia a uma família nobre, e seu pai, Amilcare Anguissola, reconhecendo o talento precoce da filha, encorajou suas inclinações artísticas.

Diferentemente das mulheres de sua época, Anguissola recebeu uma educação excepcional e teve acesso a mentores respeitados.

A carreira de Anguissola desabrochou quando ela foi convidada a ingressar na corte do rei Filipe II da Espanha como dama de companhia da rainha Isabela de Valois.

Essa oportunidade não apenas ampliou seu horizonte, mas também lhe permitiu desenvolver suas habilidades artísticas sob a tutela de Michel de Montaigne e Antonis Mor.

Além de suas realizações pessoais, a influência da mulher se estende a outras mulheres artistas, abrindo caminho para futuras gerações desafiarem as barreiras de gênero no mundo das artes. Seu legado ecoa na história da arte, evidenciando que o talento transcende limitações socioculturais.

Sofonisba e Michelangelo

O ponto alto na carreira de Anguissola foi, sem dúvida, o reconhecimento de Michelangelo Buonarroti, um dos maiores artistas do Renascimento. Michelangelo, ao admirar uma pintura de Anguissola, expressou seu elogio e encanto, estabelecendo seu lugar como uma artista respeitada em um contexto predominantemente masculino.

O seu trabalho é caracterizado por retratos vivos e emocionais, capturando a essência e a psicologia de seus sujeitos. Ela era especialmente talentosa em representar crianças e em capturar nuances emocionais em suas pinturas.

Mulheres revolucionárias: Harriet Tubman 

Harriet Tubman, nascida escravizada por volta de 1822 no estado de Maryland, Estados Unidos, tornou-se uma figura icônica na luta contra a escravidão e uma heroína na busca pela liberdade.

Através de sua extraordinária jornada de escravidão para a liberdade, deixou um impacto duradouro na luta pelos direitos humanos e na história da luta contra a escravidão nos Estados Unidos. Seu espírito indomável e sua incansável busca por justiça continuam a inspirar gerações.

Escravidão à liberdade

Escapando do cativeiro em 1849, Tubman percorreu cerca de 160 quilômetros até alcançar a liberdade no Canadá, por meio da chamada “Underground Railroad” (Ferrovia Subterrânea), uma rede secreta de rotas e esconderijos utilizada por fugitivos escravizados para chegar ao Norte dos Estados Unidos e Canadá.

Ao invés de se contentar com sua própria liberdade, Tubman voltou corajosamente ao Sul para ajudar outros a escapar e ficou conhecida como condutora da Underground Railroad, ela arriscou a própria vida em inúmeras viagens de volta ao lado escravista do país.

Estima-se que tenha ajudado a libertar aproximadamente 300 pessoas.

Tubman na Guerra Civil

Durante a Guerra Civil Americana, Tubman desempenhou um papel significativo como enfermeira, espiã e cozinheira.

Sua dedicação à causa da liberdade não conhecia limites, e suas habilidades e coragem fizeram dela uma figura respeitada no movimento abolicionista.

Inclusive, após a Guerra Civil ela continuou a lutar pelos direitos civis e pelo sufrágio feminino, participou de movimentos que buscavam a igualdade e justiça para todos os cidadãos.

A vida de Harriet Tubman

Harriet faleceu em 1913, mas seu legado perdura como um símbolo de resistência, coragem e dedicação à liberdade.

Em 2020, foi anunciado que sua imagem seria apresentada nas cédulas de 20 dólares americanos, reconhecendo-a como uma das figuras mais inspiradoras da história dos Estados Unidos.

O machismo no México

O México, como muitos outros países, tem enfrentado desafios significativos relacionados ao machismo ao longo dos anos.

No entanto, é importante reconhecer as transformações positivas que têm ocorrido, mostrando que a sociedade mexicana está em um processo contínuo de desconstrução de padrões prejudiciais e avançando em direção à igualdade de gênero, mesmo que seja em passos lentos.

As raízes do machismo

Historicamente, o México foi fortemente marcado por uma cultura patriarcal, onde os papéis de gênero eram rigidamente definidos.

