A primeira samurai do mundo

Os samurais são mundialmente famosos, seja na história ou até mesmo pelos filmes que foram se disseminando nos cinemas. Mas quase sempre as pessoas se lembram de homens ao ouvir a palavra “samurai”, mas existem mulheres nesse ramo também. A primeira samurai do mundo quebrou diversas barreiras e sua vida não foi nada fácil, mas foi um passo na direção certa.

Hoje em dia existem mais mulheres samurais, como por exemplo as Onna-bugeisha.

Como a cultura japonesa de samurais começou?

A cultura japonesa dos samurais começou a se desenvolver no final do século XII e floresceu durante os séculos XIII até o século XIX. A formação dessa cultura está relacionada a uma série de eventos históricos, transformações sociais e influências culturais no Japão feudal.

Uma das principais influências foi a ascensão dos clãs guerreiros, como o Clã Minamoto e o Clã Taira, que travaram uma longa guerra civil conhecida como Genpei War (1180-1185). Essa guerra levou ao estabelecimento do governo militar conhecido como bakufu, com os samurais como classe dominante.

Outra influência foi a introdução de conceitos e práticas militares do continente asiático, principalmente da China, através de intercâmbios culturais e contato com os mongóis. Isso incluía táticas de combate, armamento, organização militar e filosofias guerreiras.

A cultura dos samurais foi moldada pelo código ético conhecido como bushido, que enfatizava valores como lealdade, honra, coragem, justiça e autodisciplina. O bushido servia como um guia de conduta para os samurais, incentivando-os a se tornarem guerreiros virtuosos e servir seus senhores com devoção.

Os samurais também estavam intimamente associados ao sistema feudal japonês, no qual os senhores feudais, conhecidos como daimyos, concediam terras e privilégios aos samurais em troca de seu serviço militar e lealdade. Esse sistema estruturado proporcionava aos samurais um status social privilegiado e responsabilidades militares.

No final do século XIX, com o fim do período feudal e a modernização do Japão, a classe samurai perdeu sua relevância e foi abolida. No entanto, sua influência na cultura japonesa e sua imagem romântica persistiram, tornando-os ícones emblemáticos da história e tradição do Japão.

Quem foi Tomoe Gozen?

A primeira samurai mulher do mundo foi Tomoe Gozen. Ela viveu no Japão durante o século XII, durante o período conhecido como Genpei War.

Ela era uma guerreira habilidosa e destemida que lutou ao lado de seu senhor, Minamoto no Yoshinaka, nas batalhas contra o Clã Taira. Sua bravura e habilidade em combate eram amplamente reconhecidas, e ela é frequentemente descrita como uma das mais formidáveis guerreiras do período.

Embora Tomoe seja considerada a primeira samurai mulher, é importante notar que a posição das mulheres no Japão feudal era geralmente restrita, e a presença de mulheres samurais era relativamente rara.

O que é Onna-bugeisha?

Onna-bugeisha é um termo japonês que se refere a mulheres guerreiras da classe samurai no Japão feudal. A palavra “onna” significa “mulher” em japonês, e “bugeisha” se refere a uma pessoa habilidosa em artes marciais. As onna-bugeisha eram mulheres treinadas nas artes da guerra e lutavam ao lado dos samurais em batalhas.

Embora a imagem popular dos samurais seja frequentemente associada aos homens, as onna-bugeisha eram uma presença real e significativa na sociedade japonesa feudal. Elas eram treinadas em várias habilidades de combate, como o uso de espadas, arcos e flechas, lanças e outras armas tradicionais. Além disso, também eram instruídas em táticas de batalha, defesa e equitação.

As onna-bugeisha desempenhavam um papel importante na proteção de suas casas, famílias e terras durante períodos de conflito. Elas eram valorizadas por sua coragem, habilidade em combate e dedicação ao código de honra samurai, conhecido como bushido.

Embora o papel tenha diminuído com o tempo, principalmente com a estabilização do Japão e a centralização do poder nas mãos do xogunato, elas deixaram um legado significativo na história e cultura japonesas. Sua história é frequentemente retratada em lendas, contos populares, obras de arte e literatura. Hoje em dia, as onna-bugeisha são frequentemente celebradas como símbolos de força, coragem e determinação das mulheres no Japão feudal.