Com isso, as mulheres eram frequentemente deixadas com posições secundárias na sociedade e acabavam enfrentando discriminação em várias esferas, desde o ambiente de trabalho até o âmbito doméstico. O machismo era endêmico e profundamente enraizado nas tradições culturais, não diferente do resto do mundo.

Mesmo que nos anos 1990 e 2000 o México tenha experimentado mudanças sociais significativas, o machismo ainda persistia como uma questão substancial na sociedade mexicana. E embora tenha havido um aumento na participação das mulheres no mercado de trabalho nesse período, muitas enfrentavam discriminação salarial e obstáculos para avançar em suas carreiras. O acesso a posições de liderança ainda era desigual entre os gêneros, refletindo as normas culturais e estruturas organizacionais que perpetuavam o machismo.

Outro ponto muito importante a ser citado é a violência de gênero. A falta de recursos adequados para combater e prevenir a violência doméstica e sexual contribuía para a vulnerabilidade das mulheres, denúncias desses casos muitas vezes encontrava obstáculos, incluindo estigma e falta de apoio institucional.

Mas durante essas décadas começaram a surgir esforços para promover a educação e conscientização sobre questões de gênero. As instituições educacionais introduziram programas destinados a desafiar estereótipos e promover a igualdade, mas esses esforços ainda estavam em estágios iniciais.

Foi nessa época que os movimentos feministas começaram a ganhar mais visibilidade no México. Mulheres ativistas buscavam conscientizar a sociedade sobre questões de gênero, incluindo igualdade de direitos, autonomia reprodutiva e combate à violência. Esses movimentos foram cruciais para impulsionar discussões públicas e pressionar por mudanças.

Com isso, leis foram promulgadas para combater a violência doméstica, melhorar a igualdade salarial e garantir a representação feminina em posições de liderança, embora a implementação prática muitas vezes fosse um desafio.

Mulheres no trabalho

O ambiente de trabalho também tem sido um campo de batalha para a igualdade de gênero. Mulheres têm ingressado em setores antes dominados por homens, desafiando a ideia de que certas profissões são exclusivas para um determinado gênero. Iniciativas governamentais e empresariais voltadas para a equidade salarial e oportunidades iguais têm contribuído para uma mudança significativa na mentalidade empresarial.

Inclusive, o México testemunhou um aumento notável nos movimentos feministas, com mulheres liderando manifestações e campanhas por direitos iguais e o fim da violência de gênero. Redes sociais têm desempenhado um papel vital, amplificando as vozes das mulheres e gerando consciência pública sobre questões de gênero.

A música e o machismo

No cenário musical mexicano, diversas cantoras têm desempenhado papéis importantes ao dar voz às experiências e questões enfrentadas pelas mulheres mexicanas.

Elas usam sua arte para abordar temas como feminismo, igualdade de gênero e empoderamento. Um bom exemplo disso é a cantora Julieta Venegas, que possui uma carreira musical diversificada e muitas de suas músicas abordam temas relacionados aos desafios enfrentados pelas mulheres no México.

Mas em 2023 uma das cantoras que mais tem chamado a atenção quanto ao machismo mexicano é a Anahi, dando voz a todas as mulheres que se sentiram menos e também para as que perderam a vida pro feminicidio no país, já que a cada show da Soy Rebelde Tour levanta uma camisa com das frases famosas de movimentos contra o machismo e violência de gênero, como Ni Una Menos e No Es No.

A frase “Ni una menos” tem origem na América Latina e foi popularizada em protestos e movimentos sociais que lutam contra a violência de gênero, em especial a violência contra mulheres. . A expressão, traduzida para o português seria “Nem uma a menos”, e destaca a indignação diante dos casos de feminicídio e busca conscientizar a sociedade sobre a urgência de combater a violência direcionada às mulheres.

Essas cantoras não apenas oferecem entretenimento, mas também desafiam as normas culturais, promovendo a conscientização e dando voz às experiências diversas das mulheres mexicanas. Elas representam exemplos poderosos de como a música pode ser uma ferramenta para a expressão e a defesa de questões sociais importantes.

A origem da Barbie

Com o novo filme da Barbie, muitas pessoas se perguntam qual é a origem da boneca, mas poucas realmente conhecem a sua história.

A primeira boneca Barbie do mundo foi criada por Ruth Handler, co-fundadora da empresa de brinquedos Mattel, Inc. A inspiração veio da observação de Ruth Handler sobre sua filha Barbara, que gostava de brincar com bonecas de papel representando adultos. Na época, em 1959, a maioria das bonecas no mercado eram bebês ou crianças pequenas.

Ruth percebeu que não havia muitas opções de bonecas que representassem mulheres adultas, com roupas modernas e que pudessem desempenhar diferentes papéis e carreiras. Ela acreditava que ao criar uma boneca adulta, as meninas poderiam imaginar e brincar com um futuro cheio de possibilidades e aspirações.

A boneca Barbie foi lançada oficialmente em 9 de março de 1959 na Feira de Brinquedos de Nova York. Ela foi nomeada em uma homenagem para a filha de Ruth Handler, Barbara, que tinha o apelido de Barbie.

Desde então, a Barbie se tornou uma das bonecas mais icônicas e populares do mundo, passando por diversas transformações e representando uma variedade de profissões, estilos e culturas ao longo dos anos. A boneca Barbie desempenhou um papel significativo na cultura popular e continua sendo uma figura importante na indústria de brinquedos.

Quais as bonecas da Barbie mais famosas?

A Barbie tem sido uma figura icônica ao longo de muitas décadas, e várias bonecas específicas se destacaram como as mais famosas em diferentes momentos da sua história. Algumas das bonecas Barbie mais famosas incluem:

  • Barbie Original (1959): A primeira Barbie, lançada em 1959, usando um traje de banho listrado preto e branco, óculos de sol e brincos. É uma das bonecas mais cobiçadas por colecionadores.
  • Barbie Fashion Queen (1963): Foi a primeira Barbie a ter cabelo que poderia ser mudado, com três perucas diferentes: loira, castanha e ruiva.
  • Barbie Malibu (1971): A Barbie Malibu marcou uma nova fase para a boneca, com sua imagem mais relaxada e informal, vestindo roupas de praia e ao ar livre.
  • Barbie Astronauta (1965): Essa versão representava a Barbie como uma astronauta, e refletia a crescente conscientização da época sobre a exploração espacial.
  • Barbie Superstar (1977): Esta versão apresentava um rosto mais moderno e maquiagem exuberante, marcando a mudança para uma aparência mais glamorosa.
  • Barbie Pequena Sereia (1997): Inspirada na personagem da Disney, Ariel, a Barbie Pequena Sereia foi uma das bonecas mais populares na década de 1990.
  • Barbie Princesa da Ilha (2007): Esta boneca incorporava uma imagem tropical, com roupas e acessórios coloridos que atraíam a imaginação das crianças.
  • Barbie Fashionista (lançamentos anuais): Desde 2009, a Mattel começou a produzir uma linha chamada “Barbie Fashionista”, que apresentava bonecas com uma variedade de estilos, tamanhos, tons de pele e tipos de corpo para promover a diversidade e a inclusão.

Até os dias de hoje a Barbie continua sendo lançada em muitas outras edições especiais, séries limitadas e colaborações temáticas com marcas e personalidades famosas, tornando-a uma boneca versátil e relevante ainda nos dias atuais.

Quais são os filmes lançados da Barbie?

A franquia Barbie teve uma série de filmes lançados diretamente para o mercado de home video e streaming. Esses filmes contam histórias com diferentes temas, e até mesmo adaptações de contos de fadas clássicos.