Qual foi o primeiro samurai do mundo?

O termo “samurai” é especificamente associado à classe guerreira do Japão feudal. Portanto, se considerarmos o contexto histórico e cultural do Japão, o primeiro samurai do mundo seria um indivíduo japonês. No entanto, é importante notar que o conceito de um guerreiro dedicado e habilidoso não é exclusivo do Japão. Outras culturas também tiveram guerreiros de elite em suas respectivas histórias.

No contexto japonês, acredita-se que o primeiro samurai do Japão tenha sido um guerreiro chamado Seiwa Genji. Ele viveu no século IX e foi um membro do clã Genji. O clã Genji, particularmente seu ramo Minamoto, desempenhou um papel significativo na história dos samurais no Japão. Ao longo dos séculos, os samurais se tornaram uma classe militar proeminente, conhecidos por sua lealdade aos seus senhores, habilidades marciais e código de conduta conhecido como bushido.

O que é o O Caminho do Guerreiro Samurai?

O Caminho do Guerreiro Samurai é conhecido como Bushido, que pode ser traduzido como “o caminho do guerreiro” ou “o caminho do samurai”. É um código ético e filosófico que governava a conduta e o comportamento dos samurais no Japão feudal.

Ele estabelecia um conjunto de valores e princípios morais que os samurais eram encorajados a seguir. Esses valores eram essenciais para forjar um guerreiro virtuoso e leal, e incluíam:

  • Lealdade (Chuu): Os samurais eram esperados para demonstrar fidelidade absoluta a seu senhor feudal. A lealdade era considerada uma virtude supremamente importante, e um samurai estava disposto a sacrificar sua vida em nome de seu senhor.
  • Honra (Meiyo): A honra era uma qualidade essencial para os samurais. Eles eram encorajados a agir com integridade, coragem e respeito em todas as suas ações, buscando preservar sua reputação e a de sua família.
  • Coragem (Yuu): A coragem era fundamental para os samurais, tanto no campo de batalha quanto na vida cotidiana. Eles deveriam enfrentar os desafios com bravura, superando o medo e demonstrando determinação.
  • Justiça (Gi): Os samurais eram instruídos a agir com justiça e retidão. Eles deveriam ser imparciais em seus julgamentos e proteger os fracos, além de promover a ordem e a paz.
  • Benevolência (Jin): A benevolência era um aspecto essencial do Bushido. Os samurais eram incentivados a serem compassivos e prestativos com os outros, especialmente com aqueles em desvantagem.
  • Sinceridade (Makoto): A sinceridade era valorizada entre os samurais. Eles eram ensinados a serem honestos e a cumprir suas promessas, mantendo a palavra dada.

Esses princípios do Bushido, combinados com a proficiência nas artes marciais, ajudavam a moldar a identidade dos samurais como uma classe guerreira distintiva. Serviam também como uma bússola moral e um guia para suas ações, estabelecendo um padrão elevado de conduta a ser seguido.

Quem foi Isabel I de Castela?

Isabel I de Castela é considerada uma das mais importantes rainhas da história espanhola e teve um impacto significativo na formação da Espanha moderna. Sua influência e legado continuam sendo reconhecidos até hoje. Você conhece essa história?

Quem foi Isabel I?

Isabel I de Castela, também conhecida como Isabel a Católica, foi uma rainha que governou o Reino de Castela e Leão desde 1474 até sua morte em 1504.

Ela nasceu em Madrigal de las Altas Torres, Espanha, e é lembrada por suas realizações políticas, diplomáticas e religiosas, que tiveram um impacto duradouro na história da Espanha e do mundo. Ela ascendeu ao trono de Castela após a morte de seu meio-irmão, Henrique IV, e enfrentou uma guerra de sucessão contra a princesa Joana, conhecida como “La Beltraneja”. Isabel acabou emergindo vitoriosa e consolidou seu reinado.

Um dos eventos mais importantes de seu reinado foi a união dinástica de Castela e Aragão através de seu casamento com Fernando II de Aragão, em 1469. Essa união política, conhecida como o casamento dos Reis Católicos, estabeleceu as bases para a formação da Espanha moderna.