Além do filme dirigido por Greta Gerwig, existem algumas animações da boneca, como por exemplo:

  1. Barbie em Quebra-Nozes (2001)
  2. Barbie Rapunzel (2002)
  3. Barbie em O Lago dos Cisnes (2003)
  4. Barbie em A Princesa e a Plebeia (2004)
  5. Barbie em A Magia de Aladus (2005)
  6. Barbie em As 12 Princesas Bailarinas (2006)
  7. Barbie Fairytopia (2005)
  8. Barbie Fairytopia: Mermaidia (2006)
  9. Barbie e o Castelo de Diamante (2008)
  10. Barbie e as Três Mosqueteiras (2009)
  11. Barbie em Vida de Sereia (2010)
  12. Barbie em Vida de Sereia 2 (2012)
  13. Barbie: A Princesa da Ilha (2007)
  14. Barbie e o Portal Secreto (2014)
  15. Barbie e as Agentes Secretas (2016)
  16. Barbie em um Mundo de Video Game (2017)
  17. Barbie e as Suas Irmãs em uma Aventura de Cachorrinhos (2015)
  18. Barbie: Aventura nas Estrelas (2020)

A primeira samurai do mundo

Os samurais são mundialmente famosos, seja na história ou até mesmo pelos filmes que foram se disseminando nos cinemas. Mas quase sempre as pessoas se lembram de homens ao ouvir a palavra “samurai”, mas existem mulheres nesse ramo também. A primeira samurai do mundo quebrou diversas barreiras e sua vida não foi nada fácil, mas foi um passo na direção certa.

Hoje em dia existem mais mulheres samurais, como por exemplo as Onna-bugeisha.

Como a cultura japonesa de samurais começou?

A cultura japonesa dos samurais começou a se desenvolver no final do século XII e floresceu durante os séculos XIII até o século XIX. A formação dessa cultura está relacionada a uma série de eventos históricos, transformações sociais e influências culturais no Japão feudal.

Uma das principais influências foi a ascensão dos clãs guerreiros, como o Clã Minamoto e o Clã Taira, que travaram uma longa guerra civil conhecida como Genpei War (1180-1185). Essa guerra levou ao estabelecimento do governo militar conhecido como bakufu, com os samurais como classe dominante.

Outra influência foi a introdução de conceitos e práticas militares do continente asiático, principalmente da China, através de intercâmbios culturais e contato com os mongóis. Isso incluía táticas de combate, armamento, organização militar e filosofias guerreiras.

A cultura dos samurais foi moldada pelo código ético conhecido como bushido, que enfatizava valores como lealdade, honra, coragem, justiça e autodisciplina. O bushido servia como um guia de conduta para os samurais, incentivando-os a se tornarem guerreiros virtuosos e servir seus senhores com devoção.

Os samurais também estavam intimamente associados ao sistema feudal japonês, no qual os senhores feudais, conhecidos como daimyos, concediam terras e privilégios aos samurais em troca de seu serviço militar e lealdade. Esse sistema estruturado proporcionava aos samurais um status social privilegiado e responsabilidades militares.

No final do século XIX, com o fim do período feudal e a modernização do Japão, a classe samurai perdeu sua relevância e foi abolida. No entanto, sua influência na cultura japonesa e sua imagem romântica persistiram, tornando-os ícones emblemáticos da história e tradição do Japão.

Quem foi Tomoe Gozen?

A primeira samurai mulher do mundo foi Tomoe Gozen. Ela viveu no Japão durante o século XII, durante o período conhecido como Genpei War.

Ela era uma guerreira habilidosa e destemida que lutou ao lado de seu senhor, Minamoto no Yoshinaka, nas batalhas contra o Clã Taira. Sua bravura e habilidade em combate eram amplamente reconhecidas, e ela é frequentemente descrita como uma das mais formidáveis guerreiras do período.

Embora Tomoe seja considerada a primeira samurai mulher, é importante notar que a posição das mulheres no Japão feudal era geralmente restrita, e a presença de mulheres samurais era relativamente rara.

O que é Onna-bugeisha?

Onna-bugeisha é um termo japonês que se refere a mulheres guerreiras da classe samurai no Japão feudal. A palavra “onna” significa “mulher” em japonês, e “bugeisha” se refere a uma pessoa habilidosa em artes marciais. As onna-bugeisha eram mulheres treinadas nas artes da guerra e lutavam ao lado dos samurais em batalhas.

Embora a imagem popular dos samurais seja frequentemente associada aos homens, as onna-bugeisha eram uma presença real e significativa na sociedade japonesa feudal. Elas eram treinadas em várias habilidades de combate, como o uso de espadas, arcos e flechas, lanças e outras armas tradicionais. Além disso, também eram instruídas em táticas de batalha, defesa e equitação.

As onna-bugeisha desempenhavam um papel importante na proteção de suas casas, famílias e terras durante períodos de conflito. Elas eram valorizadas por sua coragem, habilidade em combate e dedicação ao código de honra samurai, conhecido como bushido.

Embora o papel tenha diminuído com o tempo, principalmente com a estabilização do Japão e a centralização do poder nas mãos do xogunato, elas deixaram um legado significativo na história e cultura japonesas. Sua história é frequentemente retratada em lendas, contos populares, obras de arte e literatura. Hoje em dia, as onna-bugeisha são frequentemente celebradas como símbolos de força, coragem e determinação das mulheres no Japão feudal.

Qual foi o primeiro samurai do mundo?

O termo “samurai” é especificamente associado à classe guerreira do Japão feudal. Portanto, se considerarmos o contexto histórico e cultural do Japão, o primeiro samurai do mundo seria um indivíduo japonês. No entanto, é importante notar que o conceito de um guerreiro dedicado e habilidoso não é exclusivo do Japão. Outras culturas também tiveram guerreiros de elite em suas respectivas histórias.

No contexto japonês, acredita-se que o primeiro samurai do Japão tenha sido um guerreiro chamado Seiwa Genji. Ele viveu no século IX e foi um membro do clã Genji. O clã Genji, particularmente seu ramo Minamoto, desempenhou um papel significativo na história dos samurais no Japão. Ao longo dos séculos, os samurais se tornaram uma classe militar proeminente, conhecidos por sua lealdade aos seus senhores, habilidades marciais e código de conduta conhecido como bushido.

O que é o O Caminho do Guerreiro Samurai?

O Caminho do Guerreiro Samurai é conhecido como Bushido, que pode ser traduzido como “o caminho do guerreiro” ou “o caminho do samurai”. É um código ético e filosófico que governava a conduta e o comportamento dos samurais no Japão feudal.

Ele estabelecia um conjunto de valores e princípios morais que os samurais eram encorajados a seguir. Esses valores eram essenciais para forjar um guerreiro virtuoso e leal, e incluíam:

  • Lealdade (Chuu): Os samurais eram esperados para demonstrar fidelidade absoluta a seu senhor feudal. A lealdade era considerada uma virtude supremamente importante, e um samurai estava disposto a sacrificar sua vida em nome de seu senhor.
  • Honra (Meiyo): A honra era uma qualidade essencial para os samurais. Eles eram encorajados a agir com integridade, coragem e respeito em todas as suas ações, buscando preservar sua reputação e a de sua família.
  • Coragem (Yuu): A coragem era fundamental para os samurais, tanto no campo de batalha quanto na vida cotidiana. Eles deveriam enfrentar os desafios com bravura, superando o medo e demonstrando determinação.
  • Justiça (Gi): Os samurais eram instruídos a agir com justiça e retidão. Eles deveriam ser imparciais em seus julgamentos e proteger os fracos, além de promover a ordem e a paz.
  • Benevolência (Jin): A benevolência era um aspecto essencial do Bushido. Os samurais eram incentivados a serem compassivos e prestativos com os outros, especialmente com aqueles em desvantagem.
  • Sinceridade (Makoto): A sinceridade era valorizada entre os samurais. Eles eram ensinados a serem honestos e a cumprir suas promessas, mantendo a palavra dada.

Esses princípios do Bushido, combinados com a proficiência nas artes marciais, ajudavam a moldar a identidade dos samurais como uma classe guerreira distintiva. Serviam também como uma bússola moral e um guia para suas ações, estabelecendo um padrão elevado de conduta a ser seguido.

Quem foi Isabel I de Castela?

Isabel I de Castela é considerada uma das mais importantes rainhas da história espanhola e teve um impacto significativo na formação da Espanha moderna. Sua influência e legado continuam sendo reconhecidos até hoje. Você conhece essa história?

Quem foi Isabel I?