Juntos, Isabel e Fernando patrocinaram a expedição de Cristóvão Colombo em 1492, que resultou na chegada da Europa às Américas. Eles também apoiaram as viagens de exploração de outros navegadores espanhóis, o que levou à expansão do império espanhol.

Ela foi uma governante religiosamente devota e desempenhou um papel fundamental na unificação da Espanha sob a fé católica.

Foi também a responsável pela expulsão dos judeus da Espanha em 1492, através do Decreto de Alhambra, e pela instauração do Tribunal da Inquisição Espanhola, que visava a purificação religiosa e a erradicação do protestantismo e de outras crenças consideradas heréticas.

Além de suas conquistas políticas e religiosas, Isabel I também promoveu a educação, as artes e as ciências em seu reino. Ela apoiou os estudos de figuras proeminentes como o astrônomo Cristóvão Colombo, o humanista Antonio de Nebrija e o filósofo Francisco Jiménez de Cisneros.

O Novo Mundo

O povoamento situado no norte da ilha de Hispaniola, que hoje é dividida entre a República Dominicana e o Haiti, foi estabelecido pelos espanhóis durante a época do colonialismo europeu nas Américas.

Em 1492, Cristóvão Colombo chegou à ilha de Hispaniola durante sua primeira viagem ao Novo Mundo, representando a Coroa Espanhola. Os espanhóis começaram a colonizar a ilha, fundando a primeira colônia europeia permanente nas Américas, chamada La Isabela, na costa norte de Hispaniola, em 1493.

No entanto, La Isabela enfrentou vários desafios, incluindo doenças, falta de recursos e conflitos com os povos indígenas locais, como os taínos. Como resultado, a colônia não teve sucesso duradouro, e os espanhóis estabeleceram uma nova cidade chamada Santo Domingo, na costa sul de Hispaniola, em 1496. Santo Domingo tornou-se a primeira capital espanhola nas Américas e foi o principal centro de colonização e administração espanhola na ilha.

Ao longo dos anos, os espanhóis continuaram a expandir seu domínio sobre Hispaniola, explorando e colonizando outras áreas da ilha. A região norte da ilha, incluindo cidades como Santiago de los Caballeros e Puerto Plata, foi gradualmente povoada pelos colonos espanhóis e tornou-se uma importante área agrícola e comercial.

Vale ressaltar que durante o período colonial, a ilha de Hispaniola passou por mudanças significativas na sua população devido à exploração dos povos indígenas, escravidão africana e influência de outras potências coloniais, como a França. No final do século XVII, a parte ocidental da ilha (hoje Haiti) foi cedida à França pelos espanhóis e se tornou uma colônia francesa conhecida como Saint-Domingue.

Atualmente, a ilha de Hispaniola está dividida entre dois países: a República Dominicana, que ocupa a parte leste e sul, e o Haiti, que ocupa a parte oeste. Cada país possui sua própria história, cultura e sociedade, mas compartilham uma história comum de colonização e influências europeias.

A antiga rainha egípcia Nefertiti

Nefertiti foi uma rainha egípcia da 18ª dinastia, famosa por ter sido responsável por substituir o politeísmo pelo culto a um deus único, o Rei Sol Aton e ser a esposa do faraó Amenhotep IV.

Uma das grandes personalidades do mundo com certeza é a antiga rainha egípcia Nefertiti, mesmo que pouco se saiba sobre ela.

Quem foi Nefertiti?

Seu nome ficou famoso quando um busto foi encontrado durante escavações arqueológicas na cidade de Amarna, no Egito, em 1912.

E como os anos no Egito Antigo era contados de forma diferente do que usamos hoje em dia, Nefertiti desapareceu dos registros de forma muito misteriosa, já que não se sabe nenhuma data específica sobre seu nascimento e até mesmo sobre sua morte.

Seu nome significa “a mais bela chegou”, levando muitos pesquisadores a pensar que Nefertiti pode ter ascendência estrangeira, e alguns autores acreditam que ela era uma princesa de um império que existia na atual região de Tadukhipa, da Turquia oriental, filha do rei Tuselata, mas as origens da família de Nefertiti não são claras.