Isabel I de Castela, também conhecida como Isabel a Católica, foi uma rainha que governou o Reino de Castela e Leão desde 1474 até sua morte em 1504.

Ela nasceu em Madrigal de las Altas Torres, Espanha, e é lembrada por suas realizações políticas, diplomáticas e religiosas, que tiveram um impacto duradouro na história da Espanha e do mundo. Ela ascendeu ao trono de Castela após a morte de seu meio-irmão, Henrique IV, e enfrentou uma guerra de sucessão contra a princesa Joana, conhecida como “La Beltraneja”. Isabel acabou emergindo vitoriosa e consolidou seu reinado.

Um dos eventos mais importantes de seu reinado foi a união dinástica de Castela e Aragão através de seu casamento com Fernando II de Aragão, em 1469. Essa união política, conhecida como o casamento dos Reis Católicos, estabeleceu as bases para a formação da Espanha moderna.

Juntos, Isabel e Fernando patrocinaram a expedição de Cristóvão Colombo em 1492, que resultou na chegada da Europa às Américas. Eles também apoiaram as viagens de exploração de outros navegadores espanhóis, o que levou à expansão do império espanhol.

Ela foi uma governante religiosamente devota e desempenhou um papel fundamental na unificação da Espanha sob a fé católica.

Foi também a responsável pela expulsão dos judeus da Espanha em 1492, através do Decreto de Alhambra, e pela instauração do Tribunal da Inquisição Espanhola, que visava a purificação religiosa e a erradicação do protestantismo e de outras crenças consideradas heréticas.

Além de suas conquistas políticas e religiosas, Isabel I também promoveu a educação, as artes e as ciências em seu reino. Ela apoiou os estudos de figuras proeminentes como o astrônomo Cristóvão Colombo, o humanista Antonio de Nebrija e o filósofo Francisco Jiménez de Cisneros.

O Novo Mundo

O povoamento situado no norte da ilha de Hispaniola, que hoje é dividida entre a República Dominicana e o Haiti, foi estabelecido pelos espanhóis durante a época do colonialismo europeu nas Américas.

Em 1492, Cristóvão Colombo chegou à ilha de Hispaniola durante sua primeira viagem ao Novo Mundo, representando a Coroa Espanhola. Os espanhóis começaram a colonizar a ilha, fundando a primeira colônia europeia permanente nas Américas, chamada La Isabela, na costa norte de Hispaniola, em 1493.

No entanto, La Isabela enfrentou vários desafios, incluindo doenças, falta de recursos e conflitos com os povos indígenas locais, como os taínos. Como resultado, a colônia não teve sucesso duradouro, e os espanhóis estabeleceram uma nova cidade chamada Santo Domingo, na costa sul de Hispaniola, em 1496. Santo Domingo tornou-se a primeira capital espanhola nas Américas e foi o principal centro de colonização e administração espanhola na ilha.

Ao longo dos anos, os espanhóis continuaram a expandir seu domínio sobre Hispaniola, explorando e colonizando outras áreas da ilha. A região norte da ilha, incluindo cidades como Santiago de los Caballeros e Puerto Plata, foi gradualmente povoada pelos colonos espanhóis e tornou-se uma importante área agrícola e comercial.

Vale ressaltar que durante o período colonial, a ilha de Hispaniola passou por mudanças significativas na sua população devido à exploração dos povos indígenas, escravidão africana e influência de outras potências coloniais, como a França. No final do século XVII, a parte ocidental da ilha (hoje Haiti) foi cedida à França pelos espanhóis e se tornou uma colônia francesa conhecida como Saint-Domingue.

Atualmente, a ilha de Hispaniola está dividida entre dois países: a República Dominicana, que ocupa a parte leste e sul, e o Haiti, que ocupa a parte oeste. Cada país possui sua própria história, cultura e sociedade, mas compartilham uma história comum de colonização e influências europeias.

A antiga rainha egípcia Nefertiti

Nefertiti foi uma rainha egípcia da 18ª dinastia, famosa por ter sido responsável por substituir o politeísmo pelo culto a um deus único, o Rei Sol Aton e ser a esposa do faraó Amenhotep IV.

Uma das grandes personalidades do mundo com certeza é a antiga rainha egípcia Nefertiti, mesmo que pouco se saiba sobre ela.

Quem foi Nefertiti?

Seu nome ficou famoso quando um busto foi encontrado durante escavações arqueológicas na cidade de Amarna, no Egito, em 1912.

E como os anos no Egito Antigo era contados de forma diferente do que usamos hoje em dia, Nefertiti desapareceu dos registros de forma muito misteriosa, já que não se sabe nenhuma data específica sobre seu nascimento e até mesmo sobre sua morte.

Seu nome significa “a mais bela chegou”, levando muitos pesquisadores a pensar que Nefertiti pode ter ascendência estrangeira, e alguns autores acreditam que ela era uma princesa de um império que existia na atual região de Tadukhipa, da Turquia oriental, filha do rei Tuselata, mas as origens da família de Nefertiti não são claras.

Sabe-se que durante o reinado de Amenhotep III, cerca de trezentas mulheres de Mitanni chegaram ao Egito para integrar o harém do rei como um gesto de amizade para com o Egito por parte do império; Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, ela adotou o nome do Egito e os costumes daquele país.

No início do reinado do faraó Amenhotep IV , com cerca de 15 anos, o rei se casou com Nefertiti, sendo rainha em um dos períodos mais ricos do Egito Antigo Médio, de 1353 aC a 1336 aC (17 anos no total).

O casal teve seis filhas: Meritaton, Meketaton, Anjesenpaaten, Neferneferuaten-Tasherit, Neferneferure e Setepenre.

Uma curiosidade sobre o nome da família é que eles geralmente terminam com “Aton”, uma homenagem ao Deus Aton.

Porque Nefertiti foi importante?

As origens da família da rainha Nefertiti são pouco claras e alguns investigadores considerarem que Nefertiti teria origem estrangeira e acabou sendo identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Reino de Mitani (um império antigo da região oriental da Turquia.

Ela foi a rainha da dinastia de faraós durante o Antigo Egito, sendo chamada de deusa viva. Além de ser esposa do faraó Amenhotep IV (Aquenáton), durante o século XIV a.C, ele promoveu a si mesmo e claro, sua própria esposa à posição de deuses vivos.

Monolatria ou Monoteísmo?

Para a rainha egípcia, uma divindade não tão popular era muito importante para a mitologia egípcia, um deus criador chamado Aton, conhecido como “fonte de luz, vida e calor, criador de tudo e todos”, uma personificação do deus Rá.

Ela tentou levar um só Deus como divindade principal no panteão do Antigo Egito e com isso, alguns pesquisadores acreditam que Nefertiti e seu marido foram responsáveis por criar o monoteísmo, ou seja, a primeira religião que acredita em um único Deus.

Já outros acadêmicos pensam que o que realmente aconteceu foi um Monolatria, onde se acredita na existência de diversas divindades, mas apenas uma deveria ter destaque.

O motivo do casal acreditar nessa divindade específica não é conhecido, mas a especulação é de que eles queriam diminuir a influência que o clero Tebano tinha naquela época, já que eles se envolviam diretamente nas decisões dos faraós.

Período de Amarna

O Período de Amarna é conhecido por ser uma era da história egípcia que aconteceu durante segunda metade da dinastia de Nefertiti.

Isso aconteceu porque a residência real do faraó foi transferida para um lugar chamado Aquetaton, conhecido atualmente como Vila de Amarna e foi nesse tempo também que ocorreu a mudança da capital de Tebas para onde a residência real ficaria.

A cidade de Aquetaton não existia antes disso, já que foi totalmente planejada pelo casal real

O que aconteceu com a rainha Nefertiti?

Uma hipótese é que devido à idade de Nefertiti, ela teria continuado sua influência no início do reinado de Tutancâmon. Assim, a morte de Nefertiti coincidiu com o retorno ao culto do deus Amon no 3º ano de seu atual reinado. Mas isso é totalmente especulativo.