Sabe-se que durante o reinado de Amenhotep III, cerca de trezentas mulheres de Mitanni chegaram ao Egito para integrar o harém do rei como um gesto de amizade para com o Egito por parte do império; Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, ela adotou o nome do Egito e os costumes daquele país.

No início do reinado do faraó Amenhotep IV , com cerca de 15 anos, o rei se casou com Nefertiti, sendo rainha em um dos períodos mais ricos do Egito Antigo Médio, de 1353 aC a 1336 aC (17 anos no total).

O casal teve seis filhas: Meritaton, Meketaton, Anjesenpaaten, Neferneferuaten-Tasherit, Neferneferure e Setepenre.

Uma curiosidade sobre o nome da família é que eles geralmente terminam com “Aton”, uma homenagem ao Deus Aton.

Porque Nefertiti foi importante?

As origens da família da rainha Nefertiti são pouco claras e alguns investigadores considerarem que Nefertiti teria origem estrangeira e acabou sendo identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Reino de Mitani (um império antigo da região oriental da Turquia.

Ela foi a rainha da dinastia de faraós durante o Antigo Egito, sendo chamada de deusa viva. Além de ser esposa do faraó Amenhotep IV (Aquenáton), durante o século XIV a.C, ele promoveu a si mesmo e claro, sua própria esposa à posição de deuses vivos.

Monolatria ou Monoteísmo?

Para a rainha egípcia, uma divindade não tão popular era muito importante para a mitologia egípcia, um deus criador chamado Aton, conhecido como “fonte de luz, vida e calor, criador de tudo e todos”, uma personificação do deus Rá.

Ela tentou levar um só Deus como divindade principal no panteão do Antigo Egito e com isso, alguns pesquisadores acreditam que Nefertiti e seu marido foram responsáveis por criar o monoteísmo, ou seja, a primeira religião que acredita em um único Deus.

Já outros acadêmicos pensam que o que realmente aconteceu foi um Monolatria, onde se acredita na existência de diversas divindades, mas apenas uma deveria ter destaque.

O motivo do casal acreditar nessa divindade específica não é conhecido, mas a especulação é de que eles queriam diminuir a influência que o clero Tebano tinha naquela época, já que eles se envolviam diretamente nas decisões dos faraós.

Período de Amarna

O Período de Amarna é conhecido por ser uma era da história egípcia que aconteceu durante segunda metade da dinastia de Nefertiti.

Isso aconteceu porque a residência real do faraó foi transferida para um lugar chamado Aquetaton, conhecido atualmente como Vila de Amarna e foi nesse tempo também que ocorreu a mudança da capital de Tebas para onde a residência real ficaria.

A cidade de Aquetaton não existia antes disso, já que foi totalmente planejada pelo casal real

O que aconteceu com a rainha Nefertiti?

Uma hipótese é que devido à idade de Nefertiti, ela teria continuado sua influência no início do reinado de Tutancâmon. Assim, a morte de Nefertiti coincidiu com o retorno ao culto do deus Amon no 3º ano de seu atual reinado. Mas isso é totalmente especulativo.

Por causa de sua popularidade, alguns historiadores apoiam a afirmação de que Nefertiti foi alvo de assassinato por alguns sacerdotes que defendiam o politeísmo. Ainda outros especialistas acreditam que ela acumulou mais poder ao se tornar co-regente de Akhenaton. Este último argumento é avançado graças à imagem na pedra, em que a Rainha aparece a golpear o inimigo com uma maça, remetendo à ideia de força.

Ciência no Brasil: Bertha Lutz

Não é de hoje que a ciência muda o mundo, mas talvez já tenha passado da hora de mostrar a importância dos nomes por trás de toda a pesquisa que é feita diariamente. Para iniciar essa jornada da Ciência no Brasil, Bertha Lutz será a primeira de muitas pessoas a ter seu nome mencionado nessa nova saga do blog.

Nascida como Bertha Maria Júlia Lutz mas conhecida apenas como Bertha Lutz. Esse foi o nome de uma das grandes pesquisadoras e ativistas do Brasil. Apesar de ter sido criada na Europa e ter se formado na Universidade de Sorbonne em Ciências Naturais, seu segundo diploma (Direito) foi na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A pequena Lutz já nasceu com grande influência da ciência em sua vida, sendo filha de um cientista e pioneiro Adolfo Lutz e da enfermeira inglesa Amy Fowler.

Outro ponto que sempre foi muito forte em sua vida foi a motivação para correr atrás de seus direitos, participando desde muito nova de movimentos feministas como a campanha sufragista de Paris.

Em 1918 quando já estava no Brasil, foi a segunda mulher a conseguir um cargo no serviço público no país, como bióloga no Museu Nacional e foi crescendo em sua carreira, chegando a ser chefe do setor de Botânica no mesmo museu.

Trabalhou por longos 46 anos na instituição, alcançando reputação internacional com sua extensa pesquisa em espécies anfíbias brasileiras, ajudando na pesquisa zoológica.

Mas infelizmente naquela época a mulher era vista como incapaz e não tinha direito nem mesmo de votar nas eleições, pensando nisso, Bertha decidiu criar o primeiro congresso feminista brasileiro. Insatisfeita com a situação que percebera não apenas no trabalho, mas na vida como um todo, criou (em 1919) a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher.

Não muitos anos depois (1932) dessa criação, conseguiu, juntamente com suas companheiras, que o presidente Getúlio Vargas assinasse o direito ao voto feminino.

Alguns anos mais tarde, ainda como líder da Liga, conseguiu papéis importantes na política como o cargo de Câmara Federal, em 1936, e lutou diariamente pela igualdade salarial, redução da jornada de trabalho e também pela licença maternidade.

Com seu importante papel, também conseguiu participar de algumas conferências, como a de São Francisco em 1945, sendo a única mulher da comitiva brasileira.

Para entender um pouco mais de sua história, é possível assistir ao documentário chamado A Mulher na Carta da ONU.

Mulheres Revolucionárias: Mária Telkes

Mária Telkes foi uma mulher revolucionária, mas acima de tudo, foi a cientista e inventora que revolucionou a área da eletricidade com seu trabalho.

Formada em físico-química na Universidade de Budapeste, Mária Telkes decidiu se tornar cidadã norte-americana em 1937, onde começou a trabalhar para a Westinghouse Electric onde foi capaz de desenvolver instrumentos que convertiam calor em energia elétrica.

Logo começou a trabalhar em dispositivos termoelétricos movidos a luz solar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) como parte do Projeto de Conversão de Energia Solar, e em 1939 se destacou por uma de suas invenções mais importantes, o destilador solar que convertia água salgada em potável. Com o novo sistema, foi possível entregar água para soldados que lutavam na Segunda Guerra Mundial e diminuir as demandas em lugares onde a água era escassa, como as Ilhas Virgens.

Continuou trabalhando com energia solar durante toda a sua vida, mas um dos projetos de maior destaque foi a construção da primeira residência aquecida com energia solar em Massachusetts.

Além disso, também ajudou a desenvolver materiais capazes de suportar as temperaturas extremas do espaço.

Ao longo de sua carreira, recebeu diversos prêmios por sua grande contribuição ao mundo.

Mulheres Revolucionárias: Catarina, a Grande

Catarina nasceu na Pomerânia, a atual Polônia, em 1729.C Era conhecida como Sophie Friederike Auguste, ou apenas princesa von Anhalt-Zerbst, antes de se casar com Pedro III da Rússia.

Antes de seu casamento, era pouco provável de que conseguisse subir ao trono mas o que ninguém esperava era que Sophie seria uma das rainhas mais famosas da história.

Seu pai era um homem de confiança dos czares da Rússia e Isabel, a czarina, tinha uma afeição especial pela garota.

Para conseguir entrar em acordo matrimonial com o filho do rei, Sophie teve que mudar seu nome e sua religião para conseguir se adaptar à cultura local.

Em janeiro de 1762, com a morte de Isabel, os príncipes finalmente subiriam ao trono. Mas essa coroa não ficaria muito tempo na cabeça de Pedro III pois em setembro do mesmo ano, foi assassinado e Catarina assumiria o poder total da coroa.