Por causa de sua popularidade, alguns historiadores apoiam a afirmação de que Nefertiti foi alvo de assassinato por alguns sacerdotes que defendiam o politeísmo. Ainda outros especialistas acreditam que ela acumulou mais poder ao se tornar co-regente de Akhenaton. Este último argumento é avançado graças à imagem na pedra, em que a Rainha aparece a golpear o inimigo com uma maça, remetendo à ideia de força.

Ciência no Brasil: Bertha Lutz

Não é de hoje que a ciência muda o mundo, mas talvez já tenha passado da hora de mostrar a importância dos nomes por trás de toda a pesquisa que é feita diariamente. Para iniciar essa jornada da Ciência no Brasil, Bertha Lutz será a primeira de muitas pessoas a ter seu nome mencionado nessa nova saga do blog.

Nascida como Bertha Maria Júlia Lutz mas conhecida apenas como Bertha Lutz. Esse foi o nome de uma das grandes pesquisadoras e ativistas do Brasil. Apesar de ter sido criada na Europa e ter se formado na Universidade de Sorbonne em Ciências Naturais, seu segundo diploma (Direito) foi na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A pequena Lutz já nasceu com grande influência da ciência em sua vida, sendo filha de um cientista e pioneiro Adolfo Lutz e da enfermeira inglesa Amy Fowler.

Outro ponto que sempre foi muito forte em sua vida foi a motivação para correr atrás de seus direitos, participando desde muito nova de movimentos feministas como a campanha sufragista de Paris.

Em 1918 quando já estava no Brasil, foi a segunda mulher a conseguir um cargo no serviço público no país, como bióloga no Museu Nacional e foi crescendo em sua carreira, chegando a ser chefe do setor de Botânica no mesmo museu.

Trabalhou por longos 46 anos na instituição, alcançando reputação internacional com sua extensa pesquisa em espécies anfíbias brasileiras, ajudando na pesquisa zoológica.

Mas infelizmente naquela época a mulher era vista como incapaz e não tinha direito nem mesmo de votar nas eleições, pensando nisso, Bertha decidiu criar o primeiro congresso feminista brasileiro. Insatisfeita com a situação que percebera não apenas no trabalho, mas na vida como um todo, criou (em 1919) a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher.

Não muitos anos depois (1932) dessa criação, conseguiu, juntamente com suas companheiras, que o presidente Getúlio Vargas assinasse o direito ao voto feminino.

Alguns anos mais tarde, ainda como líder da Liga, conseguiu papéis importantes na política como o cargo de Câmara Federal, em 1936, e lutou diariamente pela igualdade salarial, redução da jornada de trabalho e também pela licença maternidade.

Com seu importante papel, também conseguiu participar de algumas conferências, como a de São Francisco em 1945, sendo a única mulher da comitiva brasileira.

Para entender um pouco mais de sua história, é possível assistir ao documentário chamado A Mulher na Carta da ONU.

Mulheres Revolucionárias: Mária Telkes

Mária Telkes foi uma mulher revolucionária, mas acima de tudo, foi a cientista e inventora que revolucionou a área da eletricidade com seu trabalho.

Formada em físico-química na Universidade de Budapeste, Mária Telkes decidiu se tornar cidadã norte-americana em 1937, onde começou a trabalhar para a Westinghouse Electric onde foi capaz de desenvolver instrumentos que convertiam calor em energia elétrica.

Logo começou a trabalhar em dispositivos termoelétricos movidos a luz solar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) como parte do Projeto de Conversão de Energia Solar, e em 1939 se destacou por uma de suas invenções mais importantes, o destilador solar que convertia água salgada em potável. Com o novo sistema, foi possível entregar água para soldados que lutavam na Segunda Guerra Mundial e diminuir as demandas em lugares onde a água era escassa, como as Ilhas Virgens.

Continuou trabalhando com energia solar durante toda a sua vida, mas um dos projetos de maior destaque foi a construção da primeira residência aquecida com energia solar em Massachusetts.

Além disso, também ajudou a desenvolver materiais capazes de suportar as temperaturas extremas do espaço.

Ao longo de sua carreira, recebeu diversos prêmios por sua grande contribuição ao mundo.