O amante de Catarina, Gregori Orloff, estava organizando um plano para derrubar o czar há muito tempo, mas acabou sendo descoberto e, correndo o risco de serem condenados por traição ao rei, os dois amantes resolveram dar um golpe de Estado para Catarina ficasse com todo o poder e assim, não fossem decapitados. Mesmo com o golpe, Orloff estava receoso de que o rei ainda conseguisse se vingar e o matou.

Após descobrir o que havia acontecido com seu marido, Catarina tratou de cortar relações com seu amante para que ninguém suspeitasse de sua ligação com o assassino.

Mesmo com todos os escândalos que a envolviam, ela foi uma grande rainha pois teve de lutar contra o Império Otomano durante todo o seu reinado e obteve vitória todas as vezes. Também anexou inúmeros territórios ao Império, fazendo com que a Rússia chegasse ao Mar Negro que é de extrema importância para o transporte comercial.

Além disso, foi ela quem inaugurou a Universidade de Moscou e a Academia Russa. Além de ser diretora da Academia Imperial das Artes, atualmente conhecida como Academia Russa das Ciências e fazia parte do membro da  Academia Real de Ciências da Suécia.

Durante todo seu reinado, Catarina melhorou profundamente o ensino das artes e ciências, tanto que foi a primeira mulher da história a comandar uma academia nacional de ciências.

Mulheres Revolucionárias: Joana D’arc

Na França de 1400, existia uma jovem chamada Joana D’Arc. Ao contrário do que era comum para a época, ela conseguiu liderar tropas do rei Carlos VII e ganhou batalhas importantes durante a Guerra dos Cem Anos. Joana com certeza foi uma das mulheres revolucionárias do mundo.

Durante o século XV a França passava por grandes dificuldades dinásticas e sua população estava com problemas de terra, comida e financeiros. Como Joana morava no campo, viu que sua família estava passando por dificuldades por conta da Guerra, ela percebeu que precisava fazer alguma coisa a respeito.

Esta jovem mulher da antiguidade também era conhecida como Donzela de Orleans devido ao seu local de nascimento (Domrémy-la-Pucelle). Ela dizia que ouvia algumas vozes, e logo percebeu que elas eram de algumas entidades como o arcanjo Miguel, a Santa Catarina de Alexandria e também da Santa Margarida de Antioquia.

Segundo a própria, essas vozes poderosas a disseram para se juntar ao exército e garantir a coroação do rei da França, Carlos VII. E depois de 3 anos ouvindo essas vozes, foi exatamente o que fez, aos 16 anos D’arc foi para a guerra.

No começo, precisou convencer muitas pessoas de que conseguiria batalhar, já que as mulheres não participavam de nenhum tipo de guerra. Ao passar certo tempo em batalha, conseguiu até mesmo convencer o Rei de que era forte o suficiente para liderar um batalhão francês.

Este cenário ainda é confuso para os historiadores, alguns dizem que ela realmente foi para o campo de guerra, já outros dizem que ela fazia parte do time de estratégia e preparação das tropas do Rei. Mas seu nome ficou grandioso em dois campos de batalha: Orleans e Reims.

A coroação dos reis da França aconteciam na comuna de Reims, portanto uma das vitórias de Joana garantiu que a coroação de Carlos VII acontecesse em 1429. Ele já era monarca desde 1422, mas com a guerra a coroação precisou ser adiada.

Em 1430 foi capturada em batalha por borguinhões e acabou sendo vendida para os ingleses, onde permaneceu presa para ser julgada durante a Santa Inquisição.

Em seu julgamento, levaram em conta o fato dela vestir roupas de homens considerado como heresia e também a condenaram por bruxaria pelo fato dela dizer escutar vozes do além.

Mesmo sendo um dos principais nomes na Guerra dos Cem Anos, Joana D’arc foi queimada aos 19 anos em praça pública. Sua execução aconteceu em 1431, na cidade de Rouen, na França.

Apesar do passado ter sido injusto com as mulheres, D’arc foi beatificada e canonizada em 1909 e nos dias de hoje é tida como a Santa Padroeira da França.

Mulheres Revolucionárias: 4 pintoras pioneiras

Muitas artistas dos séculos 18 e 19 enfrentaram barreiras por causa de seu gênero para receber o devido reconhecimento. Mesmo com essas dificuldades, as pintoras decidiram continuar e criar novas técnicas, sendo pioneiras.

Não existiam proibições especificas sobre as mulheres no mundo da arte, mas elas sempre foram sub -representadas, sendo até confundidas por homens no momento em que um quadro era colocado em um museu. Até hoje ainda estão sendo descobertas à medida que suas obras são reavaliadas.

ÉLISABETH VIGÉE LE BRUN

Essa pintora parisiense ficou muito conhecida em sua época e suas obras se transformam do estilo  rococó para o neoclássico. Até hoje alguns de seus trabalho são famosos, como o retrato da rainha francesa Maria Antonieta e muitos nobres solicitavam suas obras, principalmente durante a Revolução Francesa.

ROSA BONHEUR

Rosa deu o que falar no mundo da arte em 2020, pois sua casa foi comprada por uma mulher para que fosse revitalizada e se tornasse um museu, conhecido atualmente como Château de By.

Bonheur era uma artista do século XIX que ficou conhecida por suas pinturas de animais e por ser a primeira artista a receber a Légion d’Honneur. Popular entre chefes de estado e imperatrizes, ela foi uma das poucas pessoas a conseguir uma permissão especial para usar roupas masculinas.

Uma das obras mais famosas é a The Horse Fair que hoje está pendurada no Metropolitan Museum of Art.

ANGÉLICA KAUFFMAN

Essa artista suíça recebeu um treinamento especial desde muito nova para que suas técnicas fossem aperfeiçoadas cada dia mais, se tornando uma pintora neoclássica proeminente ao longo dos anos. Seus retratos aristocráticos se espalharam por toda a Europa e em 1766 Angélica se tornou uma das fundadoras da Royal Academy of Arts.

MARGUERITE GÉRARD

Essa jovem entusiasta morava com dois artistas conhecidos, sua irmã Marie-Anne Gérard e seu cunhado Jean-Honoré Fragonard no palácio real do Louvre. Para conseguir praticar e melhorar sua arte, ela imitava as pinturas de sua família, mas depois de um tempo começou a retratar cenas da vida cotidiana e por ter quadros acessíveis, acabou se tornando popular.

Mulheres Revolucionárias: Marie Curie

Marie Curie foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, aliás, ela também a única a conseguir dois desses prêmios em campos científicos distintos, o de física (em 1903) e de química (em 1911).

Marie é a pesquisadora e professora polonesa mais conhecida de todos os tempos, principalmente por ter conseguido se destacar em áreas dominadas por homens em sua época.

Ela conseguiu quebrar a barreira de ser vista apenas pelo seu gênero, o que acontecia com praticamente todas as mulheres daquela época, mas não apenas conseguiu seu lugar no mundo como virou sinônimo de estudo da radiação, já que suas pesquisas viraram base para a ciência nuclear moderna.

Bons exemplos da importância de seu trabalho são a radioterapia e a descoberta de 3 elementos radioativos em 1898, o Polônio, Tório, e o Rádio.

Infelizmente, seus trabalhos também contribuíram para a anemia aplástica que causou sua morte prematura aos 66 anos, pois Curie manipulava isótopos radioativos sem os procedimentos de segurança adequados, que surgiram a partir de suas descobertas.

Marie nasceu na Polônia, mas para conseguir estudar, precisou se candidatar em uma universidade clandestina chamada Uniwersytet Latający (Universidade de Voo), uma instituição subterrânea projetada para mulheres e também para manter a cultura polonesa, já que o país estava sob o controle da Rússia.

Em 1891, pensando em um futuro melhor, ela decidiu ir para a França e se matriculou na Universidade de Paris para estudar física, química e matemática.

Alguns anos mais tarde, o  físico Henri Becquerel estava estudando alguns raios intrigantes que emanavam do urânio, já o cientista Wilhelm Roentgen conseguiu comprovar a existência de raios-x. Vendo todo esse estudo, Curie se inspirou e usou os dois fenômenos descobertos pelos pesquisadores para realizar um estudo, e foi então que descobriu que as ondas misteriosas de Becquerel era a radioatividade.

Foi então que Becquerel, Roentgen, Marie e seu marido se uniram para tentar isolar os elementos que estavam sendo estudados anteriormente.

Nessa época Curie também aproveitou para criar a sua tese de doutorado com base na radioatividade, chamada Research on Radioactive Substances.

Com tantas pesquisas e descobertas dos quatro pesquisadores, acabaram chamando a atenção do Comitê do Prêmio Nobel. O grupo conseguiu ganhar o prêmio, mas por pouco que Marie não fica de fora dessa lista, ela só conseguiu pois seu marido reclamou diretamente ao comitê, e isso se tornou um passo muito importante para que mulheres começassem a ser indicadas e ganharem um Nobel pela capacidade intelectual.

Outro passo pioneiro aconteceu em 1906, quando a Universidade de Paris ofereceu o primeiro cargo de professora para uma mulher, e Marie Curie aceitou o convite e poucos anos depois, em 1914 , ela já havia conseguido um laboratório dedicado ao estudo do rádio em conjunto com o Instituto Pasteur.

Nesta mesma época, a Primeira Guerra Mundial começou e foi então que ela começou a trabalhar com sua filha, treinando e dirigindo enfermeiras da Cruz Vermelha e desenvolvendo equipamentos de radiologia de campo.

Depois de sua morte, uma de suas filhas, Irène, continuou os estudos deixados pela mãe e a garota também recebeu um Prêmio Nobel de Química, no ano de 1935.

Mulheres Revolucionárias: criações essenciais

Algumas criações e descobertas essenciais que foram feitas no passado parecem muito comuns hoje em dia, mas a história poderia ser bem diferente se algumas mulheres não tivessem feito a diferença.

Olga D. Gonzalez-Sanabria

Olga foi uma cientista e inventora porto-riquenha. Ela teve um papel fundamental na criação das baterias que habilitam o sistema de energia da Estação Espacial Internacional, as baterias de Níquel-Hidrogênio.

Como a Estação Espacial Internacional não está  sob luz solar direta o tempo todo, durante a década de 1980 ela conseguiu permanecer com energia para sustentar os sistemas e experimentos que se passavam ali graças as baterias.

Desde 2017 as baterias de íons de lítio substituíram as de Olga, mas foi com a ajuda dessa mulher que conseguiram criar algo ainda melhor.

Melitta Bentz

Em 1908, a empreendedora alemã chamada Melitta Bentz criou o primeiro filtro de café. Antes disso, o café era feito com a ajuda de filtros de saco de linho, mas ele além de ser quase impossível de limpar, ainda deixava resíduos na bebida.

Pensando nisso, Melitta experimentou diversas técnicas, mas a vencedora foi a ideia mais simples. A dona de casa fez alguns furos no fundo de uma caneca de latão e depois pegou um pouco de papel de caderno escolar de seu filho e percebeu que o resultado foi perfeito, sem resíduos e menos amargo que o que era servido antigamente.

Naquele mesmo ano decidiu obter a patente e fundar sua empresa.

Marion Donovan

Sabe aquela famosa capa de fralda à prova d’água? Foi Marion Donovan quem a inventou.

Como já estava cansada de encontrar as fraldas de seu filho vazando e sujando a roupa de cama, ela decidiu embrulhar as fraldas da criança com pano de paraquedas de nylon e acabou percebendo que além de não vazar, também não causava assaduras. Em 1951 vendeu sua ideia para a Keko Corporation por US$ 1 milhão.

Ann Tsukamoto

Em 1991 a pesquisadora de células-tronco Ann Tsukamoto inventou um método para isolar células-tronco no corpo. Depois de muitas pesquisas e teorias de que essas células conseguiriam salvar vidas, uma mulher finalmente conseguiu fazer o que ninguém estava conseguindo naquela época.

Atualmente as células-tronco podem ser transplantadas para tratar pessoas com doenças autoimunes e o câncer.

Mary Anderson

Antigamente o limpador de para-brisa não podia ser controlado pelo lado de dentro do carro.

Em 1903 Mary Anderson percebeu uma oportunidade única quando estava dentro de um bonde e notou que o motorista não conseguia enxergar direito por conta dos granizos que estavam caindo naquele dia. Na mesma semana contratou um designer para que os dois conseguissem criar um dispositivo manual onde fosse possível limpar a janela sem sair de dentro do carro e desde então esse luxo passou a ser comum nos automóveis.